eu nunca senti que poderia ter dado lugar para que nuvens pequenas formassem uma cordilheira irredutível de tempestades dentro do meu próprio cérebro. mas então, o primeiro raio veio lá por agosto e continuaram vindo sucessivamente em setembro e em outubro. se bem que em outubro eu não descansei em momento algum até implorar para que a tormenta passasse. eu preciso me divertir de vez enquando e eu não me importo com as formas descomunais de iniciar a liberação de serotonina dentro dessa caixa repressiva aqui.
eu gostei o suficiente de ir numa montanha russa.
80% do meu corpo é adrenalina e 20% é vontade de chorar.
eu gostei o suficiente de ir numa tirolesa à 150 metros do chão.
70% do meu corpo é adrelina e 30% é medo de cair.
e então a tormenta inteira simplesmente aquiesceu sob o tapa silencioso que eu dei em todas as nuvens. o meu cérebro a partir de então é composto por uma neblina fina.
e não há sol.
se bem que na semana passada eu acordei com uma vontade descomunal de pular de bungee-jump só pra procurar pela adrenalina no meio daquele penhasco facilmente assassino e aquela montanha de pinheiros sob o meu corpo.
talvez isso seja sobe brevemente chutar copas de árvores. sentir-se grande!