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Marreta, linda, nervosa. Não sei mais aquilo mexeu comigo talvez eu não deveria mexer naquilo talvez, deixar do jeito que tava eu sabia que aquela família nunca iria colocar alguém infiltrado na minha favela mais eu precisava ver como ela era e mais uma vez acabei colocando tudo a perder, não era pra eu bater em ninguém apenas ir lá colocar minha marra e meter o pé mas...

Eu bati nela, bati na Camila e quase que eu bato na Flávia uma mulher responsa.

Sai de lá correndo após Wesley me chamar até a boca, chegando lá avistei um moleque de dreds com uma mina loira tipo patricinha, fiquei mó incucado com aquilo até eles me da o papo de que ela tava grávida e foi expulsa de casa já ele não tinha nada apenas o primo daqui que também era um dos meus vapores.

__ ele vai ficar na minha casa junto com ela e ele disse também que não tem problema algum virar vapor__ concordei os dispensando e fiquei sozinho pensando na mina pequena e Marreta que mexeu um pouco com a minha mente até eu sair do lado de fora e ver ela com uma criança no colo junto da Prima, pude reparar que seu rosto ainda se encontrava vermelho mais nada do que aquilo pra eu me sentir um merda.

Chamei meu irmão que tava na pra unha com o filho mas assim que ele chegou na minha frente eu perdi ela de vista o que me deixou infurecido.

__ oi tio__ Kayak me abraçou comendo o picolé que acabou pingando no meu tênis branco e quando eu estava prestes a xingar ele Diogo se intrometeu falando da nova moradora.

Tentei não dar bola só que acabei me intrertendo demais e perguntei sobre a criança no colo dela.

__ tão dizendo que ela era moradora daquele bairro duas ruas depois daqui e que a mãe dela morreu recentemente aí ela veio morar com a tia a Flavinha que por incrível que pareça é a tia dela.

Eu não conheci minha mãe e o pai que eu tive foi tão ausente quanto o papai Noel que só aparece uma vez na vida e é mentira. O morro eu só tive por um esforço grande, o antigo me obrigou a matar três pessoas não só eu como meu irmão e com isso o morro seria nosso talvez isso seria muita coisa pra duas crianças fazerem só que era a única solução pra eu e meu irmão sairmos das ruas e não passarmos fome era isso então eu fiz com apenas dez anos, depois daí se passou um ano e meu trauma acabou com a luxúria que eu tinha em tudo e com 15 anos após o canalha ser morto eu tomei o morro já sendo preparado muito antes disso tudo acontecer.

Meu AbrigoOnde histórias criam vida. Descubra agora