capítulo II

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Nova York, 14 de janeiro 2:45 a.m

E mais uma vez Noah está acordado de madrugada, pensando em Millie. Ele não parava de se perguntar qual seria a reação da garota com o bilhete.

Não conseguia descansar a mente, não depois de tantas perguntas que perturbavam seu subconsciente.

Pensava nos cabelos cor de mel e nas orbes ambares. Ele se perguntava qual seria o gosto da sua boca, a qual ele sempre admirou.

Noah sempre tirava risadas de Brown, isso com certeza melhorava seu dia.

Tudo nela era incrível.

Ok, talvez ele tenha exagerado um pouco quanto a esses pensamentos.

Mas está cego de amor.

Pra ele, ela significa seu mundo, tão colorido, vai do vermelho ao anil.

Ele percebia quando ela estava triste e se sentia horrível por não saber muito bem o que fazer.

Ele nunca sabe muito bem o que fazer em relação a ela.

Sentimentos são tão confusos. Principalmente os de Noah.

Ele nunca pensou que se apaixonaria justo por ela.

Sempre tão presente na vida dele. O fazendo sorrir. Dizendo coisas que, apesar de não fazerem muito sentido, arrancavam boas risadas deles.

Ela bagunça completamente a cabeça dele.

Mas ele gosta dessa bagunça.

Em meio a tantos, não passamos de poeira ou pó.

Mas ele sabe que só precisava dela.

Ele aprendeu a amar os defeitos dela e admirar as qualidades.

E ele achava que ninguém era perfeito porque os seres humanos não poderiam ser prefeitos.

Mas ele se apaixonou.

E viu que para ele, ela era perfeita.

Ela é capaz de provar que perfeição não é calúnia alguma para rebaixar os outros.

E ele, ele é só mais um sonhador que quer alcançar a estrela mais brilhante do universo.

Noah a olhava, e quando ela estava ali,  ele não queria mais ninguém.

Ele nem viu as horas se passando, já eram quase 05:30 e ele se levantou. O garoto fez tudo que era necessário e pegou uma maçã.

- Já vai, Noah? - sua mãe, Karine, perguntou.

- Sim. - respondeu indiferente.

- Certo, bom dia! - disse e ele deu um beijo na testa da mais velha.

Ligou seu carro e antes de começar a dirigir viu o nome de Millie surgir no visor do celular, indicando a chegada de uma nova mensagem.

"pode me buscar?"

Ele, sem perder tempo, dirigiu até a casa da morena que ficava bem próxima a sua.

Viu a mesma sentada no balanço o qual eles sempre brincavam quando mais novos. Sorriu com a lembrança.

- Bom dia, Schnipper! - o abraça e ele corresponde com um beijo em sua bochecha.

- Bom dia, Mills! - ela afivela o cinto e ele dá a partida. Brown ligou o rádio e melodias desconhecidas por Schnapp começaram a tocar.

Millie abaixou seu vidro e deixou o vento bagunçar as madeixas curtas e belas dela.

As mechas claras estavam em perfeito movimento, a brisa beijando seu rosto e seu doce sorriso.

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