Capítulo 9

10.6K 1.1K 44
                                    

- Senhor, tem que leva-lo para o quarto novamente, ele ainda se encontra em observação, mas tudo indica que ele terá alta o mais rápido possível. - Falou o médico que por consequência acordou ao Antônio, ele estava realmente casando e parando para refletir, a única coisa que tomou nas últimas horas foi café, não tinha apetite para nada, além disso não possuía, hábitos muitos saudáveis, embora tenha um corpo musculoso, acredita que isso é decorrente das atividades do próprio trabalho. Levantou a jeitando Benício que dormia em seu braço.

- E o irmão dele? - perguntou.

-  A qualquer momento ele acorda o efeito do sedativo já está passando, enquanto isso, devemos esperar. 

Antônio, deu um breve aceno e seguiu as instruções do médico que o acompanhou ao quarto do mais novo, para procedimentos médicos, avaliando com cuidado o pequeno que não acordou, pedindo explicação, o doutor explicou ao Antônio que embora, ele tenha acordado, ainda está sonolento devido aos remédios, se sentindo satisfeito permitiu que o médico fosse, ele era inquisitivo as vezes.

Diante disso, se viu pensando em o que fazer para dar o respaldo necessário a eles enquanto se recuperam, mas antes de tudo ligou novamente ao quartel, para se inteirar dos acontecimentos, ela viciado em trabalho, algo que não mudaria de uma hora para outra, vendo que tudo estava bem, pediu para qualquer coisa o avisarem.

O tempo que ficaram no quarto do Miguel, Antônio pode observa-lo, era um rapaz, tudo indica que tenha não mais de vinte e três anos, era o que achava, de aparência leve e delicada, tinha que assumir que possuía boa aparência, mas esse era o espero, Benício é uma criança linda. Antônio, refletia em como viviam, a senhora que cuidava do mais novo não voltou e nem se quer deu qualquer sinal de vida, nem uma ligação já que tinha deixado seu número de celular para se comunicarem, algo o incomodou na forma como a mulher o olhava, expressava suas emoções, tudo muito teatral, aparentava ter mais ou menos a faixa de cinquenta e cinco anos, com isso ele decide averiguar isso assim que Miguel acordasse.

Passaram- se, mais uma, duas, três horas, quando o médico entra novamente no quarto e avisa que Miguel acordou, Antônio, ficou aliviado, e com a sensação estranha novamente, olhou para Bení e perguntou ao médico se podia leva, afirmando que sim, com cuidado pegou a criança que levantou a cabeça, olhou para seu rosto riu com seus poucos dentes e voltou a deitar em seu ombro, o tenente sentia que sua missão estava penas iniciando.

Primeiro entrou o médico, segundo Antônio e a criança que ao ouvir seu nome ser pronunciado por uma voz bastante conhecida se agitou.

- Ei meu amor, não vem falar comigo? - falava Miguel fraquinho, mas o suficientemente alto para os presentes ouvirem. Benício olhou se agitou e começou a chorar, Antônio mais do que depressa o levou para o pai, que devido as costelas, pernas fraturados não podia pega-lo bos braços, mas Antônio vendo a necessidade dos dois que estavam muito emocionados, levou Benício ainda em seus braços a uma altura do corpo de Miguel que daria para o mesmo beijo e abraça-lo e o que se sucedeu emocionou a todos, tinham um médico e uma enfermeira, o tenente estava envolvido por braços, lagrimas e sorrisos, um cenário que para ele era desconhecido.

- Hein filho, tava com saudades meu amor, eu tava morrendo, meu cheirinho de bebe, te amo amor, não chora estou aqui. - dizia emocionado, estavam absortos a tudo e todos, eram apenas os dois, Benício se jogava contra o pai, mas tinha que ser contido devido a situação do mais velho, Antônio, sentia suas costas doerem devido a posição, mas não poderia acabar com o momento deles, Miguel estava nem ai se tinha uma corpo de um homem, quase grudado ao seu, ele estava com o irmão.

- Tudo bem gente, acalmem-se, os dois estão bem, mas Miguel não se mova tanto. - Miguel deu um último beijo no irmão que foi erguido por Antônio que o levou para relativamente longe, a criança soluçava, ele iniciou um carinho nas suas costas e fazia alguns " shh" para o mesmo.

- Quando eu vou poder ir para casa? - perguntou Miguel recompondo-se e só agora tomando ciências das pessoas a sua volta, inclusive do grande homem que segurava seu irmão o olhando atencioso.

- Bom Miguel, vamos fazer mais alguns exames, e de acordo com eles podemos te dar essa resposta, mas pelo que vemos está tudo bem, sente alguma dor além das costelas? - perguntou já anotando em sua prancheta.

- Não, só estou um pouco cansado. - falou mandando beijinhos para Bení, que já estava mais calmo.

- Tudo bem, vou deixar vocês conversarem e já voltamos para te levar ao exames.

Falou isso já saindo, o que automaticamente o fez levantar os braços em uma tipo de vem aqui para Bení, Antônio se a próximo novamente, com um braço segurou o pequeno e com o outro arrastou a poltrona, uma coisa que qualquer pessoa não faria.

Sentou- se e a partir dar mais beijos e abraços entre os irmão.

- Pai, esse é tio Toni, ele cuidou de mim, fala para ele que o senhor gosta da Elsa. - falou eufórico olhando do pai para o outro homem, que sorriu de lado.

- Me chamo Antônio, você correu na avenida e meu carro te atingiu. - Falou o mais sincero e sério possível, não sabia enrolar.

- Ahhh eu não sei o que dizer, só pedir desculpas, eu estava vindo ver o Bení, eu perdi toda a razão, mas eu posso pagar o carro não sei, e...eu.. - falou rápido e envergonhado 

- Não precisa, tinha seguro, você só precisa ter mais cuidado poderia ter sido fatal, apesar de compreender a situação foi totalmente irresponsável. - Falou sério, a jeitando o garoto que se jogava para o pai. Miguel estudou o homem e percebeu sua farda e olheiras, além disso não passou desapercebido sua beleza, ele era lindo.

- Me desculpa, mas em uma situação como esse nós não agimos na maioria das vezes com razão, eu sei que foi irresponsável, meu irmão poderia está sem ninguém agora, estou me culpando por esse tempo eu dormir, eu.. eu não me sinto orgulhoso - falou caindo em um choro copioso, assustando tanto ao Benício, quanto ao Antônio, que odiou ser tão estúpido.

- Não precisa chorar, as coisas vão se resolver, o Benício está bem, vão ter meio apoio financeiro durante essa recuperação. - 

- chola não pai, a gente vai assistir Elsa né tio? - falou limpando as lagrimas do irmão que riu do que o irmão falou, Antônio estava confuso, ele chora e rir, ele demonstra emoções conflituosas.

- Ta meu amor, mas tem que ter pipoca - Bení adora pipoca, ficou todo agitado depois disso, mas foram interrompidos pelo médico que ia levar o Miguel para exames e assim foi feito, novamente os irmãos se separaram, mas com promessas de que se veriam novamente com muitos eu te amo deixados.

YOU - Romance GayOnde histórias criam vida. Descubra agora