Brooklyn•Jikook

°•3•°

Jimin estava saindo do colégio de lá ia direto pro trabalho, a loja receberia um carregamento de mercadoria e o senhor Cheng pedira para que fosse assim que saisse.

Andava despreocupado na rua olhando pros próprios pés, na proxima semana teria provas e onde arranjaria tempo pra estudar?
Pensava tanto que nem percebeu que estava quase a trombar com alguem.

E sim ele acabou batendo com o torso de alguém que o fez cair de bunda no chão.

-Olha por onde anda pivete- Falou o homem exaltado.

-Desculpe.

O Loirinho levou os olhos pra ver quem era.

-Dá proxima é melhor olhar pra frente.

Era um dos Reboys deu pra saber pela tatuagem de caveira no braço esposto, eles são assim antipáticos mas o menor nunca havia falado com algum deles.

Tinha chegado a loja e ele e o senhor Cheng estava a repor as pratileiras com os produtos novos, esse seria um daqueles dias chatos que tanto odiava.

Não poderia reparar nos garotos que iam todos os dias apostar dinheiro das mesadas em partidas de galaga.

Estava com fome e não havia comido nada até agora, exalto decidiu pegar alguma bobeira da pratileira e pagar depois no caixa.

Avisou o senhor Cheng doque decidiu fazer e o senhorzinho não se  importou, sempre adorou Jimin o garoto tinha um jeito honesto de ser.

Conhecia a senhora Park dês que a mesma avia chegada com seu filho anos atrás.
Sabia que o loiro avia tido a melhor educação possivel.

Então o menor finalmente acabou de arrumar aquelas mercadorias e foi pra trás de seu balcão e pagar pelo seu lanche que ainda estava comendo.

Quando estava preste a colocar o seu dinheiro dentro da caixa registradora ouviu alguem dizer.

-Olha isso é novo, nunca vi alguem pagar algo no lugar que trabalha.

Era ele, aquele mesmo cara de semanas atrás sua expressão era provocativa e seu ar convencido e seu olhar voltado ao menor.

-Eu... Eu só estou pagando oque eu peguei.- Respondeu Jimin se encolhendo.

-Mas você trabalha aqui, só achei incomum tá ligado?

-Oque? Ligado?

-Ah cara, tu tem telefone em casa?- Perguntou Jungkook mostrando um interesse na resposta.

-T... Tenho.

-Passa seu número.-Falou o maior já tirando um pedaço da caixa de cigarro que tinha acabado mais cedo.

-Não vou dar meu numero senhor.- Jimin estava desconfiado, ninguem pede o numero assim do nada.

-Anda logo Jimin.

-Ei como sabe meu nome?

-Cara tu é lerdo? Tá nesse teu crachá ae.

O loiro murmurou um "aaah" olhando pro seu nome da identificação presa ao seu uniforme.

-Tu vai escrever logo teu número ou não tem caneta nessa loja?

-Já disse moço eu não vou sar meu número.

-Passa logo garoto.- Jungkook estava se exaltando com aquele loirinho todo medroso.

Jimin se assustou com o tom que o maior havia usado consigo, acabou por ceder a essa conversa e deu o seu número para que não houvesse confusão.

Senhor Cheng o mandaria embora se discutisse com alguem da clientela mas o menor nem sabe ao menos responder alguém mal.

-E uma carteira de cigarro a minha já era.

Então o pequeno virou de costa e se levantou na ponta dos pés pra pegar a carteira que estava um pouco acima na prateleira onde ficavam cigarros esqueiros e etc.

-Aqui são... - Foi interrompido pelo moreno que simplismente colocou uma nota de grande valor e saiu dando as costas

-Pode ficar com o troco, aproveita e paga esse negócio que ta comendo.- Então olhou pra trás e sorriu cafajeste pro garoto que estava  com um pouco de medo- E fique grudado no telefone okay?

Então o maior saiu pela porta e pelo vidro da mesma Jimin o observou montar em sua moto colocar o capacete e acelerar indo pra algum lugar.

-Que homem esquisito- murmurou o menor pra si mesmo voltando a atenção pra nota em sua mão.

Decidiu não ficar com troco pra si, aquele não era seu dinheiro não havia trabalhado duro por aquilo então optou por colocar na caixa registradora e simplismente pagar seu lanche com seu dinheirinho suado.

Chegando em casa já de noite sua mãe alegava estar cansada então iria se deitar seu jantar estava na mesa já quente.
Olhou no relógio de parede na cozinha marcava 11:40 da noite.

Enquanto se deliciava com o frango assado que a mais velha avia feito para o jantar, Jimin todo momento se via encarando o telefone, se alguem ligasse teria que ser o primeiro a atender.

Não queria que sua mãe achasse que estava se envolvendo com pessoas erradas ou que estava com problemas.
O cara de mais cedo com certeza era problema.

Mas e se o loiro fosse assim? Seria uma vida mais emocionante dá que tinha? Isso disperta o interesse no menor mesmo seu caráter dizendo que não é boa idéia dar ouvidos aquele homem moreno.

Então se distraiu com sua comida, tanto que deu um pulo quando o som do telefone de parede ecoou pela cozinha.

Logo correu a atender, o pegou ainda com sua feição de espanto e então disse:

-Alô?

-Loirinho?

-Si... Sim.

-Ah então não me deu um número falso, qual seu nome completo baixinho?

-Como é?

-Teu nome completo! Tu é surdo cara?

- Park Ji... Jimin.

-Nome japonês?

-Não, é coreano. E o seu nome?

-Acho que você pode me chamar de Jungkook.

-Jungkook? Mas esse não é seu nome?

-Não mas os cara me chamam assim.

-Olha Jungkook, porfavor não me ligue.

Então Jimin ouviu uma risada sarcástica do outro lado da linha.

-Acho que você não intendeu, você vai falar comigo loirinho.

-E... Eu não posso falar com alguem assim...

-Assim?-Ouviu dinovo a mesma risada que ouvira agora a pouco- Assim como?

-Um gagst... Um cara problemático.

-Burruu a mamãe e o papai não deixam?

-....Tch... Tchau.

Oque aquele cara queria? Por que implicar consigo? Essas eram as perguntas que rodeavam a cabeça do pobre Park Jimin.

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