Hoje eu sai sem você, passei o final de semana sem te encontrar, coisa que não acontecia desde quando nos conhecemos, a dois meses e atrás. Na verdade faz uma semana completa que não vejo você, mas não importa o que eu esteja fazendo, se estou trabalhando não paro de pensar em quando você vai me mandar mensagem, se saio para me distrair sinto sua falta roubando meu celular pra tirar fotos e sinto falta de te fazer cafuné como acontece no final de todo rolê, se estou em casa atoa fico pensando em ficar atoa contigo do lado, até nos meus sonhos você vem me visitar.
Meia noite, faça um pedido. Eu desejo que ela fique comigo, NÃO, eu desejo que ela nunca tenha descoberto que a amo, NÃO, eu desejo que ela me queira tanto quanto a quero, NÃO, eu desejo que ela encontre alguém que ela ame e que essa pessoa possa amar ela tanto quanto eu a amo, senão mais. Meia noite e meia, meu pedido já não é mais ouvido.
Você me deixa confusa, melhor, você me faz estar em uma montanha russa, dando voltas e mais voltas subindo e descendo, uma hora posso sentir, mas de repente eu senti demais e tenho que parar de sentir. Eu posso te dar carinho, mas não muito se não eu extrapolei, eu posso te chamar de apelidos carinhosos, mas não tantas vezes se não, novamente, eu extrapolei. Eu posso te entregar minhas cartas e meus textos e deixar que você descubra tudo o que ta preso aqui e me aliviar dessa agonia toda de guardar tudo só pra mim, mas com isso eu perco sua amizade, eu perco sua proximidade, eu perco sua confiança, eu perco o pouco que eu tenho de você. Eu não sei o que fazer, eu estou perdida e isso não é sua culpa, a culpa é minha por sentir demais, por me apaixonar por você, por te querer muito mais do que somente uma amiga.
Ouço um barulho.. Chuva, ah a chuva, me acompanhando em mais uma noite de chuva interna dentro de mim, mas logo sinto meu rosto molhar. Seria a chuva? Sim, a minha chuva, como um rio numa tempestade forte eu transbordo, meus soluços são trovões, minha lágrimas a chuva e o meu piscar de olhos ao tentar amenizar a dor são os relâmpagos. Como são parecidos não? A chuva cai forte, não a de lá de fora, mas sim a daqui de dentro, uma noite toda de tempestades e trovões e relâmpagos. O dia nasce, o sol se esconde e a tempestade segue forte. Mas o que é isso? Meus pais, meu Deus, eles não podem me ver chovendo. Corro pro banheiro e tomo um banho, saio radiante como o sol, por fora ensolarado, por dentro quase um tornado. -bom dia mãe. Sim, acordei cedo. Sim, vou trabalhar com o pai- chego no serviço toda a rotina começa de novo. E quer saber o que é mais engraçado? De novo, eu só penso em você, eu só quero você. Eu só preciso de você.
