Capítulo Cinco

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KESIA MUNIZ

  Onde estava com a cabeça quando fui parar aqui dentro da sala desse homem? Vim porquê tive medo, está chovendo muito, então...

  — E quem é você? — Devolveu minha pergunta.

  Distraída me culpando internamente e procurando motivos para ter vindo, ouvir a voz dele foi um susto.

  — Ninguém. — Dei um sorriso sem mostrar os dentes, o mesmo franziu o senho.

  — Mentirosa. Se vamos ficar dentro dessa sala até a tempestade passar, precisamos falar de algo, que seja sobre você. — Insistiu cruzando

  as pernas e tomando o último gole do uísque.

  Quem disse que eu vou ficar?

  — Quis dizer ninguém que possa lhe interessar. — Expliquei sem querer me aprofundar.

  — É casada? — Insistiu nas perguntas.

  — Não sou e nunca vou ser. — Rodei na cadeira giratória enquanto o ouvia gargalhar alto.

  Contei uma piada?

  — Nunca é uma palavra muito forte.

  Permaneci séria e levantei, decidida a acabar de vez com aquele conversa estranha e patética, vou embora agora e ninguém vai impedir. Se

  passava das nove da noite, Angelo ainda estava acordado, ele não dorme antes da minha chegada.

  Ele levantou também.

  Se pensa que vai impedir minha volta para casa pela segunda vez, está muito enganado.

  — Onde pensa que está indo? — questionou parado na frente da porta, bloqueando a passagem.

  Com os nervos à flor da pele perguntei entre dentes:

  — Dar licença?

  — Ainda está chovendo.

  — Não sou de açúcar. — Rebati cruzando os braços.

  — Não interessa. Você não vai sair daqui.

  — Isso é cárcere privado. E você não manda em mim, não me conhece, e eu não te conheço. Sai da minha frente agora! — explodi.

  Quando dei por mim, estava em cima dele cutucando seu peito duro com meu dedo indicador.

  O desgraçado riu!

  — Você é minha.

  Fiquei muda por alguns instantes, sem acreditar no que ouvia. Abri e fechei a boca algumas vezes, fitando seu rosto para lhe dar a chance de

  corrigir o que dissera, mas ele manteve os olhos cinzas fixos, como se confirmasse as palavras.

  — Eu não sou um objeto para pertencer à alguém, se pertencesse, não seria a ti. — Consegui dizer por fim.

  — Você é minha. Só precisa aceitar agora. — Afirmou novamente.

  Que loucura era essa? Só pode ser um sonho. O que eu fiz para merecer isso?

  Ele queria me desestabilizar, mas eu não vou deixar!

  — Senhor Messina eu vou sair agora. Meu filho está me esperando. Então, some do meu caminho. — Ele levantou uma mão para me

CEO Mafioso Obcecado Pela Mãe Solteira Onde histórias criam vida. Descubra agora