Prólogo - Ameaça Eminente

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Asgard, lar dos mais diversos deuses e guerreiros, já havia passado por muitas dificuldades ao longo do tempo, a mais recente, o ataque devastador de Aegir um pouco antes de Surtur se livrar de seu selo. A cidade de Valhala foi reconstruída aos poucos, se tornando agora mais bela do que era antes, com novos prédios e casas e também novos pontos de guarda para os soldados, Valhala se tornava cada vez mais segura, as Valquírias patrulhavam os céus e faziam uma ronda diária na cidade, paravam para conversar com a população e comer algo nas mais diversas barracas de comida espalhadas pela cidade, outras iam e voltavam da Bifrost, varias missões especiais foram designadas a elas pelo novo governante da terra dos deuses, Thor.

O deus dos trovões não gostava muito de fazer o papel de governante, mas não tinha escolha, Thor dava ordens para os soldados asgardianos, aconselhava as Valquírias e as mandava nas mais diversas missões pelos mundos. Os compromissos do novo governante de Asgard eram diversos, muita das vezes que Thor resolvia parar suas tarefas e andar pela cidade, as pessoas o paravam para cumprimentar e conversar um pouco com o filho de Odin.

Thor caminhava com calma observando Valhala, ver a cidade alegre era algo que o deixava feliz, após falar com mais algumas pessoas e brincar com algumas crianças asgardianas, o deus dos trovões caminhou até um local que conhecia bem, o campo de treinamento. Ao chegar, pôde ver Tyr e Thrud treinando o exercito de soldados asgardianos, juntamente com alguns novos recrutas.

Os treinamentos na maioria das vezes eram um pouco pesados, os soldados usavam espadas e lanças de energia, feitas com uma pedra mágica que quando acertasse alguém não ferisse, apenas paralisava a pessoa por alguns segundos, outros treinavam mais afastados tiros com arco e flecha, a visão dos jovens treinando fazia Thor se lembrar da época em que ainda era jovem igual a eles, e juntamente com seu meio irmão Loki, disputavam para ver quem ganharia do outro, claro que Loki muita das vezes sempre usava algum tipo de trapaça para ganhar de Thor.

Thor se aproximou e cumprimentou Tyr e Thrud, Thor sempre achou que os dois formavam um belo casal, afinal estavam sempre juntos, Thrud ficou com vergonha e deu um tapa nas costas de Thor e se voltou para continuar a ajudar no treinamento, provocar sua prima a deixando com vergonha era algo de que se orgulhava e muito, Tyr deu uma leve risada forçada para Thor e logo se virou para ajudar no treinamento também.

O campo de treinamento era seu local favorito para visita, pois lá ele poderia lutar com alguém, mesmo que fosse apenas um treinamento, o combate servia para ajudar a aliviar sua mente que há alguns meses, estava sendo atormentada por pesadelos, pesadelos estes que não faziam sentido algum para ele no momento.

Thor sempre que acordava, ficava confuso com as imagens passando por sua mente, nos sonhos, Thor conseguia ouvir os mais diversos gritos, também conseguia ver uma figura estranha no meio do sonho, e sempre terminava do mesmo jeito, com ele olhando para Odin enquanto caminhava até ele. Após algumas horas se divertindo e ajudando os soldados, os três deuses foram até o palácio real de Asgard para a tradicional reunião de guerra, Thor não gostava muito dessas reuniões, porém eram necessárias, afinal com elas, era discutida movimentação de Jotuns pelos mundos, a situação de cada reino e estratégias de contenção caso alguma coisa de ruim acontecesse.

- Pelo que temos aqui a situação nos reinos parece ser bem tranquila não é? – questionou Thrud.

- Sim. Parece que os jotuns andam um pouco escondidos, são poucos os que têm coragem para aparecer e atacar algum vilarejo. – respondeu Freya.

- Temos sorte, depois da derrota de Surtur a situação ficou bem seria durante um tempo até se acalmar. – disse Tyr ficando um pouco pensativo.

- E ainda por cima temos aquela ilha que apareceu em Midgard. O que será aquilo? – questionou Freya ficando seria.

- A Almirante Nautica de Nordicia foi enviada para investigar, pedimos a ela que se comunique não só com sua cidade, mas conosco também. – afirmou Tyr.

- Ótimo! Assim podemos nos preparar melhor. E enquanto a Skuld? – perguntou Thrud.

- Ela foi enviada a uma área remota de Midgard, parece que temos alguns probleminhas por lá – respondeu Freya.

- Entendo. Thor o que acha disso tudo? – perguntou Thrud ao primo. Porém sem resposta. – Thor? Ei está ouvindo? Thor!

- Ah! – S-sim estou. B-bom acho que podemos descansar por enquanto, mas temos que estar em alerta... – respondeu Thor com uma expressão confusa em seu rosto.

- Você está bem? Parece meio diferente – disse Freya se aproximando de Thor.

- C-claro. Estou não se preocupe. Vou descansar um pouco. – disse Thor saindo da sala de reuniões indo em direção ao seu quarto.

Todos ficaram confusos, Thrud e Tyr perceberam que Thor estava estranho desde o campo de treinamento. Freya se voluntariou para conversar com Thor e partiu seguindo o deus dos trovões, Tyr e Thrud se olharam e logo depois saíram da sala, sabiam que podiam contar com Freya, pois certamente ela iria descobrir que estava acontecendo com Thor.

Enquanto isso, dentro de um misterioso templo uma voz podia ser ouvida, uma voz com um tom ameaçador saia de uma enorme porta, em frente a tal porta estava uma mulher, um pouco alta com vestidos pretos e cabelos azuis com longos chifres negros saindo de sua cabeça, seu rosto tinha uma marca preta, seus olhos eram da cor mais roxa possível deixando seu olhar ameaçador, e para completar possuía uma par de asas negras nas costas e uma lança próxima ao seu corpo. A mulher se agachou em respeito ao ser falando do outro lado parta, abaixou seu rosto e começou a ouvi-lo.

- Está próximo... O momento de minha libertação... Falta só mais um pouco... E o selo será quebrado... O medo me dará mais força e então, irei recuperar todo o meu poder... – disse uma voz misteriosa.

- Sim meu mestre. Estarei pronta para te ajudar. – afirmou a mulher.

- Você será de grande utilidade... Conhece estes guerreiros como nenhum outro... Tirar-te de Helheim foi um grande passo em meu plano... Agora vá... Reúna as condições para a última chave ser quebrada e então... O medo retornará... – afirmou à voz que aos poucos foi sumindo.

- Eu não irei desaponta-lo... Meu mestre. – disse a mulher voltando a olhar para a porta.

Aos poucos a mulher foi se levantando, pegou sua lança do chão e caminhou até a saída do templo. Com um sorriso ameaçador e sombrio em seu rosto, a figura da mulher desapareceu nas sombras. Midgard e os nove reinos mais uma vez enfrentariam um inimigo que estaria disposto a acabar com a paz a qualquer custo.

Valkyrie Connect 2 - A Profecia da Serpente (Fanfic)Onde histórias criam vida. Descubra agora