"Isabella" ouço um grito vindo da cozinha.
"Já vou, meu deus" falei
A vida é uma peça de teatro que não me permite ensaios. Posso chorar, cantar, dançar, rir e viver intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos. Assim é o meu lema de vida!
Rende-te como eu me rendi. Mergulha no que não conheces como eu mergulhei. Não te preocupes em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento. Hoje considero-me um ser despresível da sociedade, obscura e sem qualquer sentido de viver, esta sou eu, Isabella Parker.
Londres local onde construi uma vida a solo. Moro junto de uma amiga de nome Martha, precisamente num apartamento degradado. As paredes a cair, a tinta a escorregar por as paredes, o chão a levantar devido á canalização ser fraca e um chuveiro imundo. A cozinha apenas continha um fogão e um frigorífico da terceira geração. Ambos os quartos são compostos apenas por uma cama e um roupeiro onde colocar a roupa, igualmente degradadas. Assim é a minha vida. Tenho um passado sombrio não escondo isso de ninguém mas confesso que odeio que toquem no assunto, um dos meus motivos porque sou tão agressiva para comigo mesmo e ainda mais para as pessoas que gosto.
Trabalho num bar perto do meu apartamento, considero que ganho uma quantia ao final do mês para sobrevevir, onde dê para melhorar certos aspetos em casa como aumentar a quantidade de comida até ao inicio do mês pois neste momento estamos a passar dificuldades finaceiras.
Levanto-me da cama e caminho para a cozinha onde Martha se encontrava. Esta concentrava-se em fazer o jantar, para depois nos dirigirmo-nos para o bar para iniciarmos a nossa rotina nocturna, trabalhar!
"Porque me chamas-te?" perguntei rudemente.
"Não te fiz mal nenhum Bella" murmurou. Sinceramente, odeio que me tratem por Bella acho isso tão rídiculo, que até ultrapassa os meus limites. Rolei os olhos e sentei-me no chão junto da parede, pois não tinhamos capacidades económicas para comprarmos uma mesa e duas cadeiras para comermos como gente decente.
"Não me chames Bella" resmunguei.
"Com esse teu feitio nem quando fores velha cheia de rugas arranjas namorado" riu-se da minha cara. Irritada levantei-me e dirigi-me para o meu quarto.
Neste retirei uns calções e um top preto devido ao calor que se encontrava no exterior, pois esta noite estava prevista ser das mais quentes de toda a história de Inglaterra. Confirma-se o facto! Calçei umas botas bejes de pele. Não sou do tipo de rapariga que se vista no auge e muito menos do tipo de rapariga que vista roupas caras, não gosto delas, simplesmente ignoro-as para viver constante. Tenho experiênica própria pois aparece muitos desses casos no bar.
Já pronta, regressei para a cozinha. Martha já tinha preparado os pratos e já estavam prontos para ser servidos. Sorri para esta e peguei no meu prato levando-o comigo para a sala, sentando-me deste modo no sofá. Tinhamo-nos igualmente uma televisão da terceira geração e um sofá a cair ao bocados, com a pele de camurça a cair aos bocados pois este sofá foi recuperado e encontrado nos lixos públicos, embora são as condições que temos pois não existe dinheiro para mais.
"Estamos cada vez com menos condições Isabella" disse Martha sentando-se no sofá a meu lado começando a comer.
"Posso tentar ver de outro trabalho, mas está dificil, cada vez as pessoas querem mais habilitações e eu não as tenho Martha" confessei.
"Estou na mesma situação" murmurou "Mais tarde vou falar com o George e peço para que nos aumente ligeiramente o salário. Nós trabalhamos muito, penso que nos deve uma recompensa" falou.
"Sim fala com ele e depois diz algo".
Tempo de depois ambas terminámos o jantar. Martha foi se preparar para o trabalha pois ela trabalhava junto de mim naquele bar. Decidi lavar a loiça para não acumular quando chegasse a casa de madrugada. Lavei, lavei e lavei terminando assim.
