A Escolhida (Livro 1) - Série Realeza

Capítulo III - Narrador: Lorenzo - Revisado 🌹

Música do capítulo: Señorita - Shawn Mendes ft. Camila Cabello

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Dia 21 de junho de 1450, domingo

Acordo com o sol batendo em minha face, esfrego os olhos e me espreguiço, calço meus sapatos e visto meu roupão preto de veludo, coloco minha coroa cravejada com pedras de safiras e desço para tomar o dejejum junto da minha familia. No caminho do quarto até a sala de jantar, vejo o tempo lá fora e nem parecia inverno, o sol estava radiante e quente, não tinha vento e parece mais verão do que inverno, isso é sinal de tempestade ao final do dia, irei me lembrar disso se sair hoje.

Chego na sala de jantar e encontro meus pais, minha avó, George e Catherine, os pais de George e Arabella não devem terem acordado ainda ou sairam para dar uma volta na cidade. Me sento ao lado de George e os acompanho na refeição, onde tinha queijo, pães fresquinhos, chá e bolo de morango. Peguei um pedaço do bolo de morango e senti o gostinho do paraíso, era um sabor inexplicável, era doce, cítrico e salgado ao mesmo tempo, acompanhado de chá soa perfeito.

Peço licencas à todos após teminar de comer e George faz o mesmo e me segue até o estábulo, queria cavalgar um pouco e conversar a sos com meu primo, não tenho ninguém para conversar além de Alexandre e faz tempo que não vejo George, sabe Deus quando eu o verei novamente, pois minha tia comentou que quando retornarem meu primo irá se casar e vai se tornar rei, não terás tempo para nada além de cuidar de seu reino, penso que o mesmo se caberá a mim em breve.

George e eu seguimos a cavalo pela floresta encantada, ela não é perigosa na claridade e conheço seus caminhos perfeitamente. Paramos perto de um riacho para nos refrescar e os cavalos beberem água, nos sentamos em umas pedras e decidi tocar em um assunto delicado, o sentimento de George por Catherine.

George: Foi bom pararmos um pouco para refrescar, hoje estás muito quente em Verona, algum incomum no inverno.

Lorenzo: Eres verdade. - sentamos nas pedras - Primo, quero lhe perguntar sobre umas coisas que ando percebendo e gostaria que você me esclarecesse umas coisas.

George: Diga sem rondeios Lorenzo.

Lorenzo: Qual eis o seu sentimento por nostra prima Catherine? - George demonstrou-se assustado - Não tentes me enganar, vi a troca de olhares entre vocês.

George: Não posso mentir para ti, me conheces bem demais primo - mexeu nos cabelos aflito - Eu a amo como homem primo, nos beijamos quando ela tinha 12 e eu 14, nunca deixei de pensar nela e agora tão perto dela, é dificil me conter e esconder meus sentimentos por ela.

Lorenzo: De certo já sabes o histórico de romances entre parentes não é mesmo?

George: Eu sei. Todos foram condenados à morte. - Seus olhos ficaram tristes - Mas eu não irei desistir jamais de nosso amor, eu morreria sem ela Lorenzo. Sabes o que eres este sentimento?

Lorenzo: Infelizmente não tive a dádiva de conhecer esse sentimento de lhe encher o coração e o condena-lo ao sofrimento de amar a uma única mulher que eis sua salvação e perdição. - observou a paisagem pensativo - Não vós condeno por ter esse sentimento e sim vós alerto, temo por ti primo e o que este amor possa levarte, espero que consiga viver seu amor com Catherine e se casar com ela.