Para sempre

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Sai de perto da Hinata com o coração sangrando, ela não sabia o quanto me doía ouvi-la dizer que estava namorando outro que não eu

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Sai de perto da Hinata com o coração sangrando, ela não sabia o quanto me doía ouvi-la dizer que estava namorando outro que não eu.

Mas, eu não podia reclamar, sendo o idiota que sempre fui, óbvio que não teria chances com Hinata. Em qual planeta ela esperaria um idiota para sempre? Só não entendia aqueles sonhos, seriam verdadeiros? Como saber o que é verdadeiro e o que não é? Eu podia confrontá-la, só que era covarde demais para isso. E se Hinata dissesse que nunca se declarou para mim? O que eu faria?

Foi após muito tempo perambulando pela vila a esmo, sem ânimo nem para comer, que a vi correndo com um embrulho agarrado ao peito. Na minha confusão mental, até esqueci que a convidei para comer lámen. Contudo, eu não podia deixar minha dor de cotovelo interferir na nossa amizade e no que eu sentia por ela. Hinata era preciosa demais para mim e eu queria tê-la ao meu lado. Mesmo que fosse somente como amiga, mesmo que fosse me chamando de Naruto-san. Ah, quem eu queria enganar? Quando ela me chamava de Naruto-kun meu mundo parava e meu peito aquecia, como se a voz de Hinata fosse morna e tocasse imediatamente meu coração. Só que agora era como se uma culpa estranha tomasse conta dela, sempre que me chamava carinhosamente. Eu não sabia o que pensar, mas queria descobrir, ainda que não gostasse da resposta. Era melhor saber com todas as letras que Hinata não sentia nada por mim, assim eu poderia sofrer em silêncio por um motivo concreto. Essa dúvida acabava comigo, quebrando meu coração lenta e dolorosamente. Tendo isso em mente, corri e a encontrei no nosso balanço, cabisbaixa, lágrimas transparentes escorriam por seu rosto e banhavam o embrulho que ela continuava segurando com firmeza. Eu já a vi carregando a mesma coisa, no dia que nos encontramos no Ichikaru, por exemplo. O que seria? De todo modo, era de partir o coração, ela se balançava lentamente e ressonava baixinho, a medida que tentava conter as lágrimas.

— Hina-chan! - chamei, preocupado e querendo muito trazê-la para perto de mim.

Odiava vê-la sofrendo, pior ainda chorando. Meu coração se despedaçava quando isso acontecia e eu queria muito fazê-la sorrir. Mesmo que minimamente. O sorriso de Hinata iluminava minha vida e eu precisava dessa luz mais do que tudo. Eu precisava dela para clarear a escuridão que insistia em tomar conta de mim.

— Na-naruto... - sua voz falhou um pouco e ela tentou enxugar o rosto, sem jeito.

Receoso, eu me aproximei.

— Por que está chorando, meu anjo? - tais palavras saíram tão espontâneas, que mordi o lábio inferior, temendo tê-la assustado.

Eu não podia chamá-la assim, não tínhamos essa intimidade e com ela namorando Kiba...

— Como me chamou? - seus olhos, antes brilhantes por causa do choro, se voltaram para mim, curiosos e apreensivos.

— E-eu... - gaguejei, passando as mãos pelos meus cabelos, na busca de encontrar uma desculpa. Uma das boas para tê-la chamando de meu anjo.

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