Capítulo 3

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– Qual é Draco, você não pode ficar sentado sem fazer nada enquanto sua garota não acorda. – Blasio Zabini era um bom amigo, mas tinha os piores conselhos.

– Eu não vou trair ela.

– Ela está em coma.

– Mas não está morta.

Bufando, Blasio rumou para a cozinha do Malfoy, onde não encontrou nada comestível.

– Você precisa fazer compras.

Rindo, Draco jogou o telefone para o amigo.

– Peça uma pizza.

– O que tanto escreve aí? – Pansy chegou na sala colocando os braços sobre os ombros de Draco, que estava sentado no sofá, olhando atentamente para a tela do notebook em seu colo.

– Nada que lhe diga respeito.

– Ei! Não fale assim com ela. – Atirado no outro sofá, Blasio estendeu os braços para a garota. – Venha aqui mulher, pare de tentar entender esse idiota.

O casal trocava carinhos enquanto Draco se concentrava em escrever tudo que estava acontecendo para Hermione, manter esse contato, mesmo que unilateral, havia se tornado uma espécie de terapia para o rapaz. Todos os dias ele escrevia, nem que fossem cinco linhas, comentando o que havia acontecido no seu dia. Com o período de provas acabou não tendo tempo para mandar os e-mails, e se sentiu extremamente culpado por isso.

Ele não tinha superado o que havia acontecido, e nem sabia se iria.

As poucas vezes que havia ligado para a sra. Granger as notícias não eram animadoras, nenhum avanço em relação a recuperação de Hermione.

Sua garota estava lutando para acordar, ele sabia disso.

– Quando você vai para Londres de novo? – Pansy perguntou, não muito interessada.

Ela tinha curiosidade em conhecer a garota que havia tomado o coração de Draco Malfoy para si, não era um costume do rapaz falar da namorada em coma, mas o pouco que ele falava era o suficiente para qualquer um notar o quanto ele a amava.

– Assim que as provas acabarem. Já está tudo programado.

– E vai ficar quanto tempo lá?

– Pouco mais de uma semana.

O jantar dos três foi cheio de piadas sobre o suposto voto de castidade que Draco havia feito, o rapaz não se importava em ser motivo de chacota dos amigos, não por isso.

A vila universitária em que estava residindo parecia mais um condomínio fechado. Grande parte dos estudantes que ficavam por ali eram de outros países, era um bom lugar para conhecer pessoas.

– Astória está atrás de você.... Ainda... – Draco apenas encarou a amiga, nada além de desprezo em seu rosto. – Não me olhe assim, pare de dar falsas esperanças a menina.

– Não dei esperança nenhum.

– Mas também não a rejeitou.

Bufando Draco caminhou até a cozinha, servindo um copo com água e encarando a porta da geladeira.

Amava Hermione, mas não podia negar que sentia falta do contato humano, do calor, da intimidade, do êxtase.... Se serviu com mais água, tentando mudar o rumo de seus pensamentos.

Antes que mais alguma conversa que ele definitivamente não queria ter surgisse, Draco foi para seu quarto, trancando a porta antes de deitar.

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