Capítulo 03 - Unsaid

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Oi, meus amores!

Eu vou  atualizar a fic toda terça e sexta! 

Boa leitura!

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Seu aluno tem quase noventa por cento de acertos, o que significa muito, tanto para o garoto quanto para o professor. Os dedos magros de Jooheon correm pelas teclas muito mais certeiras depois de ele ter confessado que se inscreveu no show de talentos da escola e, por isso, sente-se nervoso por tocar na frente de outras pessoas. Kihyun o tranquiliza e assiste com um sorriso no rosto, prometendo que irá apreciar a apresentação, o que deixa o pequeno garoto muito feliz. No alto de seus doze anos, tocar tem sido a única atividade capaz de aquietá-lo.

Assim que terminam a última passagem da obra, o som de um veículo lhes chama a atenção. Sabem que se trata de algo mais barulhento que um carro comum e, quando saem na varanda, veem um caminhão de pequeno porte estacionando em frente à casa vizinha.

Hyunwoo está parado acenando para o motorista e para mais um rapaz que sai do banco do passageiro. Eles abrem as portas traseiras e preparam-se para começar a descarregar alguns móveis. Hyunwoo então avista Kihyun e sorri.

Jooheon, sendo o curioso que é, vai até lá sem ser convidado e estica a mão para cumprimentar o Son, dizendo seu nome em alto e bom som, como se ambos fossem pessoas muito importantes da sociedade, o que faz o Yoo se lembrar da primeira aula que deu ao garoto, descobrindo sua peculiar arte de encantar a todos logo no primeiro momento.

— É um prazer conhecê-lo, Lee Jooheon — Hyunwoo retribui o cumprimento e Kihyun se aproxima, pedindo desculpas por estarem atrapalhando. — De forma alguma. São só algumas bugigangas.

— É bastante coisa — Kihyun comenta, admirado com a quantidade de caixas.

— Você tem um gramofone! — Jooheon vibra, apontando para o aparelho que se destaca entre os demais objetos. — Meu avô tem um gramofone, mas meus pais não têm.

— Se você fosse um garoto comportado, poderíamos comprar um - uma voz feminina soa atrás dos rapazes e Jooheon rola os olhos, pois é sua mãe quem se aproxima, já que está na hora de irem para casa.

A dama num vestido azul claro cumprimenta Kihyun com um meneio de cabeça, mas faz questão de esticar a mão direita à Hyunwoo, apresentando-se.

— É um prazer conhecê-la, senhora Lee — o Son é cordial como sempre e sorri, notando que as bochechas da mulher coram levemente. — Seu filho Jooheon é um menino muito divertido.

— Espero que não tenha dado trabalho — ela se vira para Kihyun, que nega. — Ele comentou sobre o show de talentos da escola?

— Estamos muito bem preparados, não é, Jooheon? — o Yoo encoraja o menino, que concorda.

— Eu vou ganhar o primeiro lugar — o garoto diz e emenda que seu professor prometeu ir assisti-lo durante o recital.

— É muita bondade de sua parte, senhor Yoo — a mulher agradece e diz que precisam ir. Despedem-se e caminham até um carro estacionado mais adiante e quando Kihyun volta a prestar atenção em Hyunwoo, o rapaz está rindo dele.

— O que foi?

Senhor Yoo — o Son repete, rindo, mas se detém. — Desculpe por atrapalhar sua aula.

— Nós já tínhamos terminado — Kihyun responde e avisa que precisa voltar para casa para lidar com alguns afazeres.

— Volte mais tarde, tem algo que quero lhe mostrar.

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