Capítulo XXVII - Narrador: Charlotte - Revisado 🌹

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Música do capítulo: Scotland - The Lumineers

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Dia 20 de novembro de 1450, quarta-feira

 A Guerra entre conservadores e não conservadores foi planejada e aguardada por dois meses. Por dois meses, olhava a vista de cima de Verona do alto do Castelo e gravava aquela imagem linda de paz, floresta verde e todos alegres vivendo a vida normalmente. Por dois meses, observava Lorenzo enquanto dormia e temia por sua vida, sua bravura e o lutador que é, decidiu lutar na guerra junto de seus soldados, justificando que daria sua vida pelo povo e o amo ainda mais por sua nobreza de coração e não social. Por dois meses, acordei a cada dia com medo de ser o último dia de paz. Um reino não será o mesmo depois de uma guerra. Nosso reino passou por guerras no comando de minha avó Isabela, mas temo que o que estás por vir será ainda mais devastador e sangrento de todas as guerras vividas por aqui.

Me contenho as lágrimas e sentada num banco no meio do jardim tomando um sol pela manhã com minha leitura da vez em mãos, me lembro de que Cath estás retornando de sua viagem e vem para cá ainda hoje, contou me em uma carta que Florença é lindo na primavera, que foram dançar, comer em restaurantes de alto requinte e que não poderia estar mais feliz. Minha prima Arabela por sua vez optou apenas ir até a casinha na floresta que eu e Lorenzo já fomos, passaram apenas 1 mês por lá e curtiram muito a cachoeira que tem por ali perto, jantar em frente a lareira e juras de amor sob o luar naquele lindo gramado que dá uma bela vista do céu que em noites de lua cheia se enfeita de estrelas brilhantes.

Minha cara Lilith me conta como anda os preparativos para a guerra por meio de cartas, seu marido e meu primo George irão estar do nosso lado lutando  com Lorenzo nas batalhas que travaram, mas Lilith diz que não se aflige e não se abala, acende uma vela toda noite para nossa senhora de Fátima e pede que cuide de todos na guerra mesmo antes de começar, ela me falou que está de corpo e alma tranquilos apesar do coração estar apertado por seu amado esposo. Seguindo a fé inabalável de minha amiga, comecei a um mês atrás acender uma vela para nossa senhora Aparecida de quem sou devota desde menina e peço todas as noites para que essa guerra comece e termine sem mortes e que eles se acertem, mesmo que no fundo a minha esperança deles entrarem num acordo de paz e concordarem com os ideias de ambos os reinados esteja mais viva que nunca.

Minha querida Daria Vicenzi estás sempre que pode me mandando cartas contando como tudo estás pelo Reino Ignácio na França e que estás preocupada com a guerra, ouviu pelos cantos que o rei Guilherme quer estar fora desse confronto e que teme pelo o que o desfecho disso pode trazer para todos os reinos próximos que possuem alianças políticas e econômicas. Ela diz que por la está tudo em clima de paz que a moça que ela é dama de companhia se casará em breve e que queres que ela vá com ela, Daria ainda disse que a moça vai para a Rússia que talvez o contato delas ficaria mais complicado e que promete que não deixará de manter contato comigo mesmo que for difícil.

Recolho meu livro e decido espairecer um pouco indo fazer uma visita à minha mãe de Elizabeth que deve estar precisando de uma mãozinha na cozinha, com aquele barriga de 7 meses prestes a ganhar minha irmãzinha Hope, fica complicado além da idade de minha mãe de coração ser avançada para engravidar, apesar de meu pai James dar todo o suporte eu sei que ela nunca iria deixar de trabalhar e se sentir inútil ela não admitiria. Deixo meu livro na biblioteca, calço os sapatos para sair e levo um xale para me cobrir se caso ventar, me direciono até a carruagem e sou acompanhada por dois soldados para minha segurança, porque sei que sou a rainha em breve coroada e em pré conflito de guerra, não devemos nos dar ao luxo de um eventual ataque surpresa de algum integrante conservador.

A Escolhida (Livro 1) - Série RealezaOnde histórias criam vida. Descubra agora