Eu poderia dizer que eu estava tremendamente feliz passeando com a minha mãe pelo Green Park, tudo tão lindo, tão fantástico ao lado dela. A minha mãe é o meu tudo, minha segurança extrema, tudo com ela fica tão perfeito. Ela é linda, cabelos castanho escuro e liso sobre os ombros, uma altura de mais ou menos 1.70m, olhos brilhantes e um sorriso fantástico. Eu posso avaliar cada pedaço da minha mãe, como ela é linda, e do nada eu estou em um lugar sombrio, minha mãe está dentro de uma BMW e eu estou do lado de fora só a olhar a movimentação do carro, quando de repente o carro sai do controle e capota umas três vezes para em seguida cair em um penhasco e explodir.
- MÃEEE - eu grito desesperada, aos prantos, soluços incontrolaveis.
-Cath acorda! - eu sinto alguém me chaqualhando.- Cath filha acorda! - eu abro meus olhos devagar com a luz do quarto inundando-os
- Cath filha, o que ouve com você?- o meu pai pergunta desesperadamente preocupado e eu choro mais ainda
-A minha mãe - eu digo entre soluços
-Você voltou a ter pesadelos querida? - meu pai olha fixamente nos meus olhos
-Sim pai, foi o mesmo de antes - eu já consigo me manter mais calma, porém minha respiração continua irregular.
- Mas eles não já tinham cessado?- o meu pai pergunta-me
- Sim mas eu não sei o que houve pai-
- Deve ser a anciedade para a faculdade querida- ele diz e me dá um beijo na testa- Eu preciso terminar de me vestir pra ir trabalhar, você vai ficar bem querida?- ele ainda está preocupado
- Sim pai eu vou!- digo e ele sai do quarto
Já havia um ano que eu não tinha esses pesadelos. Desde os meus cinco anos quando a minha mãe morreu eu tinha pesadelos constantes com a sua morte, sempre eram as mesmas cenas, todas as vezes era extremamente doloroso pra mim. Perder a minha mãe foi como se me tivessem jogado pra fora do mundo, como se a minha cabeça fosse arrancada pra fora do meu corpo e ainda assim eu conseguisse viver com a dor estrassalhante em mim, na minha vida. Ela foi arrancada de mim de uma maneira tão brutal, eu tinha apenas míseros cinco anos. Eu era tão apegada a minha mãe, pra mim o meu mundo girava em torno dela, eramos tão apegadas, um amor tão forte e incondicional nos ligava, minha mãe guiava a minha vida e eu era ( na verdade sou) uma menina tão sentimental, tão vinculada as pessoas que eu amo, eu me ligo muito fácil a pessoa quando começo a gostar dela, e caramba eu perdi a pessoa que eu mais amava na minha vida, a pessoa a qual eu era ligada antes mesmo de nascer, quando eu era apenas a fecundação do amor da minha mãe e do meu pai. Eu só pude me fechar para o mundo com tudo o que aconteceu.
Levanto da minha cama sacudo a cabeça e vou para o banheiro. Tiro a roupa e ponho-me debaixo do chuveiro, lavo o meu cabelo e todo o meu corpo tirando toda aquela sensação do meu pesadelo. Saio do chuveiro, me enrolo em uma toalha e vou secar o meu cabelo. Quando termino ele cai sobre meus ombros como uma nuvem lisa e castanha, vou ao meu closet e pego umas calças de algodão preta apertada nas pernas e folgada no quadril e mais ainda nas coxas, uma blusa cinza de mangas que vão até os meus punhos ( na verdade ela parece um casaco) com o nome LONDON em preto estampado bem ao meio dela, calço meu all star branco, pego a minha mochila e o meu iPhone e saio do quarto.
- Bom dia Mary- eu digo entrando na cozinha. A Mary é a minha empregada preferida entre todos os outros
- Bom dia Cath- ela me responde pondo em cima do balcão o meu suco de laranja e torradas
- O seu pai disse que o Jaden está a te esperar para levar-te a sua nova faculdade - ela diz enquanto eu acabo com as torradas e o suco.
- Tudo bem, só vou ligar pra Grace - a Grace é a minha melhor amiga. Na verdade eu só tenho ela de amiga, eu sou meio fechada desde a morte da minha mãe e ela foi atrevida o suficiente para se aproximar e insistir na amizade.
- Grace eu vou passar na sua casa daqui a 2 minutos para irmos pra faculdade - eu disse assim que ela atendeu. A Grace vai fazer letras como eu
- Bom dia Catherine - ela falou rindo
- Bom dia Grace - eu ri de volta
- Eu já estou pronta amiga - ela disse
-Tudo bem, daqui a pouco chego
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Stockholm Syndrome ( Harry Styles fanfic)
FanfictionCatherine Müller uma jovem de 18 anos, estudante de letras que perdeu sua mãe quando criança em um acidente de carro pode ter sua vida completamente revirada quando é sequestrada pelo misterioso Harry Styles, ao convivio em cativeiro com ele durante...