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jughead jones pov's

assim que chego na escola tento ir direto pra sala do b&g. sei que betty is pra lá assim que chegar, então é melhor já estar lá.

quando já estou na direção do b&g, alguém me para.

— jughead! - ouço a voz do reggie. voz da pessoa que protegeu minha menina quando eu agi como um idiota. — podemos conversar?

— não tenho tempo agora, reggie. preciso falar com a betty.

— é sobre ela. é rápido, sério. - ele suspira. — só me escuta. a betty é uma pessoa incrível e por muito tempo a verônica claramente teve inveja dela por ela ser tão simpática e gentil, mas tem uma coisa que eu acho que você nunca percebeu, ela gosta de você, jughead. sério. você precisava ver o esporro que ela deu na verônica no baile quando você foi embora, ela faria tudo por você. só não machuca mais ela, por favor.

— eu tive muito tempo pra pensar depois de ontem, e sabe o que eu percebi? eu gostava sim da verônica, mas acho que sempre fui apaixonado por outra pessoa. - reggie me olha surpreso. — eu preferia estar do lado da betty as vezes, do que do da verônica. eu odiava quando a verônica falava alguma coisa da betty. eu sempre defenderia a betty, acima de qualquer um. sempre senti ciúmes dela. então, reggie, me diz: por quem você acha que eu realmente sempre fui apaixonado? porque eu só fui me tocar disso ontem.

— cara... se você quer realmente fazer a betty acreditar nisso agora, boa sorte. - assinto com a cabeça e vou em direção a sala.

tiro a carta do bolso da mochila e me encosto em
uma das mesas ficando de costas pra porta. depois de alguns poucos minutos escuto a porta e ela já começa falando.

— ah, oi, jug. eu estava pensando em uma ótima- ela para de repente quando eu viro e ela vê a carta. — o que você tá fazendo com isso? foi besteira de criança, jughead.

— eu li. - digo meio baixo.

— como?

— eu li a carta ontem. - ela da uma risada como se não tivesse acreditado.

— v-você tá brincando, certo? - eu fico em silêncio por um tempo e lágrimas se formam em seus olhos.

— no dia do meu aniversário eu guardei a carta na última gaveta da minha escrivaninha. - começo baixo. — eu acabei me esquecendo no dia seguinte. ontem eu fui arrumar meu quarto, como sempre faço quando estou triste ou pensativo, e quando fui arrumar a última gaveta eu li ela. - as lágrimas já desciam de seus olhos. — eu não fazia ideia, betty.

— você é inacreditável! - ela diz em um tom um pouco mais alto. — você não tem noção do que eu passei naquele dia, jughead. sabe os dias que eu estava doente? internada no hospital com febre forte? advinha por que eu estava lá. - ela não me deixa responder e continua falando. — eu passei horas, HORAS, naquela praça. no nosso banquinho. eu tinha levado seus lanches favoritos, nosso jogo favorito. eu fiquei as primeiras 3 horas pensando na desculpa que você tinha acordado um pouco mais tarde. logo depois começou a chover, e sabe o que eu pensei? que você estava atrasado por conta da chuva. - ela ri com desgosto em meio as lágrimas. — eu fiquei na chuva durante 4 horas, jughead. 4 horas. e olha que eu só estava perto de fazer 9 anos quando isso aconteceu.

— betty... - tento falar, mas ela me interrompe.

— lembra no hospital? quando você foi? eu estava com hipotermia por ter passado muito tempo na chuva. eu passei todos esses 7 anos guardando um sentimento pra mim, guardando isso dentro de mim, pensando que você tinha preferido fingir que nem sabia o que estava acontecendo. - ela diz e vai pegar sua bolsa, se preparando pra sair da sala.

— betty! me escuta, por favor!

— sabe, jughead, eu espero de verdade que você ache alguém na sua vida que te ame igual cimo eu te amei até hoje.

— betty!

e era tarde demais, ela já tinha corrido em direção a saída.

Paper Hearts • Bughead Onde histórias criam vida. Descubra agora