No dia seguinte, o sol já iluminava parte do pequeno quarto, o rei abria os olhos lentamente, se recusava parcialmente a sair da cama, ele sentia muito sono pela longa noite anterior, Zariel tentou se levantar, mas o cansaço venceu, apalpou seu travesseiro novamente e encostou sua cabeça para dormir no mínimo algumas longas horas.
Isso, quando um batido na porta ecoou.- Zariel! Zariel! - Era Yuri, o general, seu tom de voz demonstrava uma certa ansiedade.
O rei só se revirou na cama, fez de conta que nem ouviu seu nome sendo chamado com uma certa preocupação.Segundos se passaram de um longo silêncio, até que uma batida parecida como a de um bárbaro tocando um tambor ecoou vindo da porta de madeira. A batida foi tão alta que o rei quase caiu de sua cama, e com muito pesar, se levantou, caminhou até a porta, resmungando baixinho por não poder dormir.
O rei abre a porta e se vê frente a Yuri, o mesmo usava sua armadura militar de sempre, sua espada na cintura embainhada, seus cabelos e seus olhos eram castanhos, tinha uma pele clara, e levava na sua mão esquerda, um enrolado de um papel tipo uma carta.- Qual o motivo da agitação, Yuri? - Pergunta o rei fazendo uma cara de sono.
- É uma carta, de Suna, Senhor! - Diz o general ainda ansioso por falar de Suna, que era a maior capital do Oeste.
- E... ? Por que não deixou os servos entregarem? - Questiona o rei.Ele estende a carta até o rei, mostrando o lacre de cor preta.
Isso, na política atual, demonstrava uma clara ameaça de guerra, e pela diplomacia exigida pela Cabala a décadas atrás, era obrigação do atacante mandar satisfações ao reino inimigo, explicando o por que do ataque.O rei arregala os olhos ao ver a cor do lacre.
- Você já abriu? - Diz o rei em um tom sério, seu sono acabou se esvaindo pela carta.
- Estava esperando pra ler com você...
- Chame a Hella e a Mei... - Diz ainda em tom sério. - Vou esperar vocês na sala de reuniões da corte.Yuri, só assenti com a cabeça, deixando a carta nas mãos do rei, e da de costas, andando até a torre de pesquisa onde as duas magas ficavam.
Enquanto caminhava pelos corredores do castelo, tentou se manter frio, sem falar com nenhum de seus soldados.
Chegando a porta da torre, ele bateu na porta, alguns segundos se passaram e nada, ele bateu mais forte, e nada, ele se preparava pra bater a terceira vez, até que uma voz vindo de suas costas disse:- Pra que a pressa, Yuri? - Era Mei, ela tinha cabelos loiros com as pontas eram brancas, usava um vestidinho rosa, uma meia calça branca e um sapatinho rosa.
- Mei! Que bom que está aqui... Preciso de você e da Hella. - Disse o general um pouco mais aliviado.
- Claro! Pra que? - Pergunta Mei.
- É complicado, eu explico depois, onde está a Hella?
- Ela saiu já faz um tempinho, aquele necromante esquisitão veio e disse que queria falar com ela... Era sobre a capital do Oeste, algo de tipo... -Diz Mei, forçando a mente pra lembrar da conversa da Mei com o Necromante.
- Suna? - A ansiedade do general acaba de voltar com essa informação.
- É! Isso! Isso! - Mei estala os dedos pela pergunta de Yuri.
- Sabe pra onde eles foram?
- Não... Mas provavelmente foram pro jardim ou pro quarto da Hella...
- Ok! Mei... Vá pra sala de reuniões, Vou reunir a Hella e o Rei, vamos discutir uma coisinha lá. - Diz Yuri já caminhando em direção ao jardim real.
- Ok... - Mei começa a caminhar até a sala, ambos em direções opostas.O general chegou ao jardim real, era perfumado com as mais belas flores, variados tipos, variados tamanhos, cores, etc embelezavam o lugar.
Yuri não era muito um amante da natureza, somente ignorou toda a estrutura o jardim e começou a procurar pelos dois, algo fácil pois, ao por os pés no lugar, já deu de cara com os dois.
O necromante usava uma capa preta, a mesma que usara na festa do dia anterior, levava duas foices na cintura, uma de cada lado, seu rosto era coberto pelo capuz preto, que impedia de ver seu rosto. Hella estava ao seu lado, usava um vestido longo preto com alguns detalhes em braco, um salto e uma meia calça também preto.
Os dois estavam conversando, aparentemente a bastante tempo, era visível a desidratação nos lábios de Hella.
A feiticeira percebe a chegada de Yuri e para de falar, observando o general se aproximar, o necromante, percebendo o silêncio de Hella, olhou pra onde Hella olhava, e notou o general.
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Distune
FantasyEm 12 leis se dividiam um próspero reino do Oeste. Deste reino, um novo rei ascende, ele é questionado por todos os nobres e monarquias vizinhas se, o jovem seria capaz de controlar tal reino, exceto seus amigos pessoais, o general Yuri, com uma pés...