9

14 2 0
                                    


  Lá estava ela, cercada de um bando de babacas que só queriam a comer, tivemos que ir a pé para passar pelos militares que me revistaram e a ela também.

  Constrangedor era isso o que talvez Yara esteja se sentindo mais se eu pudesse dar o mundo pra ela eu iria dar só que esse lance de romance não cabe em mim, o último que eu tive foi uma merda me machuquei tanto que estou iqual aquelas crianças que não acreditam mais em conto de fadas, papai Noel ou fada do dente. Eu não acredito no amor, amor real só de mãe e mesmo esse eu nunca tive fui obrigado a amadurecer rápido demais e quando vi já era sub com 13 anos.

  A irmã dela que descobri passando vergonha era demais, enquanto íamos depois de sermos revistados pelos palhaços lá paramos na sorveteira pra tomar um sorvete o que me rendeu altas gargalhadas realmente foi divertido mais não foi pra isso que eu vim.

__ fala silva__ disse ao interfone e logo sua voz falha saiu me deixando entrar, pela cara da Yara ela estava com medo, a tranquilizei dizendo que isso era apenas um amigo do meu pai talvez eu tenha exagerado só que não dava pra ver seus olhos rodando o lugar com medo.

  Nos sentamos no sofá da gigante sala.

Silva era meio que um parceiro meu depois que eu saí da prisão e fui tomar o morro de novo, com ele eu podia contar altas paradas do pequeno até um assalto a bancos mas ele já vinha vacilando faz tempo e quando nego começa a vacilar comigo já era. É bom cortar o mal pela raiz e talvez isso acabaria ali.

Deixei por uns minutos elas no sofá com a empregada que ficou de olho no começo ao fim em mim e também um desgraçado acho que mordo o ou motorista não sei mais sei que ele tava de olho na Yara sem nem mesmo se preocupar comigo ou com ninguém, chegou até beijar a mão dela.

O enfrentei sem pena e claro que na sua justificativa não era ele o mandante, ele não podia mandar aquilo logo pra cima de mim.

__ Silva eu de dei dez mil pra tu não invadir aquela favela e mesmo assim tu fez cara? Tem consciência que alguém lá dentro podia morrer?

__ não era eu que está a de frente pra investigação eu até tentei fazer com que eles não fizessem nada ou irem pra outra favela ou sei lá __ a cara dele não condenava.

Peguei meu celular indo direto na última notícia que seria a invasão na minha casa, o mostrei na parte que a mulher entrevistava ele antes de entrar na favela e seu sorriso não era de derrota.

__estamos aqui com o policial Silva ao vivo minutos antes deles entrarem no complexo do alemão. Policial fala pra gente, está com medo, nervoso. O senhor sabe das coisas que pode encontrar ali?
__ riscos todos nós corremos e o que queremos é acabar com essa bandidagem toda que assola os moradores que ficam com medo de sair as ruas por conta desses marginais mas não estamos com medo mais sim convictos que estamos fazendo a coisa certa e que bandido bom é ele morto a sete palmos debaixo da terra.

Sua mão estava tremendo e as palavras já nem me importavam mais apenas queria o matar pra acabar com o ódio que eu estava sentindo mais não seria hoje mas ele também não perde por esperar.

Meu AbrigoOnde histórias criam vida. Descubra agora