Capítulo 6

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Narração do Adrien:

Ela me olha, segurando a risada. Nunca me senti tão humilhado...

Adrien: me magoou, Mari.

Marinette: ah, claro, porque é super normal imitar a estátua da liberdade numa conversa civilizada.

Me viro para ela. Meu rosto demonstrava todo o meu divertimento. "Ela é incrível" penso, com um sorriso.

Ela também sorria. Me pergunto o que se passa na cabeça dela...

Criei coragem e resolvi dar uma "explicação" a ela:

Adrien: olha, uma pessoa me deu um presente. Esse presente me dava toda a liberdade que quisesse, era meu refúgio. Por um tempo, me apaixonei pela pessoa que quero encontrar. Ela tirou de mim a minha liberdade. Eu preciso encontrá-la para recuperar meu livre-arbítrio. Mas ela escondia a identidade, então não sei seu nome verdadeiro. - ufa! Consegui explicar sem revelar nada grande do meu segredo. Posso conseguir o miraculous ainda.

Ela parecia confusa. Quem não estaria? Mas, mesmo assim, assentiu. Apesar da relutância, Marinette me apoiava. Sabia que ela me entenderia. Já amou Chat Noir.

Adrien: espera... - pensei melhor. Se ela amava Chat Noir, por que disse que era apaixonada por mim? - realmente era apaixonada por mim?

Marinette: bem, sim... mas - ela foi interrompida pelo loiro:

Adrien: mas não faz sentido!

Ela me olhou com curiosidade. Podia ler em seus olhos a pergunta estampada como um carimbo: "o que não faz sentido?"

Adrien: deixa pra lá - desconversei - me confundi em pensamentos - o que não deixava de ser verdade.

Marinette: como planeja encontrá-la?

Percebi a mudança de assunto um pouco tarde, mas disse:

Adrien: Não faço ideia. Mas estarei com a super Marinette. Ela saberá - lhe dei uma piscadela. Nunca havia feito isso. Acho que ela pensou a mesma coisa, parecia surpresa e... corada?

Levantou-se rapidamente e disse:

Marinette: vou fazer algo para comer. Quer jogar? Erhh, digo... quer perder, Agreste? - imitou minha piscadela e eu sorri.

Adrien: pode ser... onde é o banheiro?

Marinette: fim do corredor, esquerda. - disse enquanto tentava alcançar uma caixinha de leite condensado no armário.

Me aproximei por trás e peguei para ela. Imediatamente ela se virou para agradecer, então percebi que estávamos próximos demais. Me afastei dela, apesar das minhas pernas cogitarem me trair, e segui pelo corredor.

No fim dele, havia uma porta semiaberta. "O quarto dela", pensei analisando o que estava a vista, até que encontrei algo familiar. Sobre a cama, estava uma caixa grande, marrom com símbolos em vermelho. Havia uma tampa e algumas gavetas nas laterais. A estampa da parte superior era exatamente igual à caixa em que recebi meu miraculous.

Observei mais um pouco do lado de fora, então resolvi entrar. Perto da caixa estava o livro que meu pai deixava no cofre atrás do quadro da minha mãe.

Eu tinha plena conciência de que tudo aquilo tinha relação com os miraculous.

Me aproximei mais da caixa. Pretendia abri-la, quando ouço uma voz na porta.

Continua...

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