♡Life's situations make us feel♡

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CAPÍTULO ESPECIAL ✨

Como a Mina foi uma das protagonistas do caso Jiwon - Jeongyeon - Nayeon, foi impossível não querer fazer um capítulo com os pensamentos dela depois de tudo o que aconteceu.

Esse capítulo vai ser bem pessoal, como uma conversa minha com vocês! Então é isso. Espero que gostem!

Boa leitura!

💋
MYOUI MINA

Eu acho que eu deveria procurar um especialista. Quer dizer outro, porque com certeza essa médica não está ajudando.

Eu não consigo resistir, sempre acordo um pouco mais cedo pra ver Son Chaeyoung dormindo, porque é tão fofo que chega ser irritante. Eu precisava de uma ajuda, com certeza esse tipo de atitude não era normal.

Son Chaeyoung estava com a boca entre aberta, a respiração suave, os cabelos pretos bagunçados, e eu acho toda essa bagunça linda. Droga.

Fazia dias que Son estava dormindo aqui em casa, e ontem mesmo decidimos, depois do julgamento, oficializar as coisas. Eu não via a hora de contar tudo para Yoo.

Ah, Yoo. As vezes eu queria pegar um trem e ir até a casa dos seus pais, - que eu não sei onde é. Te encontrar e te arrastar de volta pelos cabelos até em casa.

E dizer também claro, que você não tem culpa de nada. Eu poderia fazer um café pra mim, e um chá pra ela e poderíamos conversar sobre coisas legais para nos distrair da confusão que estava nossa vida.

Respiro fundo, eu sei que o que aconteceu comigo abalou muito minha amiga, e que ela teve que lidar com muitas coisas. E por muitas vezes eu tentei, não pensar no que aconteceu, mas Son disse que tentar fugir era pior.

E eu vi, que tentar apagar o que aconteceu naquela festa, o qual eu não me lembro de muita coisa por estar bêbada demais, apenas flashes horríveis, iria piorar as coisas.

A psicóloga disse que eu poderia entrar em uma espécie de transe pós traumático, onde a vítima acaba colocando aquele incidente em um canto da mente e acaba agindo normalmente, mas só basta apenas um gatilho para tudo desmoronar e ficar infinitamente pior. E claro, eu precisava evitar isso.

Então conversar com alguém, se abrir, chorar, sentir, e depois, finalmente começar o processo de superação. Eram as coisas necessárias.

E eu estava seguindo esses passos, falar no começo foi difícil, eu não conseguia. Era como se algo em mim travasse. fosse sujo e errado, como se eu tivesse feito algo de errado, então eu continuei, por semanas empurrando aquilo dentro de mim e impedindo que saísse.

Entretanto quando eu comecei a falar, foi como uma cachoeira finalmente saindo de dentro de mim, eu não conseguia parar mais, de falar e chorar compulsivamente, eu comecei desabafar não só com a médica, mas com Chaeyoung, Sana, Tzuyu, Namjoon. Eu não conseguia evitar a enxurrada de sentimentos e palavras guardadas dentro de mim, depois que eu falei, eu precisava colocar finalmente tudo pra fora.

E isso durou dias, as vezes eu chorava e chorava, Chaeyoung me abraça e escutava a mesma história novamente, e quando ela iria embora, eu chorava e minhas amigas estavam lá, escutando tudo de novo.

E isso era normal, eu tinha guardado tanto meus sentimentos que quando eu os libertei, saíram como um carro desgovernado sem freio em uma ladeira.

E todos respeitaram isso porque eles sabiam, eu precisava falar com qualquer pessoa sobre isso, não importava se alguém teria palavras de conforto, ou concelhos.

Precisava, sentir, chorar. Porque o silêncio era a pior coisa que poderia acontecer, isso iria continuar me corroendo até me destruir.

E mesmo não esperando nada, porque eu estava tão imersa na minha dor. As pessoas que eram importantes, ficaram do meu lado naquele momento. Eu sei que Jeongyeon não podia, mas tenho certeza que se pudesse estaria aqui também.

E isso foi bom, ter pessoas ao meu lado que me amava e que queriam me ver bem e feliz, um dos melhores remédios e estar com quem é importante, parece clichê. Mas essa é a verdade.

Então, depois de ter chorado, sentindo tudo isso. Veio o vazio. E isso era algo que eu não esperava, como se eu não sentisse mas nada.

Mas analisando e eu vi que não era verdade, eu pensava naquele dia, eu nunca iria esquecer o que aconteceu. Só que agora, eu precisava preencher aquele vazio que era da dor, com outro sentimento.

Eu ainda estava pensando sobre isso, e entrando no processo de superação, ciente de que, aquilo sempre estaria nas minhas memorias, mas quando eu pensasse eu não sentiria mais dor, porque aquele sentimento eu teria substituído por outro muito melhor e mais saudável.

Entre esses pensamentos, percebi que Son Chaeyoung se remexeu na cama, resmungando, ela sempre fazia isso antes de acordar, e eu achava isso lindinho.

- Bom dia Son. - Me viro para abraça-la.

- Hum... Tô com sono Mimi...

- Mimi? - Acabei rindo entre seu pescoço.

- Mi-mina. - Ela completa, se abraçando mais comigo.

- A gente precisa tomar café...
- Digo, mas não querendo me levantar também.

- Não... Vamos ficar mais um pouquinho na cama eu tô com tanta preguiça... - Ela diz de forma manhosa, o que foi impossível de recusar.

Abraçada com a Chaeyoung, e ainda refletindo sobre tudo, eu percebi o quão forte eu era. Nesses dois meses e meio, pude pensar na minha estrada até aqui, nas vezes que cai e levantei, as vezes que sorri enquanto eu estava triste. Eu era forte, tinha trilhado aquela estrada da vida sozinha, e não seria um otário, que iria me derrubar.

Eu poderia vencer essa também, assim como as outras batalhas tão diferentes dessa, que mesmo assim venci, e agora caminhando na estrada da vida pude olhar para trás e ver aquelas dificuldades com outros olhos. E sentir orgulho de mim mesma.

E eu queria olhar para essa desse jeito também, um dia.

》》》》》

Fazia tempo que eu não postava especial durante a semana né?

Eu espero que tenham gostado, e esse capítulo foi para os leitores que estão passando por algum momento difícil, seja ele tristeza ou trauma, espero que leiam e tome essas palavras para si, e absorvam. E que de alguma maneira através dessa mera fanfic, eu possa ajudar você de alguma forma!

Até domingo 😘 espero que tenham gostado da surpresa!

Vêทυs • 2yeonOnde histórias criam vida. Descubra agora