0.2 - Playing God

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Alguns dias já tinha se passado desde o jantar na casa de Yuki, e ele colocou na cabeça que vai junto comigo para o Japão, e pelo que eu o conhecia nada e nem ninguém o faria mudar de ideia muito menos seus pais.

E desde então ele vem me ligando perguntando quando nós vamos nos mudar, ou para qual cidade. E eu nem fiz minhas malas, pois tudo que eu ando fazendo e comer e dormir, um hábito que adquiri.

Nesses dias também parei de beber e fumar, pois eu sabia que isso não me faria bem. Estava jogado na cama olhando para o teto pensando na vida, quando escuto meu celular tocar.

Bunny ligando 

Esse menino não me deixa em paz um dia sequer.

- Fala logo porque estou ocupado.

- VOCÊ NÃO VAI ADIVINHAR O QUE ACONTECEU.

- Não vou mesmo, ainda não me descobri vidente e nem tenho uma bola de cristal.

- Nossa, hyung. - Ele faz manha. - Você podia ser mais legal com seu dongsaeng favorito.

- Você é meu único dongsaeng. - Respiro fundo, tentando não perder minha paciência. - Fala logo para que você ligou.

- Meus pais.

- O que tem eles?

- ELES ME DEIXARAM IR PARA O JAPÃO COM VOCÊ!

- O que? Como assim? - Sento na cama, tentando encontrar uma posição confortável após ficar tonto, o que aquela pestinha estava falando. - Você não vai para lugar nenhum, quem vai ser seu responsável? VOCÊ AINDA É DE MENOR!

- Você. - Responde como se fosse óbvio. - Ora hyung, você já tem idade suficiente para cuidar de mim.

- Você tem escola, você não pode ir comigo. E também seus pais são uns irresponsáveis por se deixar levar por essa sua ideia. - Bom, talvez, só talvez eu já tivesse perdido minha paciência. - Onde já se viu deixar o filho viajar para outro país com um desconhecido.

- Você não é um desconhecido. - Ele exclama. - É meu hyung, e nós nos conhecemos há o que? 5 meses?

- Seis.

- Yah, um mês a mais ou a menos não faz diferença. - Bunny reclama. - E no Japão tem escolas, eu posso estudar lá.

- Você não vai, e essa é minha palavra final.

- Você é um chato.

- E esses é um dos motivos pelo qual eu não quero te levar. - Ele resmunga do outro lado da linha. - É só isso? Eu preciso fazer minhas coisas.

- Você ainda não arrumou? Minhas coisas já estão prontas.

- Não sei porque, você não vai a lugar nenhum.

Desligo o telefone, e fico atordoado olhando a parede, como assim essa criança acha que vai viajar comigo? Eu preciso me acalmar eu não posso ficar estressado, por mais que eu já tenha feita muita merda. Levanto e fico andando pelo quarto de um lado para o outro, já não basta meus problemas. Eu tenho que resolver esse logo esta questão, vou até o banheiro tomar um banho para tentar relaxar, depois de quase meia hora saio com a toalha enrolada na cintura, coloco a primeira roupa que vejo pela frente.

Saio de casa indo até um ponto de táxi mais próximo, quando chego lá entro no primeiro que eu vejo, fazendo o motorista me olhar estranho e um pouco assustado com o jeito que eu entrei no carro, mas eu não liguei, não estava de bom humor, e talvez minha aparência não ajudasse muito. Quando chegamos no meu destino pago o motorista e desço do carro, entro no prédio a qual trabalha os senhores Kimura, e todos ficam me olhando, que merda hein, vou até a recepção onde tem uma garota sentada.

Bad HabitsOnde histórias criam vida. Descubra agora