Dossiê

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Você só pensa em si mesmo

Como se fosse natural

Eu fui enganada o suficiente tentando te agradar

Isso me tortura, me deixe sozinha até o fim.

Longe da cidade de Daegu, na capital sul-coreana, Im Jaebum observava a cafeteria pouco movimentada em que estava sentado. O alfa em questão esperava aquele encontro a quase uma semana, contudo sempre existia uma desculpa nova, agora não havia mais como fugir. Yezi não escaparia de si daquela forma.

Desde que Mark havia lhe ligado, mais ou menos, uma semana atrás, Jaebum estava completamente empenhado naquele caso misterioso. No início, tudo parecia um beco sem saída. Era um caso fechado a quase dois anos, aparentemente o caso Yuju havia sido um infeliz acidente que assassinou uma garotinha de 16 anos. Contudo o Im não era cego. Foi só olhar um pouquinho mais atentamente para perceber os diversos furos e erros naquela investigação.

Depoimentos faltando, páginas falsas, pessoas desaparecidas...tudo ao redor daquele caso parecia uma péssima narrativa escrita por um sádico qualquer para tentar enganar alguém ou mais precisamente os agentes do Estado.

Quanto mais Jaebum pesquisava, mais parecia não existir solução alguma. Era como entrar em um grande labirinto. As peças estavam na mesa, porém nada se conectava. Yuju era uma garota exemplar, tinha ótimas notas, nunca faltava uma aula, mas justamente naquele dia a garota resolveu faltar a escola pela manhã para ir até a área mais perigosa da cidade? Isso não fazia sentido.

A rua onde Yuju foi supostamente atropelada não possuía nenhuma marca de sangue no chão a não ser o local onde a garota estava, entretanto, com a quantidade de fraturas expostas da garota deveria ter no mínimo uma poça enorme de sangue, o que já indicava que o corpo havia sido mudado de lugar. Mas nenhuma investigação sobre isso foi feita.

Uma testemunha ocular relatou ter visto um SUV vermelha largar um corpo na calçada, porém ninguém colocou essa testemunha para depor e uma semana depois ela foi encontrada assassinada em casa e um inquérito não foi aberto sobre o fato.

Aquilo não era coincidência, alguém grande estava protegendo o assassino daquela garota, e por qual razão? Yuju não era rica, muito menos possuía posses ou segredos obscuros, era só uma estudante do ensino médio. O que ganhariam com a morte dela?

Toda a investigação parecia um nó até quatro dias atrás quando achou ao invadir ao requirir o histórico de ligações de Yuju (de maneira ilegal) um nome que se repetia sempre, principalmente nas últimas horas de vida da menor: Yerin. Procurando em meio aos colegas de turma da garota achou facilmente a dona do nome: Jung Yerin.

— Esta esperando a muito tempo? — Ouvindo a voz assustada da ômega, Jaebum encarou a miúda de frente.

O corpo pequeno, os cabelos compridos e a face angelical davam um ar gentil e franco a garota, contudo Jaebum era policial a tempo demais para não se deixar enganar por nada daquilo, afinal até mesmo Lúcifer se parecia com um anjo aos olhos leigos.

— Um pouco — Jaebum respondeu a pergunta enquanto apontava para a cadeira a sua frente — Bom dia Yerin, sente-se

— Garanto que foi uma surpresa quando um policial da sua instância me ligou — Yerin era direta e Jaebum apreciava isso — Porém, estou curiosa sobre o que te trouxe aqui

— Já que foi direta, senhorita Jung, gostaria de falar sobre sua colega de classe Min Yuju — Jaebum falou tudo em um único folego e pode visualizar a ômega a sua frente ficar pálida. O Im soube naquele momento que achou sua fonte de respostas

13 lições de um sexólogoOnde histórias criam vida. Descubra agora