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Depois de fazer o jantar, chamei o Luca e logo começamos a comer em silêncio.

Dih- Vou num instante ao morro, volto rápido.- digo chamando a sua atenção.

Luca- Fazer o que?- olha me com uma sombracelha arqueada

Dih- Falar com o Vinicius. Queres vir? - pergunto pondo uma garfada na boca. Ele suspira

Luca- Não, confio em ti e sei que nada te vai acontecer. Mas qualquer coisa manda mensagem- diz.

Apenas assenti e assim que acabei de comer pus o prato no lavatório e subi até ao meu quarto pegando nas minhas coisas.

Desci até à garagem peguei no meu carro e fui em direção ao morro.

Perto da barreira encontrava se Vinicius, Enzo, Alice, Santi e mais alguns soldados do morro.
Aproximei me com o carro e os vapores que estavam no seu turno logo me pararam.

Xxx- O que a patricinha quer aqui?- pergunta debochado.

Dih- primeiro, não me chames patricinha, não me conheces, muito menos sabes de onde venho. Segundo quero falar com o teu chefe então libera logo essa merda.- digo irritada.

Logo ouço-o gritar e o Vinicius vir até ele. Logo que me vê no carro sorri e manda o vapor liberar sempre a minha entrada.

Entrei com o carro e estacionei um pouco à frente.

Fui até eles e logo o Santi vem a correr até mim, pego-o no colo e dou lhe um beijo na bochecha fazendo-o sorrir. Todos olham para mim, e eu apenas dou de ombros.

Vini- Vamos dar o baza daqui.- diz para Alice.- Tudo a ir trampa meu povo.- diz para os soldados e logo todos se dispersam pelo morro.

Fui até ao carro com a Alice e o Santi e o Vinicius e Enzo, cada um em sua moto, fomos até casa dele, onde todos estacionamos os veículos.

A Alice foi abrindo a porta dando logo passagem para entrarmos. Sentei me no sofá com o Santi no meu colo que já quase dormia e todos sentaram se lá perto

Vini- A que devo a honra da sua visita no meu morro?- diz num tom de brincadeira.

Dih- Ficaste com cara trancada quando foste buscar o Santiago, quis vir esclarecer.- digo simples.

Vini- O Santiago já meio que me contou.- diz olhando para ele no meu colo- Obrigado por o teres defendido.

Dih- Não foi questão de o defender. Sabes que tenho um carinho por ele, mas na sala de aula não posso transparecer isso, mas foi meio que uma lição para os meninos da sala.- ele assente.

Ali- Sim, eu acho que fizeste bem. Não podes ter preferidos, sendo que és professora deles, fizeste bem amiga.

Enzo- So acho esses miúdos metidinhos. São coisas que metem na cabeça dos filhos. Os miúdos têm uns 4 anos e já andam a falar essas coisas?! Pelo amor de Deus.- diz meio chateado.

Dih- Eu sei. Eu trabalho com eles, sei bem como são alguns dos pais, mas na minha sala não deixo essas coisas acontecerem.

Vini- O Santiago ficou bastante sentido com o que falaram.- abaixo o olhar.

Dih- Acredita que não há ninguém melhor que eu que sabe como ele está a se sentir.- eles olham curiosos-- mas ele é forte e sei que isto não o vai abalar.- levanto a cabeça e sorri-o.

Com muito cuidado dou o Santi ao Vinicius e pego nas minhas coisas.

Dih- Vou andando, amanhã ainda trabalho e o Luca ta em casa à minha espera.

O Dono Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora