Amor, Guerra e...Morte?!

"Portal"

°•Tom on•°

Quando acordei, calcei-me e foi até há cozinha. Naquela aldeia tinha a mesma temperatura da nossa. Frio!!
Desci as escadas e foi até há cozinha, onde já lá estava a Tamara.

-Bom dia!-disse ela sorridente.
-Bom dia.-respondi-lhe eu.
-Então, durmiu bem?-perguntou
-Sim. E a madame?-respondi, e perguntei a mesma coisa educadamente.
-Também. Olhe, pode sentar-se. Que eu já vou buscar um pouco de pão, que tenho na arrecadação.-disse-me ela.
-Claro. Mas se quiser eu ajudo-a.-disse eu.
-Não não é preciso. Mas obrigada na mesma.-agradeceu ela.
-De nada. Mas se quiser eu posso ir colocando o leite no lume, enquanto vai.-disse eu, tentando ajudar.
-Se não for muito incómodo...-disse ela na dúvida.
-Não é! Vá lá.-disse eu.
-Obrigada!^^-disse ela com um sorrisinho de canto
-De nada!-disse eu respondendo com o mesmo sorrisinho.

Ela foi há sua arrecadação para buscar o pão e eu foi pegando no jarro com o leite e colocando-o numa panela junto há lareira.

Enquanto o leite aquecia, a Tamara voltou com uma saca de linho com pão dentro da mesma.

-Voltei. Peço desculpas pela demora.-desculpou-se ela.
-Não faz mal. Está tudo bem, Tamara.-disse eu.
-É que eu nunca tinha recebido ninguém para dormir em minha casa. Só as minhas amigas, nada mais.-confessou-me ela.
-Peço desculpa perguntar, mas a madame tem amigas nesta aldeia?-perguntei eu.
-Sim, tenho. Tenho a Ell que é quem entrega as cartas, tenho a Matilda que é a Rainha da Inglaterra e também um pouco a Tori que é chefe da cavalaria.-contou-me ela.
-Bem.... será que elas podiam-nos támbem tentar ajudar?-perguntei eu.
-Não sei. Podemos ir lá falar com elas se elas conseguirem-nos ajudar com alguma coisa.-disse ela.
-A madame podia levar-nos ao seu encontro?-perguntei eu.
-Claro, depois de todos acordarem, nós falaremos isso a eles e iremos lá.-disse ela.
-Está claro. Olhe eu acho que o leite está quente o suficiente.-digo eu aproximando-me da panela, e antes de pegar na mesma, eu peguei num pano que estava em cima da mesa, para não me escaladar e lá peguei na panela. Virei-a no jarro em que estava antes o leite frio, colocando o mesmo jarro em cima da mesa e despejando o leite dentro de duas canecas de barro e logo em seguida colocando o jarro de leite quente em cima do piso de madeira em que cobria o chão da casa.

-Então, afinal, vocês são mesmo de Inglaterra? De que reino da Inglaterra?-perguntou ela, curiosa.
-Londres.-respondi eu.
-Mas aqui é que é Londres, onde vive a Rainha da Inglaterra!-disse ela confusa.
-Mas lá também é Inglaterra, onde vive o Rei da Inglaterra.-disse eu, também confuso.
-Mas que estranho....eu a já não estou entendendo nada, senhor!-confessou-me ela.
-Eu támbem não.... olhe, falemos de outras coisas e deixemos essas para depois.-conclui eu.
-Claro. Então, como, disse? Que a sua infância não foi fácil?-relembrou-me, ela.
-Sim, não foi fácil de todo. Por causa de matarem o meu pai apedrejando-o, eu e a minha mãe tivemos de viver sozinhos e eu tive de começar a trabalhar para sustentar a mim e há minha querida mãe.-contei eu.
-E a sua mãe, onde está neste momento?-perguntou ela.
-Bem...ela ficou doente, por causa do frio e da idade, ela acabou por....partir....-disse eu, um pouco cabisbaixo, pela morte da minha querida mãe.
-Oh, meus pêsames. Peço desculpas por tocar nesse assunto. Mil perdões.-desculpou-se ela, em seguida.
-Não se preocupe, a madame não tem culpa disso...-disse eu.
-Bem, se lhe serve de consolo, eu também sofri uma coisa parecida.-confessou-me ela.
-A sério?-perguntei.
-Sim, a minha mãe tinha sido apedrejada por proteger o meu pai que tinha olhos negros e acabou por...partir támbem. Eu tive de ir trabalhar no negócio da família para sustentar o meu doce pai e a mim. Mas ele ficou doente no ano passado e acabou por não resistir e...partiu támbem....-contou-me ela, com um olhar triste.
-Oh, os meus pêsames támbem. Desculpe por ter-lhe feito tocar no assunto....-disse eu.
-N-Não faz mal...-disse ela entristecidamente.
-Mas...nós temos muita coisa parecida!-disse eu.
-Pois é. Como é que pode ser possível?-perguntou-me ela.
-Não sei, Tamara.-respondi eu, sem saber a resposta.