Lei Da Hierarquia

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Distante das fronteiras das grandes capitais, existia um reino, próspero e com uma boa renda econômica, este reino era chamado de Simera, ou, como muitos falavam, "Joia do Oeste", este apelido foi dado pois ao Oeste do continente era predominantemente desértica, Simera também não era uma exceção, suas terras eram cercada pelas ferventes areias do deserto.

Simera, tinha os dias contados, estava a ponto de uma guerra com reinos vizinhos, a falta de água matava a população pouco a pouco, até que um jovem pesquisador, Elias Dev, em uma de suas pesquisas em Simera, achou um grande osasis, pairando não muito longe de Simera, a notícia chegou rapidamente aos ouvidos do rei da época, o mesmo, garantiu uma recompensa a Elias, o mesmo recusou qualquer agrado que fosse oferecido pelo jovem rei, só pediu pra que batizassem o oásis com o seu nome, e assim o oásis de Elias, salvou todos os Simerianos, dando água gratuita a população, assim, como compartilhando com os reinos vizinhos, que por sua vez, sofriam com a falta de água.

Anos depois, Reis e mais Reis Simerianos ascenderam ao trono e morreram, sempre prezando a prosperidade da Simeria, até a chegada do rei Zariel...

Uma noite, fora feita uma grande festa pela celebração da ascensão ao trono do novo rei, Zariel.

Nobres, Reis, rainhas, etc de todo o continente viera prestar as devidas homenagens ao jovem líder.
- Acha que... O jovem vai dar conta do recado? - Sussurou a velha rainha do reino de Sundra para o seu marido.
- Simera vem decaindo muito... Está sendo um desperdício de investimento fazer negócio que esse... Povinho medíocre... - Disse o rei de Sundra, não sussurrando, o que foi o suficiente para o general Simeriano, Yuri, embora naquele momento, sua visão estava turva de tanto se embebedar, conseguiu ouvir o Rei.

Nobres cavalheiros, aventureiros, magos e até o velho necromante histórico de Simeria, brindavam a mesa com suas canecas lustradas cheias da cerveja da mais nobre cevada de Simeria.
Os mais fortes, disputavam sua capacidade no "Punho de ferro", os magos, discutiam sobre a situação atual da Cabala, a organização que rezava a magia pelo continente, o velho necromante parecia focado demais na bela melodia que saia dos instrumentos dos bardos que tocavam.

O jovem rei, sentado em seu novo trono, se desmanchava perante o tédio que passara, a feiticeira/conselheira, Hella, se aproximou...
- Você não é nada igual ao seu pai... - Disse a moça com a aparência jovem, se debruçando no encosto do trono.
- Eu não ser como ele é uma coisa boa ou ruim? - Disse o rei em um tom sarcástico, levou a mão até a boca e bosejou.
A feiticeira deu uma rápida gargalhada.
- Não... me engano, você é o mesmo bobo que ele. - a feiticeira ri um pouco mais.
- Talvez... E... Hella, onde estão suas amigas da Cabala? Elas não iriam vir?
- Talvez... Elas não dizeram mais nada, a Cabala parece... Estar escondendo algo...
- Escondendo? Tipo... O que?
- Creio que é sobre o caso da nova rainha da capital do Oeste, ela explodiu o próprio castelo só com força mágica pura... Isso me preocupa... - Suspira Hella
- Você fala da... - Neste momento, o rei fora interrompido pela porta do salão que se abria, de lá, uma bela mulher, com cabelos escuros, uma feição de Deusas, usava um vestido nobre vermelho com alguns detalhes dourados, sua presença atraia olhares de todos, todos até mesmo a do jovem rei, que até mesmo seu semblante mudara com a chegada.
- Falando no diabo... - Hella suspira fortemente, virando os olhos em modo de deboche.
Os bardos, acabaram a música, mas não começaram a tocar a próxima, os brutamontes pareciam crianças quando suas mães os adverte, estavam sentados em completo, largaram suas canecas e só olhavam pra moça, o general já era casado, por sua vez, tentava desviar o olhar com dificuldade.
Hella continuava a fazer um olhar de deboche, tudo estava silêncioso na festa, exceto pelos saltos da rainha, que faziam um som de madeira a cada passo, ela andou até o trono
- Zariel... Nem pense... Ela é problema...- Sussurra Hella no ouvido de Zariel.
Tarde de mais... O coração de Zariel acelerava a cada passo que a rainha dava em sua direção, suas mãos soavam, a moça se aproximou e disse:
- Rei Zariel, parabéns, sei que nossos reinos serão muito prósperos juntos! -Diz a moça, sua voz é suave, porém formosa e toma destaque.
O jovem, está congelado, ela não responde. Hella, vendo a paralisação do rei, o cutuca pelas costas.
- Ah... Ah, Si-sim! -Gagueja o rei sem saber muito bem o que falar.
A rainha da uma leve risada e leva a mão a boca.
Todos os convidados ainda olham a cena no silêncio, apenas pelas vozes dos dois.
- Vo-Você gostaria de uma dança? -Pergunta ainda sem jeito o rei
- Claro, seria uma honra! - Ela da uma risadinha e estende a sua mão, Zariel a segura e se levanta do trono, os bardos vendo a cena, voltam a tocar, desta vez, uma música romântica, já entenderam as intenções do rei.
Hella saiu do salão, um tempo depois, Yuri e o necromante acompanharam-na.
Os dois estavam se olhando enquanto dançavam...
- Qual o seu nome mesmo? -Pergunta o Rei.
- Bem... No meu reino me chamam de Takeo... -Diz a Rainha com um leve sorriso no rosto.
- Entendo... - Diz o rei.
Eles dançaram mais um tempo em silêncio, até que Takeo disse:
- Sabe... Meus pais querem arranjar um casamento rápido pra mim... Você parece ser um ótimo pretendente...
- Pa-pareço? - O rei fica corado, sua cara fica um pouco mais rosada.
Takeo assenti com a cabeça e da uma risada.
Zariel sentia seu coração palpitar, cada vez mais forte...
Um tempo depois, a festa acabou, os mordomos e servos faziam a despedida dos convidados, os bardos foram pros fundos receber seus pagamentos e arrumar seus instrumentos.
Hella, Yuri e o necromante não foram vistos mais nesta noite, o rei, já cansado foi até seus aposentos, o quarto era não muito grande, uma cama de solteiro, alguns enfeites, nem parecia que um rei dormira ali.
Ele abriu a porta e se jogou de cara na cama e dormiu assim mesmo...
Ele se sentia extremamente feliz e estava decidido... Ele iria conquistar a tal moça...

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