Drunk || n.h

3.

Música do capítulo:

-Imagine Dragons- Radioactive

-One Direction- Night Changes

Não devia sequer ter prenunciado o seu nome. Ele não entende que a nossa distância é ouro. Eu não o quero conhecer, apenas me quero afastar dos atritos que a minha aproximação pode causar. Este rapaz ainda só me conhece á horas e já me tenta arranjar confusões. Quero ele longe.

Ignorei-o, continuando a andar com Martha a meu lado, ela deve ter percebido que aquele era o rapaz da zona rica que lhe falei, no entanto manteve-se em silêncio, memórias devem renascer da parte dela, pois foi com gente da classe superior á nossa que ela foi espancada e quase levada á morte, devido a estas confusões.

"Não penses nisso" murmurei.

"Como queres que não pense, se tu podes vir a passar por uma situação idêntica" falou Martha.

"Não vou" interrompia.

"Vais" gritou Martha, já afastada da rua onde se situava o bar "Tu ao inicio fazes-te de difícil com o teu ar de durona mas vais acabar por ceder e cair nos seus braços e tentas passar por todos os teus limites e barreiras mas vai chegar a um ponto que a superioridade deles atinge um auge e tu não a superas. Afasta-te apenas Isabella".

"Eu só o conheci ele á duas horas atras nem tanto, como me vou apaixonar?" perguntei furiosa, estava irritante e não queria mais falar daquele rapaz.

"Fácil, basta ele ser insistente e frequentar o bar onde por acaso tu trabalhas" pronunciou Martha igualmente irritada. Sei que ela quer apenas o meu bem para que nada me aconteça, mas na verdade sei me proteger de tudo ou de quase todos, se eu fui forte com os meus pais porque não agora? Não é mero rapaz que me vai ultrapassar dos limites e quebrar as minhas barreiras. Impossível!

Chegada a casa, coloquei a minha pequena mala no sofá e dirigi-me para o meu quarto. Nele despi a minha roupa, e caminhei para o chuveiro pobre. Eu preciso mesmo de conseguir condições melhores para viver, a sanita entupida, o chuveiro a desfazer-se, o frigorífico com pouca comida, sem televisão. Eu queria a vida com os meus pais, onde tinha tudo. Maldita a hora que eles não me deixaram testamento tinham de o oferecer á filha ilegítima do meu pai, mas o que ela fez a mais que eu não fiz? Eu ainda hoje fico incrédula, pois ela tem a vida feita, deve viver na parte rica e talvez seja conhecida de Niall, devido a este também ser rico.

A pensar nele, lida com o impossível alcança o teu objetivo!

Avisou o meu consciente e com muita razão, aquele rapaz nem merece o mínimo da minha atenção, muito menos a minha preocupação. A minha cabeça deve se concentrar noutro dos meus problemas. O dinheiro.

Já de banho tomado, caminho para o quarto novamente, sem me despedir de Martha. Estou irritada ou raivosa com ela, qual a dela de me avisar de algo que eu já sei que não posso obter na minha vida? Apenas odeio que me repreendem ou me obriguem a fazer algo que eu já programei de fazer, tornam-se repetitivos e isso criano cansaso. Deitei-me na cama, apenas com roupa interior, odeio ter muita roupa vestida, quer seja inverno ou verão.

"Acorda linda" sussurrou ele junto do meu ouvido. A sua voz era calma e doce, como eu gosto dele.

"Já vou Niall, o trabalho espera" murmurei ensonada.

"Não sejas preguiçosa, hoje temos um jantar com os meus pais. Quero-te apresentar oficialmente como minha namorada" disse sorrindo. Levantei-me apressadamente da cama, assustando-me de igual modo.

"Nem penses, se o teu objetivo é pôr-me na merda não vais conseguir. Eu não revelar a minha idenditade aliás não sou tua namorada porra nenhuma" gritei.