Capítulo 3 - O Jantar

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Eu já havia tomado minha decisão, mas ainda não tinha certeza do que estava fazendo com minha vida.
Ser obrigado a se casar com alguém a força, achei que fosse coisas do passado e não da atualidade.
Como nossos subordinados iriam aceitar que nossas famílias se juntem com um casamento arranjado, a não ser que estejamos realmente apaixonados.

Minha concentração se encerra quando o mordomo bate na porta me avisado da chegada de nossos ilustres convidados.
Desço as escadas sentindo que minha sentença já estava bem clara.

Quando chego estão todos se cumprimentando, meu pai esta lá paparicando o pai de Rita, um homem estiloso e requintado, um pouco magro para sua idade, mas um homem de presença.

Noto Rita vindo ao meu encontro e tento disfarçar enquanto ela me puxa para o canto.
— Me diga o que seu pai disse, ele acha que você gosta de mim.
Eu fico meio sem graça, mas afirmo com a cabeça sem saber qual resposta dar
— Eu convenci meu pai que essa era a melhor opção para nossa família, e ele acha que eu realmente gosto de você, mas o que importa é que meus subordinados e os seus acreditem que estamos nos gostando de verdade.

Fico perplexo com a incrível astúcia dessa garota, ela nasceu para ser líder mesmo.
— Eu estava pensando na mesma coisa, não importa se nossos pais concordarem, os subordinados quem vão ter que aturar uns aos outros ate o fim de suas vidas.
— Hummmm… parece que você não é tão vir do como eu pensei.

Faço uma cara feia para ela e nota que vem alguém, então ela simplesmente me segura pelo ombro me joga contra a parede e beija meus lábios, e fico paralisado.
Um homem limpa a garganta abro meus olhos e percebo ser o senhor Valentino e fico sem graça e não consigo olhar em seus olhos.

— Isso não era para isso — diz o chefe virando de costas e abraçando Rita que já estava ao seu lado, e percebo que estava ali travado beijando o nada, travado depois de um simples selinho.
Ela olha sobe o ombro para mim e eu desvio o olhar.

Quando nos sentarmos todos a mesa percebo que que somos apenas em quatro pessoas, e quando percebo já havia perguntado o que não deveria.
— E a sua esposa, senhor Vitorino?
Ele me olha com ódio nos olhos e meu corpo se arrepia quando percebo que comecei com o pé esquerdo.
— Não quis ofender, me perdoei.

Meu pai cutuca meu pé, e entendo o que ele quer dizer, para que eu não me sujeite a ele assim tão facilmente, mas não sou igual meu pai, ajo do jeito que acho o certo a ser feito.
— Não tem problema, minha esposa morreu durante um confronto com a sua família, garoto.
Ser chamado de garoto era uma ofensa para mim e vejo nos olhos de meu pai que a conversa só iria piorar, e vejo a hora certa de agir.
— Vamos brindar então, a um novo começo de uma nova família Matirino.

Todos me olhavam como se eu estivesse dito algo revelador, e percebo que deveria fazer um discurso e me levanto para falar.
— Percebo que só iremos entrar em mais discussão se isso continuar, então proponho a criação de uma nova família com um novo nome.
Rita então se levanta e diz — Eu já preparei os papéis.

Um dos subordinados dela vem em nossa direção e coloca os papéis na mesa.
— É um contrato que unifica temporariamente as duas famílias, mas assim que eu Rita Valentino e meu Amor, Pietro Martinelli nós casarmos, será permanentemente uma única família.
Desvio o olhar novamente quando ela me encara e fico impressionado com a atuação incrível dela.

— E como meu futuro marido sugeriu, acho que o nome Matirino é um nome aceitável para um nome de uma grande família.
Os dois lideres de Máfias se encaram analisando o que seus acabaram de dizer, e Rita leva os dois papéis para ambos que lêem com incrível atenção.
Após minutos de silencio na mesa, os dois assinam o documento e ate mesmo eu e Rita escrevemos nossos nomes no final do enorme contrato de varias paginas.

— Pelo o que eu vi, temos varias regras que não podemos desobedecer não é?
— Sim vejo que será difícil, mas acho que minha, quero dizer nossa família pode então superar.
Os dois se encaram e longos sorrisos são dados dos dois lados da mesa.

Finalmente respiro fundo por estar mais aliviado com o processo de nossa conversa.
Noto que uma enpregada serve meu pai que faz sinal para ela colocar mais vinho para ele.
Só então percebo nunca ter visto aquela mulher em minha casa antes, mas paro e penso, deve ser uma das novas empregadas contratadas recentemente, olho para meu pai e ele levanta a taça para cima.
— Um brinde a Nova Família Matirino — e todos tomamos mais um gole de vinho.

Eu estava feliz, finalmente a guerra entre essas duas famílias iria acabar e eu estaria livre muito em breve para fazer que eu quisesse.
Olho para os rostos a minha frente e vejo Rita e seu pai levantarem da mesa, com olhares de preocupação. Quando olho para onde eles olhavam entendo o motivo da cara de espanto deles.

Meu pai estava espumando pela boca, eu entendi na hora, grito para Dimitri — Medicooooooo.

Quando chego perto de meu pai ele, já estava morto na cadeira, seus braços caem de seu colo e caem balançando deixando evidente que os seus olhos virados para trás, não eram alucinação minha e sim que inevitavelmente ele estava morto.

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Esse capítulo foi meio curto mas o próximo será um pouco maior, prometo.


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