21- N.O.M.S e a pegadinha

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Já havia se passado um pouco mais de uma semana depois que meu pai veio a falecer. Eu já estou bem, sinto a falta dele mas nada que possa me fazer ficar triste por muito tempo. Sei que ele não gostaria disso.

Eu estava na minha cama, eu já tinha acordo a algum tempo, mas ainda era muito cedo e por isso, Daphne, Pansy, Maíra e Mony ainda dormiam. Eu desenhava quatro crianças, eram três meninos e uma menina. Eu havia sonhado com eles antes de acordar e resolvi os desenhar para não me esquecer deles. Vejo Pansy se mexer na cama e virar para o outro lado, resmungar alguma coisa e cobrir a cabeça com o travesseiro. Dou de ombros e continuo o desenho.

Após mais ou menos umas meia hora, eu me levanto da cama. As meninas ainda dormiam, hoje era domingo e amanhã teria a última prova, mas eu já havia a feito, pois eu queria ocupar a minha mente nesse tempo, então estudar para a prova e a fazer antes de todos foi a melhor solução que eu tive para não ficar pensando no meu pai.

Ao me levantar da cama, caminho em direção ao meu baú. Pego uma saia preta- um pouco acima do joelho- uma blusa amarela e minha jaqueta de couro. Pego meu tênis e me encaminho para o banheiro.

Ao sair já pronta do banheiro, pego minha varinha e o colar que Snape e Minerva haviam me dado a algum tempo e saio do quarto. A comunal estava vazia, provavelmente todos ainda dormiam. O café da manhã só seria servido em uma hora. Minha fênix, Iduna, estava sobre uma das mesas da comunal. Me aproximo dela e passo minha mão em sua cabeça, a fazendo piar e apontar para sua pata.

Percebo que na pata dela havia um pergaminho amarrado. O pego e tiro a fina fita de cetim que amarrava o papel. Ao abrir, encontro a letra de minha mãe e começo a ler.

" Olá meu amor, aqui é a sua mãe, Naiome. Por meio dessa carta, eu venho avisar que quando for o ultimo dia de aula, você pegue o trem e me espere na plataforma 9 3/4. Depois da perda de seu pai, eu, seus tios e seu avô decidimos voltar para a Inglaterra. Compramos uma casa um pouco afastada do resto da civilização. Achamos melhor nos afastarmos daquela casa, ela nos trazia muitas lembranças.

Espero que você esteja bem. Eu te amo mais que tudo em minha vida.

ASS: Sua mãe"

Finalizo a carta e a dobro novamente e colocando dentro do bolso da jaqueta. Pego um pergaminho que estava sobre uma das mesas e pego uma pena, já mergulhada na tinta e começo a escrever uma resposta para minha mãe.

Ao finalizar a carta, a amarro com a mesma fita e a coloco na pata de minha fênix, que vai embora voando pela menas janela que deduzo ter entrado. Agora, eu estava sozinha na comunal. A lareira a minha frente tinha um fogo na cor verde, que crepitava sem parar.

A comunal da Sonserina sempre foi muito fria, já que se encontra nas masmorras, mas hoje ela não estava fria. Provavelmente o dia lá fora esteja quente o suficiente para aquecer a minha comunal. Respiro fundo e abro a passagem e sem demora, saio da comunal.

Em passos lentos, vago pelos corredores de Hogwarts. Ao passar próxima a comunal da Corvinal, vejo Helena Ravenclaw. Sorrio e aceno, ao ver que ela havia me visto.

— Bom dia, Helena!!— Desejo e vejo a mesma voar até mim.

— Bom dia, menina... Você é amiga da Luna, não é??— Helena pergunta e eu concordo com um sorriso no rosto.

— Sou sim. Prazer, eu sou a Leah Scombell!!— Falo e vejo a mesma dar um sorriso tímido.

— Ela me contou bastante sobre você. Meus pêsames sobre seu pai!!— A fantasma fala e eu sorrio triste.

— Obrigada, mas eu já não ligo muito. Ele está em um lugar melhor agora... Bem, eu espero que esteja!!— Falo e vejo ela concordar com a cabeça.

Damned Souls- Harry PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora