Lei Marcial

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No crepúsculo do dia, o sol se esvaia cada vez mais. O velho necromante partiu a estrada, pegou sua carrosa que era puxada por uma única égua, e começou sua viagem.
Poucas pessoas eram vistas na estrada principal e suas ramificações de Simera, era verão, por isso, o sol castigava aqueles que tentavam passar pelos desertos do Oeste, mas nada que impediria os viajantes de cruzar os desertos.
No caminho haviam varias ramificações da estrada principal, isso faria qualquer um se perder, a não ser pelas placas de sinalização que indicavam cada cidade e vilarejo próximas. O necromante, sempre seguia a direção de Rellys, um pequeno vilarejo dentro das terras de Simera. O caminho não tinha muitos obstáculos, era predominantemente areia, cactos, e algumas plantas e arvores tropicais, providenciadas pelo Oasis de Elias.
Ao passar da caminhada, a vegetação ficava mais densa, as árvores ficando maiores, até que um ponto, cobria a luz do sol que tocava a terra.
Ao chegar nesse ponto, o necromante notou isso e logo estranhou, fazia o mesmo caminho sempre. Mais a frente, ele para a carrosa pois um homem com uma adaga impedia o caminho, com a parada, mais três homens, dois com um porrete de madeira com pregos, o outro com uma lança, parecida como a lança dos guardas de Simera.

- DESCE DA CARROSA AGORA! - Gritou o ladrão que estava a frente.

Dava pra ouvir a corda de dois arcos sendo puxados, eram mais dois ladrões que estavam escondidos na floresta.
O velho necromante porém, não teve reação alguma, permaneceu parado.

- TA SURDO, PORRA? - Gritou o homem com a lança que estava atrás.
- Tira esse viadinho dai! - Disse o ladrão da frente.

Com a ordem, um dos ladrões com porretes foi até a carrosa, e segurou com força o braço do velho.

- Vai, porra! - Disse enquanto levava a mão até o braço do necromante.

O necromante, apenas se vira pra cara de quem o segurava, arregala os olhos e encara o homem. O mesmo, sentiu o pior calafrio da sua vida, ao olhar para os olhos dourados do velho, seu corpo se congelou e acabou caindo de costas.

- QUE MERDA É ESSA? - Grita o ladrão da frente.
- É BRUXARIA, PEGUEM ESSE MERDA! - Grita o ladrão da lança.

O necromante se levanta e fica de pé na carrosa, sua égua parece se agitar um pouco, o velho leva a mão nas duas foices da cintura e espera os ladrões se aproximarem. Os mesmos, gritam e correm na direção da carrosa.

- Esperem! - Diz uma voz vindo das árvores, os ladrões param imediatamente a respeito da voz.

Das árvores, sai uma mulher, ela usa duas camadas um longo vestido preto por cima e azul-escuro por baixo, ela para no meio da estrada e encara o necromante.

- Acho que vocês não sabem quem sou eu... - Diz baixinho o necromante, porém, todos conseguem escutar.

A mulher da uma gargalhada e diz.

- Claro que sabemos que é você... Elias Dev... O tão famoso Ceifador de Simera. - Diz a mulher com um sorriso no rosto.

Elias olha em volta.

- Vocês não são simples ladrões de estrada... - Diz Elias, a mulher volta a gargalhar.
-Não, não somos... - Diz a garota ainda rindo. - A senhora de Suna tem negócios a tratar com você. - Elias da um sorriso de canto de rosto.
- E se eu não quiser ir? - Diz Elias tirando as duas foices da cintura.
- Em momento algum ela disse que precisaríamos entregar você vivo... - Ela da mais uma risada e desembainha uma espada que levava na cintura.

A mulher dá um rápido salto na direção da carosa, apontando a espada como uma espinho pra cima de Elias. O mesmo abafa o impacto com a lâmina das duas foices. A moça, após o salto já conseguia ficar de pé na carosa, a moça, fazia pressão com a espada conta o "X" que as duas foices faziam. Os dois homem que estavam escondidos com os arcos atiram, suas flechas cortavam o ar e rapidamente, alvejaram o ombro e o peito de Elias, o mesmo solta um pouco de força das foices, o que permite a moça atravessar por completo a lâmina da espada contra o peito de Elias.
O necromante suspira.

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