Seja sincero comigo!

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Casa do vovô (6h da manhã)

O avô já estava acordado, preparando a lancheira de Chenle para a escola. Em um pote ele colocava alguns bolinhos de arroz que ele mesmo havia preparado na noite anterior, e para beber uma caixinha de proteína de banana. Enquanto isso, o neto comia algumas panquecas e bebia um pouco de café para se manter bem acordado durante a aula.

- Vovô, você acha que o meu cabelo está bonito? - Pergunta o neto, olhando seu reflexo no armário de vidro.

- Está normal. - Olha de canto para o neto, ainda focado em preparar a lancheira.

- Mas "normal" é bonito, vovô? - Chenle continuava inseguro com o seu cabelo. Se olhava repetidamente através do vidro, ajeitando alguns fios que o mesmo julgava estarem bagunçados.

- Seu cabelo está ótimo! - Afirma fechando a mochila e colocando nas costas do neto. - Agora vamos lá para fora esperar a sua perua escolar chegar!

Apartamento de Winwin

Acordo ao ouvir meu celular tocando. Era o vovô que ligava, me chamando para ir almoçar em sua casa mais tarde.
Depois da ligação, vi que havia uma menssagem não lida de Yuta. "Yuta: O que você sentiu?"
Não sabia nem como responder aquela mensagem, pois não estava seguro o suficiente para confessar os meus sentimentos assim tão de pressa. Tudo já estava acontecendo rápido demais e eu não queria apressar mais as coisas.

Mensagem

Winwin: Senti que o seu canto me curou, só isso... :)

Vi que ele não estava online naquele momento, então deixei o celular de lado e fui me ajeitar para mais tarde sair para casa do vovô.
Aquela sensação de ansiedade para ouvir o barulho da notificação, mais uma vez tomava conta de mim. Eu estava cada vez mais impaciente. "O que está acontecendo comigo? Eu preciso parar com isso!"
Calçava o tênis, enquanto escutava a televisão, tentando me distrair daqueles pensamentos.
Quando termino de me arrumar, desligo a tv e fecho tudo, já saindo.
Depois de um tempinho caminhando chego á casa do vovô. Sou atendido pelo Chenle que vem saltitando abrir o portão, ainda vestido o seu uniforme da escola.

- Cadê o meu abraço, Lolo? - Abro os braços esperando o mais novo me abraçar.

- Que bom que você já chegou! - Diz o vovô com um sorriso no rosto olhando da porta. - Já está tudo pronto! Vamos comer?

- Oi vovô! O senhor melhorou da febre? - Abraço os dois.

- Sim, meu filho. - Sorri nos puxando pra dentro. Estou ótimo.

Chenle, Vovô e eu vamos até a pequena mesa de refeição no centro da sala, nos sentando em nossas almofadas bordadas pelo vovô.
Reparei que Chenle não parava de mexer em seu cabelo.

- O que foi? algo no seu cabelo? - Observo o mais novo.

- Eu não sei para que lado eu deixo ele... qual lado fica melhor? - Coloca o cabelo para um dos lados.

- Se está com dúvida, deixe no meio. - O encaro um pouco confuso por sua preocupação engraçada, e volto a comer.

- E ai, conseguiu o emprego lá no café meu filho? - Pergunta o vovô, colocando o arroz em sua boca com os palitinhos de metal.

- Ainda não sei, vovô. O moço disse que me ligaria, caso aceite o projeto. - Sorrio confiante.

- Tenho certeza que aceitarão! Eu vi o quanto você se dedicou.

- Obrigado, vovô! - Toco em sua mão fazendo um leve carinho. - E você Lolo? Como foi na escola hoje?

- Legal! Hoje eu joguei futebol de tampinha com os meus colegas no recreio. - Diz animado com a boca cheia.

Yuwin - Quando o frio acabarOnde histórias criam vida. Descubra agora