Kisses, gambling and the baby of Amelia

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Lisa

Que estranho, não? Você chega na sua antiga casa, vê sua antiga paixão, faz ela sentir ciúmes, vai atrás dela, escora no batente do quarto dela, pergunta o que aconteceu, escuta uma declaração dela, se declara, e agora? Agora está aqui, beijando ela! De um em um milhão, o quanto isso consegue ser clichê e qual a propalidade disso acontecer na vida real?

Rosé tinha os lábios mais doces que eu já provei em toda a minha vida, eram macios, eram saborosos e viciantes. Eram como drogas, quando você experimenta uma vez e nunca mais quer parar.

Sabe aquelas espectativas que você faz em sua mente, em como seria beijar, abraçar ou até dar e receber carinho de alguém? Aquela espectativa de, talvez, ser a melhor coisa da sua vida? E quando você faz, é mil, milhões de vezes melhor? Exato, estou sentindo isso agora! Minhas espectativas ultrapassaram qualquer nível de propalidade que eu tenha criado.

Minha vida inteira eu não disse o que sentia por medo e tentei me contentar com outros ômegas, porque queria acabar com as minhas frustrações. Sei que é totalmente babaca, tentar esquecer alguém usando outras pessoas, mas as vezes fazemos sem perceber! É triste quando usamos os outros, mas é pior quando não dizemos quais são nossas intenções e eu sempre deixei claro que, o que eu queria, era acabar com minha frustração.

Nunca tentei ser quem não sou; nunca fingi gostar de alguém; nunca disse gostar de alguém, sem ao menos gostar, porque seria algo tão babaca e tão idiota a um nível que ninguém conseguiria ultrapassar, é ridículo quem faz isso.

Eu me afastei da Rosé, procurando um pouco ar, meus pulmões já começavam a pedir ar e eu já estava ofegante, ela não estava diferente, porém, não estava tanto quanto eu.

— Você está bem? Você nunca ficou ofegante tão rápido em um beijo, bom não nos que eu já vi! — Eu olhei para ela, era hora de contar.

— Eu não estou bem faz tempo! Lembra quando você foi embora? — Ela assentiu. — Eu passei dias me sentindo mal, aí lembrei que sou lúpus e me apaixono apenas uma vez! Eu não tinha você. Com o passar do tempo a doença começou a piorar, comecei a sentir várias dores. Só tenho mais dois anos de vida, é tipo um câncer e eu passei meus ruts sozinha, o que faz as dores piorarem. — Falei e abaixei a cabeça, estava com medo de sua reação. Eu não me comporto igual uma alfa que eu sou.

— Lisa... — Olhei para ela e fiquei surpresa, seus olhos estavam marejados. — E-eu não sei o que dizer.

— Não precisa, bom agora que você sabe, eu não quero que você sinta pena de mim, por isso não contei antes, queria falar com você, mostrar que eu mudei, mostrar que eu não comecei a falar com você, porque estava a beira da morte. Eu mudei, eu quis falar com você e eu queria que você me perdoasse, não por pena e, sim, porque eu merecia! — Falei, desabafei na verdade.

— Eu não sinto pena de você, eu te acho forte, porque você aguentou até aqui e eu vi que você se arrependeu, eu te perdoei. — Sorri mínimo, não conseguia sorrir maior.

— Obrigado.

— Você nem pode dizer que eu me declarei porque senti pena, pois eu me declarei antes de saber disso! — Sorri maior, já que ela estava tentando fazer graça.

Sorri e me aproximei dela, a beijando mais uma vez. O momento durou pouco, pois mommy e tio Tae abriram  a porta de abrupto, fazendo com que nós duas nos afastacemos. Olhamos para os dois que tinham uma expressão de choque em seus rostos, Rosé estava vermelha e eu, tentando procurar algo em minha mente para conseguir falar.

— EU FALEI, GANHEI ESSA PORRA. — Mommy gritou e fiquei confusa.

— Droga Lisa, não podia esperar mais? — Tae falou agora, chegou perto da cama e se jogou dramaticamente na mesma. Eu fiquei mais confusa ainda.

my family wolf// jjk | pjm (continuação de MAMO)Onde histórias criam vida. Descubra agora