Chuva de Sentimentos

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A chuva não parava de cair em Asgard, à terra dos deuses estava completamente destruída pela grande batalha que se desenrolou. O lugar estava totalmente irreconhecível, o palácio real de Asgard estava destruído parcialmente, aos poucos, algumas Valquírias que protegiam os cidadãos asgardianos dentro do cofre das armas, começaram a sair pelos fundos do palácio, contemplando com lágrimas nos olhos, tudo destruído. As Valquírias levantaram voou procurando pelos guerreiros.

Uma delas viu Thrud deitada perto de escombros na entrada destruída do palácio. Outra avistou Tyr desmaiado em meio a destroços e um Loki caído perto do que era antes o centro comercial, ao longe, um grupo de três Valquírias avistou o enorme corpo de uma serpente e próximo a ela, Hel, Odin, Skuld e Freya. Hel após observar Thor por mais alguns minutos, levantou voou junto com seu dragão, a deusa dos mortos usou suas chamas negras para queimar por completo o corpo de Jormungand, transformando em cinzas que desapareceram em seguida.

- Senhora Skuld! – gritou uma Valquíria se aproximando.

- S-sim! Vocês estão bem? – questionou Skuld.

- Sim... Conseguimos proteger alguns dos cidadãos que evacuamos para dentro do cofre das armas, outros conseguimos teleporta-los para Midgard temporariamente. – respondeu a guerreira alada vendo Thor e Odin.

- Fico feliz por isso... – dizia Skuld num tom triste.

- Senhora Skuld os dois estão... – dizia a Valquíria.

- Sim... Thor lutou bravamente e cumpriu com seu dever como um verdadeiro Asgardiano. – afirmou Skuld.

- Mas Odin... E-eu não sinto seu poder mágico... – disse a Valquíria deixando Skuld e Freya surpresas.

- O-que? C-como assim? – questionava Skuld indo até os dois.

Ao se aproximar viu Odin sorrindo e sem reagir aos seus chamados. A sua volta, depois de alguns minutos, os cidadãos sobreviventes de Asgard se reuniam vendo seu rei e filho caídos no chão. Loki já um pouco recuperado graças as Valquírias também estava entre eles, com uma expressão de tristeza em seu rosto, ao observar a cena, o deus das trapaças se virou e saiu andando, Thrud era carregada por uma Valquíria até o local, Tyr também chegou próximo com ajuda das guerreiras aladas que conseguiram ao menos deixa-lo acordado, mas não conseguiria se mexer muito.

- Deve ter sido durante a batalha... Dentre todos nós ele lutou mais tempo contra Jormungand... E, além disso, ele me protegeu daquele ataque de espinhos... – afirmava Freya.

- Sinto rastro de veneno e magia proibida em seus ferimentos... Deve ter sido por isso, eu acho... – dizia uma das Valquírias.

- Ele poderia ter se curado... Mas preferiu não fazer... Por quê? – questionava Hel.

- Talvez... Por que esse era seu objetivo desde o começo? – se perguntava Freya.

- Hel... Tem alguma forma de trazê-los não tem? Por favor! – suplicava Skuld.

- Skuld... Você sabe muito bem que isso é proibido... Sinto muito, mas como governante da terra dos mortos eu não posso permitir... – afirmava Hel pousando ao lado da amiga.

- Entendo... – disse Skuld.

- Eles fizeram tudo o que podiam para proteger este reino, e todos os outros. Morreram dignos de um guerreiro, dignos de um rei de Asgard. Agora que eles tenham seu devido descanso, pois serão lembrados pela eternidade... – afirmava Hel se ajoelhando em respeito.

- Foi um prazer servi-los... – dizia Skuld fazendo o mesmo.

Logo, todos em volta se ajoelharam em respeito a Thor e Odin, a chuva que caia em Asgard aos poucos foi parando, revelando alguns tímidos raios de sol entre as nuvens escuras que cobriam a terra dos deuses.

Nos outros reinos, a situação começava aos poucos melhorar, em Nidavelir, Volundr e os rebeldes conseguiram tomar seu reino novamente, porém mediante a alguns sacrifícios, os soldados corrompidos haviam retornado a seu estado atual assim que Jormungand foi derrotado em Asgard.

Em Alfheim, terra dos elfos de luz, os soldados conseguiram derrotar os elfos negros que corriam pelo reino, os poucos que sobreviveram, correram de volta para Svartalfheim o Mundo Sombrio.

Em Nordicia, os magos sobreviventes juntamente com alguns soldados, libertaram os prisioneiros do campo de concentração, o lugar estava tomado por Jotuns que logo foram sendo derrotados. A situação nos mundos começava aos poucos voltar ao normal, pois a Essência do medo já não existia mais.

Dois dias depois.

Em Asgard, após a grande batalha contra a serpente de Midgard, todos se reuniram próximo ao mar que cercava a terra dos deuses, para realizar a tradicional cerimonia fúnebre para Odin e Thor. Todos se despediram não só dos dois governantes de Asgard, mas também das inúmeras vitimas da batalha.

Valquírias, soldados, e pessoas inocentes foram mortos durante todo o combate. Após as homenagens acabarem, todos começaram a retomar sua rotina, todos se juntaram para tentar começar a concertar todo o estrago feito em Asgard. Loki havia se retirado de Asgard antes mesmo da cerimônia, ninguém em Asgard conseguiu localiza-lo. Hel se despediu de Skuld e dos outros e junto com seu dragão de ossos, cruzou a Bifrost retornando para Helheim, a deusa e governante da terra dos mortos teria muito trabalho pela frente, pois agora seu mundo estaria cheio de novas almas que precisariam ser guiados e vigiadas, para que nada de ruim aconteça a elas.

Skuld liderou as Valquírias remanescentes e alguns soldados pela cidade, tentando começar a reconstruir o local. Enquanto isso, Tyr e Thrud conversavam sentados perto do local onde normalmente aconteciam os funerais asgardianos. Mesmo após a batalha, Tyr sofria com alguns ferimentos.

- Tyr... Tem certeza... Eu posso pedir a Volundr se quiser, ele não se recusaria em fazer um novo braço a você. – afirmava Thrud.

- Não precisa... Ainda me sinto de certa forma culpado por tudo. Não quero meu braço de volta. Pretendo ficar afastado de batalhas pelo menos por enquanto. – dizia Tyr.

- E o que fará então? Voltar a Vanaheim não é uma opção é? – questionou Thrud.

- Eles não me receberiam bem por lá. Não depois de tudo aquilo. Eu pretendo ficar por aqui, me concentrar em treinar os soldados, até me sentir bem novamente para entrar em batalha, e... – Tyr fez uma pausa que deixou Thrud curiosa.

- E o que Tyr? – questionou a deusa da batalha.

- Acho que você já deve saber... – disse Tyr dando um pequeno beijo na testa de Thrud.

Os dois deuses se abraçaram e voltaram a contemplar o vasto mar a sua frente, olhando para o céu Asgardiano imaginando novas possibilidades para o futuro.

Valkyrie Connect 2 - A Profecia da Serpente (Fanfic)Onde histórias criam vida. Descubra agora