Alvorecer | taekook

Dezesseis

Dessa vez não demorei tanto, uh?
Como vocês estão? Me contem ^^
Obrigada por todo apoio, eu leio e vejo tudo o que vocês falam sobre a fanfic. Amo vocês ♡

Tenho um aviso importante:
Esse capítulo contem violência, e pode servir de gatilho. Se não se sentem confortaveis, pulem a parte que eu marcar, ok? As partes mais violentas vão estar marcadas entre ----, vão avisar quando começarem e acabarem.

Um beijo para a Emi ☆ e um agradecimento mais que especial a AvlisAvlis essa mulher é incrível e me ajudou muito!!!!

Boa Leitura!

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[3500 words]

Assim como na vinda, entramos em duplas nas carruagens, e claro que Soojin ficou junto a mim. Eu mal podia esperar que chegássemos em Baekje para lhe contar toda a verdade, acabando finalmente com os segredos entre nós. Eu tinha a nítida sensação de que minha amiga me aceitaria como eu era.

A viagem seria longa, por isso não me impedi de tirar uma soneca durante o caminho. Uma hora todo o verde das paisagens iria enjoar meus olhos, e não teria para onde correr. Soojin fizera a mesma coisa, apoiando sua cabeça em meu ombro e caindo no sono logo em seguida.

Parar para pensar no futuro era algo que me dava muito medo, por hora eu me contentava apenas em viver os momentos que me eram proporcionados. Contudo, a hora da verdade estava chegando, e ficar parado durante horas naquela carruagem me deixava com tempo suficiente para criar mil e uma paranoias. Será que Taehyung iria me assumir? E eu? Estou preparado para isso? Muitas coisas estão em jogo, principalmente o orgulho que minha família sentia de mim. Sinceramente, não sei se estou pronto para encarar o desprezo de meu pai, ou a decepção de minha mãe. Entretanto, eu também não deixaria Taehyung em prol de outras pessoas, por mais especiais que elas fossem para mim.

Jeon Jeongguk ainda era o mesmo, só que agora tinha muito mais amor dentro de si.

Dei uma espiada em Soojin, ela ainda dormia. Seu rosto transmitia uma serenidade incrível, quase conseguiu me acalmar das agitações que insistiam em permanecer em minha mente.

Ela poderia continuar em seu sono, se a carruagem não tivesse dado um solavanco, impelindo nossos corpos para a frente por conta da parada repentina. Por sorte, segurei Soojin, impedindo seu encontro com o chão. Trocamos um olhar confuso, não havia motivos para estarmos parando no meio da estrada.

— Já chegamos? — perguntou minha amiga, seus olhos e boca estavam inchados e o rosto amassado de sono.

— Deve ter acontecido alguma coisa, não estamos nem na metade do caminho… — comentei cheio de suspeita.

Aguardei mais alguns segundos, esperando que alguém aparecesse e nos desse alguma ordem ou explicação do que estava acontecendo. Porém, só obtive o silêncio ensurdecedor que vinha do lado de fora.

— Já chega, vou dar uma olhada — disse convicto, me desvencilhando das mãos de Soojin que ainda se prendia a mim por conta do susto.

— Pode ser perigoso, Heejin. Não é melhor esperarmos?

— Eu não vou sair, só vou olhar pela janela. — Tentei acalmá-la.

Movi meu corpo pelo estofado até alcançar uma das janelas, destravando-a, visto que anteriormente eu havia fechado por conta do vento frio. Minhas mãos tremiam, alguma coisa estava errada, mas eu não podia me desesperar e deixar Soojin entrar em pânico também.