Submissa em potencial

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Pov Leonardo
Estava limpando mais uma estante de livros quando o sino da porta anunciou que eu tinha um cliente em potencial.
-Bom dia, onde eu posso encontrar livros sobre psicologia? -Perguntou uma moça, provavelmente na faixa dos vinte e poucos anos, é uma universitária com certeza.
-Eu te levo até lá. -Falei e ela deu um leve sorriso de canto. Que boca maravilhosa...
-Obrigada.
Depois deixá-la na sessão fui atender outros clientes que haviam chegado. Geralmente Fábio está aqui para me ajudar, mas ele está doente, então estou por conta própria.
Vi que a tal garota havia pegado mais um livro. O primeiro, " Modernidade líquida".
-Bauman hein, boa escolha.
-É para o meu TCC. -Uma universitária quase formada.
-Psicologia?
-É, estou prestes a me formar.
Quando peguei o segundo fiquei tão surpreso que a garota corou. "Um encontro para dois". Eu havia lido esse livro, e apesar de não considerar o melhor livro sobre bdsm, isso mostrava que talvez essa garota tenha uma leve inclinação para bdsm, caso contra não estaria comprando esse tipo de livro.
-Algum problema? - Perguntou ela.
-Não, é que... Maioria das mulheres que querem ler sobre esse tema procuram por 50 tons de cinza.
-Ah, eu já li. Achei o tema legal, mas acho que o Cristian Grey é um louco psicopata. Além de ser muito idealizado e super estimado. -Não pude deixar de ficar feliz com isso, afinal pra mim 50 tons de cinza é uma piada de mal gosto para o bdsm, faz com que as pessoas procurem no bdsm uma coisa que nem mesmo elas sabem o que é, apenas acha uma brincadeira erótica divertida, sem ao menos estudarem afundo o assunto. Não tenho nada contra pessoas fetichistas ou aquelas que tem um baunilha apimentado, mas geralmente elas conhecem todo o universo e sabem sobre o assunto, diferentes de ignorantes.
-Bem, de qualquer forma foi uma boa escolha, os dois livros.
A moça pagou e saiu com um aceno.
Vi que ela havia esquecido a bolsa numa poltrona na sessão dos livros eróticos, e corri até lá fora para pegar. Mas afinal, ela é tão desastrada que se esqueceu da bolsa? Ainda mais desse tamanho?
-Moça, moça! -Sai na rua gritando. Ele se virou assustada. -Você tinha esquecido sua bolsa!
-Ah, como eu sou desastrada... Muito obrigada!
-De nada.
-A propósito, eu nem perguntei o seu nome...
-É Leonardo. E o seu?
-Ana Carolina, mas me chamam de "Aninha" ou de "Carol".
-É um belo nome.
-Obrigada.
Olhei para a tal Ana e analisei cada mínimo detalhe. Ela não é alta, mas também não é baixa, sua pele é branca, os cabelos são loiros escuros e os olhos são cor de mel, tem leves sardas no rosto e ela tem lábios carnudos, rosados, que fazem querer mordê-la. Seu corpo é perfeito, ela tem seios pequenos, uma cintura fina e uma bunda proporcional à seu corpo, redondinha e arrebitada. Seria uma delicia tê-la como minha submissa.
Já faz alguns meses que estou sem nenhuma submissa. Havia Rute, mas ela se mudou para Santa Catarina, e ela preferiu encerrar o que tínhamos, desde então tenho apenas saído com algumas poucas mulheres, mas nada de sexo, nada de sessão, nada de alguém me servindo. Talvez por esse motivo falei:
-Depois de ler Modernidade Líquida, o que acha de marcarmos algo para conversar? É tão raro encontrar pessoas com gosto pela leitura hoje em dia...
-Claro! Me passa o seu telefone. -Dei um sorriso.
-Me passa você o seu telefone. -Ela corou novamente, mas passou o número.
-Hã, se você quiser claro, eu conheço um restaurante ótimo.
-Estou curioso, vou pesquisar alguns bons.
-Tudo bem. Nos falamos depois.
-Com certeza. -E foi nesse momento que ela me encarou como se algo a intrigasse. Olhou no fundo dos meus olhos, mas depois desviou o olhar.
-Eu tenho que ir. Tchau!
-Tchau. -Ela deu um aceno novamente e saiu.
Tentei não pensar como seria divertido amarra-la, amordaça-la e fude-la com força. Uma coisinha linda dessas nas minhas mãos... Marcaria sua pele clara com minhas mãos e a faria gritar, gemer.
Se controle Leonardo.

Pov Ana
Depois de chegar em casa, Sooby veio abanando o rabo para mim, se jogando no chão e pedindo por atenção e carinho. O peguei no colo e me deitei no sofá para afagar sua barriga.
Olhei para meu apartamento, e havia papéis espalhados por todo lado. Eu preciso dar uma faxina nesse lugar, mas não agora porque preciso descansar, tenho lido um livro de psicologia por dia, já não sei mais o que é descansar, esses últimos meses estão sendo muito pesados pra mim.
Juntei os papéis e empilhei todos na escrivaninha, joguei as embalagens de comida no lixo e os restos também, peguei as louças sujas e as coloquei na pia. Coloquei ração para o Scooby e depois comecei a fazer meu ritual.
Acendi o incenso, coloquei na minha playlist favorita do Spotify e liguei a ducha na água morna, a água alivia boa parte do meu cansaço, lavei meus cabelos e depois ensaboei meu corpo, por fiz uma depilação geral no meu corpo, passei meu esfoliante de pele.
Comecei a me lembrar do cara da livraria, e meu Deus, nunca vi alguém como ele. Ele deve ser mais velho, talvez esteja perto dos quarenta, tem ombros largos e um corpo rígido, a pele pálida destaca seus olhos azuis, e o cabelo escuro e a barba deixam ele ainda mais sexy.
Minha buceta começou a ter leves contrações de desejo, imaginei como seria o beijo dele, como será que ele fode uma mulher...
Desci a mão lá em baixo e comecei a imaginar ele tocando minha pele, beijando meu pescoço... me fudendo.
Não demorou muito para eu gozar, e o líquido se misturar com a água.
  Passei meu óleo com cheiro de flores do a O Boticário, deixei meus cabelos secarem naturalmente, enquanto via amizade colorida com Scooby deitado no meu colo suplicando por carinho.
Fui burra em não pedir o número do cara. Se bem que eu não sou tão confiante assim.
Desde meu término com o Henrique, eu perdi aquela confiança que eu tinha. Camila já havia me mandado muitas mensagens me chamando pra sair, ir pra boate, barzinho... mas eu não consigo. Eu me sentia poderosa quando estava com Henrique, mas agora... me sinto meio transparente, ainda mais pra um homem como o atendente gostosão.
Minhas noites de folga quando não estou estudando se baseiam em livros, assistir comédias românticas na Netflix e tomar sorvete de mercado. Não é tão ruim assim.
Scooby me anima pra caralho, quando estou triste ele fica me lambendo e não sai de perto de mim.
Depois do filme acabei adormecendo no sofá com Scooby do meu lado.

Aventuras de uma D/S em sérieOnde histórias criam vida. Descubra agora