Capítulo 6 - Noite no escritório

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    Guilherme era um cara extremamente sério, sempre com seu terno, sua postura e sua discrição absoluta. Um dos melhores advogados que tenho em meu escritório. Sempre nos demos bem, mas nunca tivemos muita intimidade. O que eu não sabia, é que em breve eu veria um lado seu que eu nunca imaginava conhecer...

    Um certo dia, eu estava um pouco cansado e extremamente estressado por conta de uns problemas com um dos nossos clientes, ficamos até as oito horas no escritório resolvendo umas burocracias. No fim de tudo eu já estava louco para tomar um drinque e pude ver em Guilherme que ele também precisava de um. Resolvi então convidá-lo:

— Olha hoje o dia foi maçante, vou tomar um drinque ali no bar, quer me acompanhar?

Ele me olha surpreso, mas percebo uma certa euforia em responder:

— Verdade, quero sim.

Recolhemos nossas coisas e descemos até o bar próximo ao escritório.

    Me sento, antes de tudo peço um café, pois preciso fumar um cigarro. Assim que o café chega, percebo um olhar diferente de Guilherme pra mim, não sei muito sobre suas preferências, mas se bem conheço gays, aquele era um convite perfeitamente discreto. Ele disfarça olhando o menu e logo vai para a cartela de drinques. Eu analiso a que tenho em mãos, decido pedir um Alexander e ele resolve me acompanhar na escolha. A conversa vai fluindo normalmente. Começamos a conversar sobre coisas em comum, um pouco da vida fora do escritório, o que foi muito bom. Resolvemos pedir umas cervejas e uns petiscos já que a conversa estava tão boa. Um grupo de músicos iniciou um show e estávamos curtindo muito os velhos sons de Cazuza, Legião, Lulu Santos, entre tantos outros.

    Papo vai, papo vem até que fomos surpreendidos por um casal de homens que se beijavam na mesa ao lado. Confesso que aquilo me excitou bastante, principalmente sentado ao lado de um cara tão bonito, mas me contive e resolvi não falar nada. Guilherme me encara e logo me surpreende com sua revelação:

— Queria eu ter a coragem deles!

Eu paro por um segundo e não acredito no que estou ouvindo. Resolvo questionar para ver se aquilo cabia em meu entendimento:

— Como assim? — Ele apoia sua cerveja na mesa e me explica com total normalidade:

— Eu acho muito bacana esses casais que conseguem assumir sua sexualidade, relação e vontade em público. Eu nunca consegui fazer isso. Sempre me contento em deixar tudo em quatro paredes. - Eu dou mais um gole na minha minha long neck e resolvo falar também:

— Eu sou exatamente igual a você. Me mantenho discreto, ainda mais com a posição de chefe que tenho. Você é o primeiro funcionário que sabe sobre isso. - Ele apoia sua cerveja na mesa e me diz:

— Nunca poderia pensar que você tivesse as mesmas preferências que eu. Achava até que você e a Luciana tivessem um caso. - Eu começo a rir e o respondo de imediato:

— A Lú? Claro que não. Ela é minha melhor amiga, ela sabe tudo sobre mim. Inclusive ela que me incentivou a estar aqui hoje.

Ele abre outra cerveja, se aproxima de mim me encarando de uma maneira predadora...

— Então depois me lembra de agradecê-la por isso.

Minha mão suava frio e meu corpo se arrepiava. Ele toca meu rosto com uma das mãos, aprofunda seu olhar no meu e logo estávamos em um delicioso beijo. Ao abrir os olhos podia ver o seu sorriso e não pude conter o meu. Ele me encara ao dar mais um gole em sua cerveja e eu já tento diminuir a temperatura de meu corpo bebendo a minha. Eu sugiro a ele que voltemos para o escritório para podermos ficar mais a vontade, ele chama o garçom e pede a conta...

    Ao abrir a porta do escritório, Guilherme já avança em mim com total voracidade. Nos entremeios dos beijos ele me diz:

— Sempre quis você! Só estava aguardando a oportunidade certa em descobrir se era recíproco.

Eu começo a abrir os botões da sua camisa branca e lhe digo:

— Que bom que a oportunidade em fim apareceu!

    Colamos nossos lábios de novo, ele me apoia em minha mesa afastando tudo o que está em cima dela. Eu começo a explorar seu tórax enquanto beijo seu pescoço. Suas mãos começam a percorrer meu corpo e logo já sinto elas desabotoarem a minha calça. Ele começa a me acariciar e minha rigidez fica óbvia. Eu aproveito para fazer o mesmo e já sinto que ele também está excitado. Ele se ajoelha, arranca minha roupa e me abocanha de uma só vez. Seus movimentos são rápidos e intensos. Meu corpo se contrai em prazer, eu fecho meus olhos e curto aquela sensação deliciosa. Enquanto sua boa me dá prazer, sua mão me percorre até chegar atrás e logo sinto seus dedos me invadirem. Era um misto de sensações delicioso, não consegui me conter e acabo por deixar os gemidos escaparem de minha boca. Olho pra baixo e o puxo em direção a minha boca novamente. Eu fico com sua rigidez em minha mão, me viro de costas e ele já entende meu recado se encaixando perfeitamente em mim. Conforme ele me possuía o prazer ia tomando conta do meu corpo por inteiro. O atrito de nossas peles era extremamente prazeroso me fazendo querer mais e mais. Ele me segura pelo quadril e a pressão que ele exercia em mim era forte e deliciosa. Aproveito para me tocar e isso aumenta mais ainda meu prazer. Ficamos dessa forma por longos minutos até que sinto meu ápice se aproximar fazendo com que meu corpo se contraia e eu me derrame em plena satisfação. Assim que ele percebeu meu orgasmo ele acelerou seus movimentos em mim, mas eu resolvo me afastar, ajoelhar e lhe dá prazer com minha boca. Enquanto isso eu o olhava de baixo pra cima vendo aquele corpo perfeitamente desenhado e suas expressões de tesão e satisfação estampadas naquele rosto lindo. Ele trava meu rosto em seu corpo e derrama tudo em minha boca.

    Depois de tudo, começamos a nos recompor. Me sento na cadeira para abotoar minha blusa enquanto ele amarra seu sapato apoiado no sofá. Resolvo arrumar um pouco do caos que se tornou a minha mesa com a ajuda dele. Fico de pé e ele me apoia novamente na mesa me dizendo:

— Vamos comer algo e depois pegamos um táxi até o meu apartamento, pode ser?

Adoro a ideia, tranco o escritório e nos direcionamos até a pizzaria mais próxima. Enquanto esperávamos o pedido, tintilamos duas long necks de cerveja e em seguida ele disse:

— A nós!

Dei um gole na cerveja e logo sou surpreendido por mais um beijo dele então me ponho a dizer:

— Aos nossos beijos!

Batemos as garrafas novamente e eu mal espero pelo o que está por vir após essa pizza... Comemos rapidamente e pegamos um taxi até seu apartamento. Chegando lá ele fecha a porta e vem me beijando, propondo logo o início do nosso segundo round ...

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