Dirigi-me para a sala, retirei do sofá a minha mochila colocando-a ao ombro. Martha encontra-se despachada assim fazemos o caminho para o bar lentamente. Conversando mas mais que isso apreciar as pessoas que vão buscar os seus filhos as estas horas como levá-los a comer a um restaurante tanto luxuoso como comum pois não tiveram tempo para cozinhar, assim se vê a sociedade onde vivemos e lidamos. Cada vez estou mais farta desta vida.
Estavamos em silêncio, hoje Martha estava ligeiramente fora do normal, não me dirigiu muito a palavra, logo ela que custuma ser uma rapariga que nunca se cala, maior parte das vezes sou eu que a tenho que mandar parar porque a sua voz é irritante mas depois sem a sua voz pequena voz fina presente na minha mente parece que me falta algo diariamente.
"Estás tão calada, isso não é normal em ti" sussurei caminhando perto dela.
"Hoje não estou nos meus dias apenas isso" lançou um sorriso critico. Sei sempre quando esta rapariga lança o caos.
"Tens a noção que eu descubro tudo mesmo que tu não me queiras contar" encarei-a.
"Eu estou bem, olha falamos melhor quando chegarmos a casa" murmurou entrando no nosso local de trabalho.
Hoje iriamos prever muita gente, era sexta-feira logo o ambiente iria animar embora que era dos piores dias em termos de atritos onde existe mais homens e mulheres o que pode acontecer imprevistos que no futuro pode vir a dar problemas.
Martha era uma das DJs locais de hoje logo não estaria a acompanhar-me ao balcão, o que me dificultava pois teria de partilhar o balcão com a Abbie, uma miúda mimada filha do patrão mas que decide ser rebelde de um dia para o outro e começar a trabalhar no bar do pai. Esta não tem limites se o pai visse metade do que ela faz até se benzia. Coitados dos pais desta maluca loira!
"Uma bebida linda" pediu um homem de estrutura alta e aparentemente gordo. Com olhos acastanhados. Um porco que anda a encontrar diversão para esta noite. Só não gosto de trabalhar neste tipo de ambientes por isto, os homens não têm limites quando vêm uma mulher.
"Tem cuidado a quem chamas de linda" avisei. Estes acontecimentos já se tornavam habituais para estes lados.
"Calma lá rapariga, não te quero para nada com esse feitio" gozou
"Agradecias que calasses essa boca suja e vai atirar-te ali á rapariga do lado, ela deve ter mais paciência para ti do que eu" falei agressivamente.
Ao longo do balcão avisto um ser que nunca tinha pernoitado neste bar. Aproximei-me visto que não aparentava ser atendido. Era loiro, com uma estrutura alta e forte. Tinha uma cara doce e amável, apenas tentava apreciava o ambiente.
"Desejas algo?" perguntei em forma de agrado perante ele.
Reparei que este tinha os seus olhos azulados, eram de pequena dimensão mas ao mesmo tempo conseguiam-se tornar de uma dimensão grande. Uma mistura de cor azul carregado perfeito.
"Sim, desejo-te a ti" sorriu. Arregalei os olhos, compreendo o facto de os outros me dizerem isto mas isso é porque são residentes neste bar agora uma merda de um rapaz que mal conheço dizer logo uma coisa destas. Bem, as aparências iludem!
"Não me conheçes de lado nenhum para desejares tal coisa" disse rudemente.
"Mas posso te vir a conhecer" piscou-me o olho.
"Não me parece" disse afastando-me do balcão onde ele permanecia.
"Espera, não te vás embora" gritou devido ao som alto da música "Quero um whiskey com gelo picado" pediu calmamente. Estou a irritar-me com a sua calma constante.
Dirige-me á prateleira, escolhi um dos whiskeys presentes na bancada e coloquei a respetiva bebida num copo comprido baço. Caminhei para o pequeno frigirifico que se encontrava diante do balcão e retirei o gelo, dirigi-me novamente para o copo e colocando o respetivo gelo. Estava pronta. Voltei para junto do rapaz e enteguei-lhe a bebida.
"Obrigada" disse "Já agora sou o Niall Horan".
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Drunk || n.h
Teen Fiction"Apesar das diferenças, tinham algo importante em comum: eram loucos um pelo outro" Copyright © 2014 @KikaHoran1328