Capítulo Dezenove

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KESIA MUNIZ



  — Bom. Já estou de saída. Boa festa a todos. — Fellipo anunciou.Todos na mesa ainda estavam em silêncio o olhando.


  — Não vá agora senhor...? — meu pai levantou-se e estendeu a mão de forma amigável.


  — Fellipo Messina. Me chame de Fellipo por favor. - apertou a mão do meu pai.


  — Samuel Muniz. Sou o pai do Hugo.


  — Certo. Como eu disse, só vim deixar o presente do garoto. — Explicou com um sorriso contido.


  Meu pai puxou uma cadeira para ele de outra mesa e a colocou do meu lado, arregalei os olhos incrédula, é muita sorte.


  — Faço questão que fique. Vou buscar uma bebida de adulto para nós. — Se dirigiu a escada subindo ao segundo andar.


  Fellipo me encarou e se sentou, ele tinha um sorriso debochado no rosto.


  — Eu disse que viria. Parece que meu futuro sogro me amou. — Desdenhou baixo sem olhar para mim.


  Quase cuspi a coca-cola que tomava.


  — Sai daqui inferno. — Murmurei de volta


  — E você quem é? — Fellipo me ignorou falando com a Fran.


  Ela sorriu acanhada.


  — Sou a Fran. Mulher do Samuel.


  — Muito prazer em conhece-la. — Fellipo disse educado. — E você Hugo, parece que viu um fantasma.


  Hugo o encarou com um sorriso falso.


  — Não senhor, eu só não o esperava aqui.


  — Não estamos em ambiente de trabalho. Me chame de Fellipo.


  — Como quiser, Fellipo. — Ele praticamente cuspiu o nome do homem.


  — Voltei. — Meu pai anunciou aparecendo com um fardo de cerveja.


  Distribuiu uma para todos na mesa e sentou do outro lado do Fellipo, o puxando para uma conversa que não prestei muita atenção.


  Permaneci calada, degustando da cerveja geladinha, assim como o Hugo, que depois de uns minutos se mudou para a mesa da Tati. Até a Fran entrou na conversa dos dois. Hora ou outra sentia os olhos dele em mim.


  O corpo quente tão perto me deixava atordoada. Era uma sensação estranha.

  Por volta das dez e meia da noite, as pessoas começaram a se dissiparem.


  — Tchau Kesia. — Flávia se despediu com a pequena dela no colo.


  — Senhor Fellipo.


  — Tchau. Até amanhã.


  Eu estava quase bêbada.


  Ninguém da mesa bebeu muito, mas eu para não falar nada, preferi, literalmente, engolir.


  — Vou levar o Angelo para a cama. — A Fran disse.


  — Não. Quero a mamãe. — Preferiu.


  — A mamãe tem que ficar para fazer companhia para o moço. Vai e leva o cachorro. Ele quer dormir. — Samuel interveio, ele me odeia será?


CEO Mafioso Obcecado Pela Mãe Solteira Onde histórias criam vida. Descubra agora