Sorry.

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Lisa

Meu pai não era do tipo "conversa de pais e filhos", esse trabalho ele deixava pra mommy. Eu estava com um pouco de medo do que ele poderia falar, já que ele queria falar sobre eu ir morar em Paris.

- O que o senhor quer? - Perguntei meio receosa.

- Se acaama, minha filha, dá para sentir seu cheiro mandando daqui. - Ele não estava muito distante de mim, então era fácil perceber meu cheiro mudar.

- Okay!

- Só queria falar que sentirei sua falta aqui, mês que vem. - Ele falou simples. Espera, como assim mês que vem? Só vou viajar no próximo ano!

- Como assim mês que vem? - Perguntei curiosa.

- Eu e Jimin conversamos e decidimos deixar você ir mês que vem. - Acho que ele segurava as lágrimas, eu nunca vi meu pai chorar.

- Mas e a escola? - É, ainda tinha isso, o último ano escolar e logo depois a faculdade.

- Você termina por lá. - Meu pai saiu de onde estava e veio até mim. - Eu vou sentir falta da minha pequena lobinha e, por favor, quando você se transformar, você vem até mim, ok? Eu quero correr do seu lado.

- Certo pai! Eu prometo vim até o senhor. - Nós dois Sorrimos em meio ao abraço e as lágrimas.

Aquele poderia ser um dos últimos abraços que dou no meu pai, pode ser um dos meus últimos momentos felizes ao lado dele e pode ser egoísmo eu estar embora, mas eu não quero os machucar. Enquanto eu estiver longe, eles vão estar se acostumando a não me ter por perto e isso é ótimo, porque assim que eu não estiver, mesmo, aqui não sentirão tanta a minha falta.

- Chama a mommy para mim, por favor. - Pedi depois de um tempo em silêncio.

- Claro! - Ele saiu dali com os olhos um pouco vermelhos e com lágrimas insistentes, que não paravam de cair.

Depois de um tempo sentada no sofá daquela sala, eu passei a observar melhor. Tinham quadros, dos quais eu nem sabia da existência, de quando meus pais eram mais novos. Em cima da mesa havia um porta-retrato meu, do Bambam, mommy e papai, deixei uma lágrima solidária cair. Ah, como eu iria sentir falta daquele lugar, daquela casa e de todos, mas eu precisava ir. Precisava me encontrar e logo depois me perder em um lugar mais escuro que a vida sem um amor. Uma morte sem ao menos ter vivido um grande amor.

- Lisa?! - Escutei a voz de mommy me chamar, estava mais suave, mais calma, ele havia chorado e muito, pelo visto.

- Mommy, eu sinto muito! Me desculpa ser egoísta e estar indo embora. - Eu me joguei em seus braços e o abracei com força, comecei a chorar compulsivamente. - Eu não deveria ter sido orgulhosa e teimosa, não deveria ter deixado meus sentimentos escondidos. Não deveria.

- Ei meu amor! Ta tudo bem, todos sentem medo de contar o que sente. - Mommy me abraçou com mais força. - Eu vou sentir saudades, pequena lobinha.

- Também vou sentir saudades, mommy.

(....)

Alguns meses depois

Eu já estava em Paris á alguns meses, sempre fazia video-chamada com meus pais e meu irmão. Bambam sempre me mostrava os gêmeos e como eles estavam crescendo rápido. No meu celular já havia várias fotos e vídeos deles fazendo alguma bagunça ou tentando colocar um dos pézinhos deles na boca, algumas vezes sem sucesso.

Eu falava algumas vezes com o tio Tae, yoongi e Jin. Tio Tae me perguntava como eu estava, mesmo só fazendo alguns meses, e me falava sobre Rosé, apesar de me magoar um pouco, eu ficava feliz, porque ela estava conseguindo o que tanto queria. Tio Yoongi me ajudava com algumas coisas sobre artes e me ajudava muito, sempre. Tio Jin me mantinha informada sobre Jennie, já que a garota só iria vim daqui três meses e vivia infurnada na casa, atrás de "ajudar" Jin a cozinhar algumas coisas.

Hoseok e Namjoon não mantinham muito contato comigo, mas demonstravam se preocupar, mas também, os dois viviam mais no emprego do que em casa. Jin já estava começando a reclamar disso e eu não quero nem saber no que aquelas discussões acabavam.

Yoongi e Tae, já colocaram o tio Hoseok contra a parede e foi uma discussão da qual eu não quis ver, mas acabei vendo, já que estava falando com Tae no dia. Para resume, é isso.

Rosé, eu engoli meu orgulho e mandei mensagem para ela, sei que ela não iria me responder, mas não custa tentar. Tae me deu o número um dia desses. Eu falei várias vezes que isso não era uma boa ideia e que ela não iria me responder, eu não poderia estar mais que certa, pois ela não me respondeu. Todas as mensagens que enviei eram pedindo desculpas por tudo e que ela não iria precisar se preocupar comigo, já que não teria muito tempo, só não disse o motivo. Essas mensagens, eu enviei á três dias e nada, então deixei de acreditar que ela não iria responder.

- Lisaaa! - Escutei alguém gritar e, imediatamente, me virei para ver quem era.

- Ana, que susto. - Ana era uma beta que eu conheci duas semanas depois de vim para cá.

A garota era espontânea, tinha um gênio forte, era animada e completamente maluca, mas era totalmente Leal e uma boa amiga. Ela namorava o Jack, um americano que ela conheceu em uma boate. Namoravam a quase 1 ano.

- Désolé, chéri. - Ela riu um pouco e me abraçou.

- C'est bon. - Falei dando de ombros e retribuindo o abraço. - Para onde está indo?

- Trabalho! Je ne suis pas une bourgeoisie comme toi.
(Tradução: Não sou uma burguesinha igual a você, meu amor.)

- Hajiman naneundoego sip-eossda. - Falei em coreano para que ela não entendesse, isso não é algo ruim, claro que não, eu só gosto de irritar ela, falando no meu idioma de origem, como ela também gostava.
(Tradução: mas bem que queria ser.)

- Isso é golpe baixo, até para você. - Ela adorava implicar com a minha altura, já que eu era mais baixa que ela.

- Eu te odeio, sua girafa, a culpa não é minha se você cresceu demais. - Falei emburrada e ela me abraçou.

- Oh, mon Dieu, comme c 'est mignon. - Falou apertando minhas bochechas

- Eu não sou fofa. - Bati o pé no chão. - Vai trabalhar Ana.

Ela riu, mas olhou o relógio que tinha em seu pulso e saiu correndo, pois estava atrasada. Eu caminhei de volta para o meu apartamento, já que eu não estava muito distante, e, assim que entrei, senti meu celular vibrar.

Era uma mensagem de Rosé, senti meu coração acelerar e um sorriso brotou em meus lábios.

Rosé: só queria entender, por que falou aquilo?
(15:45)

Eu: Porque, talvez, eu goste de você e fiquei com raiva de pensar em você com outro(a), sei que isso não é motivo e que fui uma completa idiota, mas se você me perdoar, eu vou tentar recompensar tudo o que fiz.
(15:46)

Ela não respondeu, ainda, mas ela vai, eu acho. Me deitei no sofá e comecei a assistir, meu celular vibrou de novo e fiquei com medo de ver a resposta dela, já que poderia ser algo ruim.

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Hey babes

Desculpa se esse capítulo meio bosta, é que eu estou sem muita criatividade, mas eu prometo que o outro será melhor.

Até o próximo, bjs🖤💕

my family wolf// jjk | pjm (continuação de MAMO)Onde histórias criam vida. Descubra agora