Damned Souls- Harry Potter

20- A morte e o acordo

" Narrador ON"

Leah se sentia quebrada naquele momento, sua dor por conta da perda era enorme, jurava que ela poderia rasgar seu coração a qualquer momento. Enquanto a mesma chorava, o céu, antes limpo, agora possuía uma enorme nuvem negra que começou a descarregar suas águas e seus raios sobre o grande castelo de Hogwarts. Parecia que as águas acompanhavam as lágrimas salgadas que insistiam em escorrer pela bochecha rosada de Leah.

Uma forte aura vermelha escarlate começou a consumir todo seu corpo. Leah agora não tinha mais o controle sobre seus próprios movimentos. Com lágrimas escorrendo de seus olhos, Leah saiu de seu quarto e logo da comunal de sua casa, Sonserina.

Os corredores do castelo, apenas iluminados pelas inúmeras velas, ficavam cada vez mais iluminado aos passos lentos que Leah dava. A carta de Remo, ainda em sua mão, estava molhada por suas lágrimas, que ao escorrer por sua bochecha, acabavam caindo no papel. Uma voz, calma, grossa e serena, repetia no ouvido de Leah as seguintes frases:

" Ele está morto", " É tudo sua culpa", " Se não tivesse deixado a França, nada disso teria acontecido", " Seu pai está morto", " Que ele queime nas chamas do tártaro"

Quanto mais a voz as repetia, mais lágrimas e a culpa de Leah aumentavam, pois de tão intensas que as frases eram, que a fez pensar que a culpa realmente era dela. Seus passos pareciam que poderiam quebrar o chão, suas Lágrimas ainda escorriam por seu rosto. A aura de Leah aumentava a cada vez que dava um mísero passo.

A porta do salão principal se encontrava fechada. Os professores e alunos comiam calmamente seus jantares. Alguns conversavam entre si, comentando sobre como ocorreu seu dia. Nenhum dos presentes ali dentro possuía a mínima ideia do que ocorria do lado de fora, a alguns corredores da onde faziam suas refeições.

A porta se abriu de uma vez, fazendo as duas extremidades baterem com tudo na parede. A chuva do lado de fora aumentou, agora os raios e trovões eram mais altos e mais claros. Todas as velas se apagaram de uma vez, as comidas voaram dos pratos. O grande salão era iluminado apenas pela luz vermelha que a aura de Leah liberava, quando a mesma apareceu na porta.

Professores e alunos estavam assustados, nunca tinham visto algo igual. Leah soluçava alto, seu choro era ouvido por todo o salão. Draco, Harry, Hermione, Pansy, Any, Rony, Luna, os gêmeos, Gina, Daphne, Theodore, Snape, Minerva, Hagrid. Todos os amigos de Leah se levantaram juntos, no exato momento em que ela apareceu na porta.

Harry e Draco até tentaram se aproximar de sua amada, a unica pessoa que os unia em curtos momento. Eles tentaram, mas a aura que mais parecia uma forte chama, os jogou para longe, fazendo os dois voarem em direções opostas e baterem o corpo nas paredes do salão. Gina, Any e Hermione até tentaram a chamar, mas Leah não as ouvia, não por não querer as ouvir, mas por parecer ter algo tampado suas orelhas. Snape começou a andar em passos lentos, saindo de trás da mesa em que comia, para ir até Leah, sua filha de consideração, mesmo que ele não admita.

— MORTO!!!— Leah gritou tão alto, que podia quase se comparar ao grito de uma banshee. Ao gritar, Leah caiu de joelhos com as mãos na cabeça, ao mesmo tempo em que os vidros das gigantes janelas explodiam em mínimos pedaços, que antes de atingirem os alunos, paralisaram no ar.

Snape se aproximou de Leah e por incrível que pareça, ele a abraçou, ultrapassando a chama que fez Harry Potter e Draco Malfoy voarem longe. Leah grudou em Severus como se ele fosse a última pessoa do planeta. Ela chorava e soluçava, agarrada a seu professor de poções.

Todos estavam atônitos, nunca tinham visto Leah nesse estado, quebrada, como uma típica boneca de porcelana. Ela que sempre foi uma garota alegre e que sempre esbanjava um lindo sorriso para todos que via, estava abraçada ao professor de poções, em prantos, chorando, enquanto ele acariciava seus longos fios de cabelo, tentando a acalmar.