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jughead jones pov's

assim que cheguei em casa, deitei na minha cama sem me preocupar em tirar a roupa da festa e dormi. chorando por uma paixão não correspondida. chorando por perder tanto tempo com uma pessoa que não está nem aí pra mim.

(...)

no outro dia acordei já na hora do almoço disposto a fazer uma faxina geral no meu quarto. era o que eu fazia quando estava triste e pensativo demais.

tomei um banho, coloquei uma música no meu celular - sem me preocupar em ver as mensagens ou ligações. -, almocei e comecei a arrumar.

arrumei algumas gavetas e quando chegou na última gaveta da minha antiga escrivaninha, achei um bilhete.

o bilhete da betty.

depois de 7 anos do meu aniversário, agora que vou ler o bilhete. meu deus.

"oi juggie. eu escrevi esse bilhete porque sempre vou ter vergonha de falar sobre essas coisas com você, mas eu gosto de você, jug. você é o garoto que eu gosto. eu estou com muita vergonha então vou ser direta, se você sentir pelo menos alguma coisinha, nem que seja bem pequenininha, me encontra amanhã lá na nossa praça favorita. se você não gostar de mim, tudo bem. vamos continuar com nossa amizade e fingir que isso nunca aconteceu, tá?
feliz aniversário, meu menino favorito ;)"

ela gostava de mim. a betty gostava de mim. eu simplesmente não consigo acreditar. como eu fui tão cego durante todos esses anos?

eu preciso mandar mensagem pra ela. agora.

pego meu celular e antes que eu possa falar com ela, archie me liga.

— jughead?

— fala, archie.

— graças a deus. pensava que você tinha morrido. - ele suspira. — betty está muito preocupada com você.

— eu preciso falar com ela. tipo, agora.

— acho melhor não, cara. deixa que eu falo. ao mesmo tempo em que ela está preocupada, ela também está muito chateada. você deixou ela sozinha ontem.

— eu sei, eu preciso me desculpar com ela. e falar outras coisas também.

— melhor deixar pra amanhã. - eu suspiro. — cara, mas você não vai acreditar.

— o que aconteceu?

— ontem, quando você saiu correndo, a betty já se ligou do motivo e ela brigou muito com a verônica. sério. você tinha que ter visto. o jeito que ela te defende, cara... como você nunca gostou dela?

— archie...

— eu acho que se não fosse o reggie, a betty teria matado a verônica. mas, graças a deus, o reggie tirou a betty de lá e cuidou dela. ele foi um ótimo amigo pra ela.

— como? o reggie cuidou da betty? a nossa betts?

— sim, jughead. ele foi mais amigo pra ela do que a gente.

— hum.

— nem adianta vir com ciúmes agora, quem fez a merda foi você. a betty considera o reggie um irmão, você sabe disso. - ele deu uma pausa como se tivesse lembrando de algo. — ah! ele também falou pra verônica nunca mais procurar ele, porque quando a betty falou umas coisas lá, ela simplesmente disse "que se foda, não to nem aí pros sentimentos de ninguém, muito menos pro dos seus amiguinhos ou pros seus, BeTtY." o reggie falou umas boas verdades pra verônica.

okay, agora eu não veria a verônica nem pintada de ouro. como ela ousou falar assim da betty e dos meus amigos?

não só ela, como qualquer pessoa, pode passar por cima de mim e falar o que quiser. só não se meta com a betty ou meus amigos.

— eu preciso desligar. até amanhã.

— até, seu viadinho.

(...)

passei o resto do dia pensando e cheguei a conclusão que a primeira coisa que vou fazer amanhã vai ser falar com a betty na sala do jornal.

vamos esclarecer tudo.

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