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Fechei o meu armário enquanto olhava ao meu redor

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Fechei o meu armário enquanto olhava ao meu redor. 

Não via a hora de avistar Amy e contar para ela o que havia acontecido e que agora era uma professora de pintura e de química. Tinha certeza de que ela surtaria quando descobrisse que coloquei os pés dentro da casa de David. Ele que não gostaria de encarar tão cedo .

Suspirei. Em minha visão dezenas de pessoas circulavam para lá e para cá, junto as suas falas altas, contribuindo para o ambiente barulhento do colégio, e nenhuma delas era minha amiga.

— Preciso falar com você — Reprimi um grito de susto ao ouvir uma voz grossa ao meu lado e encarei o garoto que estava lá.

— Você tem problema, Cody? Não consegue abordar alguém normalmente nem sóbrio? 

 Ele suspirou colocando as mãos nos bolsos e encostando o ombro no armário de Amy.

— Desculpa. Não te vi ontem e queria  esclarecer o ocorrido na festa.

— Você foi um babaca — Ele assentiu.

— Me desculpe por isso. Não vai mais acontecer, eu estava muito alterado por conta do álcool.

— Cody, essa não foi a primeira vez que isso aconteceu e você sabe perfeitamente bem. Não coloque a culpa de suas atitudes na bebida e pare de falar que não vai mais acontecer se não vai conseguir cumprir — Apertei os cadernos contra o peito, nervosa.

 A expressão de Cody logo mudou e vi a apatia em seus olhos.

— Eu me sentindo um idiota tá bom? Mas é que eu nunca consigo te esquecer. Tá sendo difícil, tá? — Sussurrou com o olhar preso em meu rosto.

Contive um revirar de olhos. 

Havíamos terminado a praticamente um ano e nunca me arrependi tanto de algo como de nosso namoro.

— Então você precisa dar um jeito de conseguir, de preferência não usando isso como motivo para agarrar alguém a força — Falei entre dentes.

Percebi que alguém havia se aproximado atrás de mim e analisei a pessoa pelo canto de olho. Arquei as sobrancelhas, surpresa ao encontrar Dylan. Ele direcionava um olhar nada amigável para o meu ex.

— Algum problema aqui, Selena? — Dylan questionou me olhando e neguei com a cabeça.

— Nenhum, Dylan.

Novamente me surpreendendo, Dylan ofereceu seu braço para mim e o encarei por um bom tempo, até ter certeza de que isso de fato estava acontecendo, antes de aceitar e entrelaçar meu braço no seu 

— Tchau, Cody — Falei, antes de nos afastarmos.

Segui a passada de Dylan a medida que andamos pelo corredor. Podia sentir o pesar dos olhos de Cody sobre nos, assim como a do restante do colégio.

Eu, que não te odeio (amostra) Onde histórias criam vida. Descubra agora