Pérolas de Janeiro

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No celestial dia em que os céus se encheram de graça
Em uma clara tarde de excelso
Presenciei, mesmo que sobrevoando as nuvens do divino
Um milagre acontecer
Embaçavam-me os olhos
De tão brilhantes pingos que avistava cair do céu
De fidúcia
Cheguei a pensar que seres bem-apessoados estavam a sobrevoar a Terra
Ludibriei-me
Um choro solene se fazia presente
Era acalmado pela suave voz maternal
Que admirava graciosamente
A delicada face de uma joia
Joia essa mandada pelos querubins
Destinada a lapidar o seu caminho
Em vão, uma humilde casa
Recebe tamanha alegria
Se enche de amor
Tornara o mundo, um lugar melhor?
Tal criatura me indagava
Como posso amar-te?
Sem ao menos, saber quem és!
De rosadas bochechas
Tinha a sensação de que já a conhecia
Mesmo sem a conhecer
A mulher de longos cabelos negros, a chamava por um nome
Semelhante a um tesouro valioso
Esse, natural e perfeito
Pergunto-me se haviam sido
Pedras a cair do céu
De textura esbranquiçada e reluzente
Na tarde de Janeiro
Quando se iniciava o ano de 1995
Para muitos, apenas uma menina
Para a mulher de longos cabelos, um amor
Para o homem de símbolo paternal, uma graça
E para seu anjo da guarda
Pérolas de Janeiro.

Dedicado à Marjorie, minha amada irmã. Te amo!

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