4. Um hotel não tão hotel assim

518 76 19
                                    

Will

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Will

— Boa noite rapazes, posso ajudar? — A senhora pergunta meio desorientada, sua voz é rouca e doce ao mesmo tempo, o que a faz ser um senhora agradável.

— Boa noite! — Digo. — Meu nome é Will, prazer, esses são Tom e Kevin. — Digo apontando para os meninos. — Victória, a menina que trabalha na mercearia da entrada da cidade nos indicou esse hotel aqui. — Completo, sem saber muito o que disser.

— Prazer, Flora! Na verdade não é bem um hotel, eu só empresto alguns quartos vagos para turistas aqui na minha casa, moro sozinha e nada melhor que uma companhia de gente nova, vamos entrem, está muito frio aqui fora. — Ela abraça os próprios braços e se afasta da porta dando espaço para que possamos entrar, vou na frente enquanto Tom e Kevin vêm logo em seguida.

— Podem se sentar, só vou terminar de tirar essa máscara rejuvenescedora que comprei semana passada, daqui a pouco o jantar está pronto. — Ela aponta para um sofá de estofado rosa no meio da sala de estar e sai.

O cômodo é bastante quentinho, o piso é de madeira maciça, os móveis são todos rústicos e elegantes, enquanto as paredes são verdes escuras cheias de quadros com fotos aparentemente da família de Flora, mas o que realmente chama a atenção é o cheiro forte de repolho por todo o local.

— Que cheiro horrível é esse? — Pergunto baixo enquanto coloco minhas malas no chão e me sento no sofá ao lado de Kevin, que está com cara de nojo.

— Parece de repolho, eca. — Ele diz colocando a língua para fora me fazendo rir.

Tom está sentado em uma poltrona de couro ao lado de Kevin rindo feito uma hiena e tapando o nariz por causa do cheiro, mas logo disfarça quando vê Dona Flora entrar na sala, dessa vez, com o rosto já limpo.

— Vocês estão a passeio por aqui? — Ela puxa assunto se sentando na outra poltrona do meu lado.

— Na verdade não, nosso carro quebrou na estrada próxima daqui, então nossa única alternativa foi vir pra cá. — Kevin responde.

— Somos de Los Angeles. — Tom completa.

— Minha filha... — Ela é interrompida por um barulho que vem da cozinha semelhante à uma chaleira. — Meu chá está pronto, venham garotos, tragam suas malas para levarem ao quarto de vocês. — Ela se levanta, e à seguimos com a bagagem nas mãos.

Passamos pela cozinha, um cômodo legal e simples, como uma casa de campo, é tudo muito gracioso e de bom gosto, mas ainda assim com o cheiro forte de repolho. Ela desliga a chaleira, e deixa as outras panelas ligadas.

— Por aqui. – Ela aponta para uma escadinha de seis degraus próximo a cozinha.

Subimos a escada e passamos por um corredor longo, entramos na primeira porta à direita.

Arrume as malas para o fim do mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora