I - A menina da floresta

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Caro leitor, desde já aviso, se tiverdes problema cardíaco, hematofobia ou imaginação fertil de mais; pare de ler agora mesmo.

Esse é um belo conto. Um conto daqueles com final feliz e uma magnifica lição de vida no final - não, não mesmo! -, lembra-te querido legente daquela garotinha de capa vermelha?
Isso mesmo aquela que carregava doces, com uma vovozinha querida que foi salva por um Caçador heróico.
Quantas vezes ouvi essa história quando criança e pensei: "queria eu passar por tal aventura."

Porém, agora sei, jamais gostaria de passar por tal terror em minha vida.

Vamos começar de forma nostalgica:

Era uma vez, a muito tempo atrás, em um reino distante....

O tempo era século X, o local era alguma vila na inglaterra.

Em uma pequena, porém linda, vila com pouco mais de trezentos habitantes morava uma família.

Uma mãe trabalhadora e uma garotinha sapeca de dez anos. O pai - pobre pai - morreu de uma doença desconhecida quando a menininha tinha apenas dois aninhos de idade.

Uma doença devastadora. Causava febre, vomito e sangramento por todos os orificios do corpo. Além de que desvasto, também, essa linda e feliz famila.

Um conto de fadas? Até poderia ser, pois no começo o amor reinava naquele lar. A felicidade deles podia ser ouvida a grandes distâncias, e a felicia aumentou ainda mais com o nascimento daquela linda princesinha.

No entanto a doença veio e, como uma tempestade, acabou com aquela famila.

Amigos? Sumiram quando eles mais precisavam. A princípio o medo de uma doença que poderia ser contagiosa e, depois, uma viúva que não era uma boa "companhia".

Para nao dizer que só haviam essas duas na familia, tinha também a vovozinha. Uma idosa mais pra lá que pra cá, que vivia doente e morava em um sítio distante da cidade.

Não moravam juntas no sítio devido ele ser pequeno para manter ambas. Na vila era mais fácil conseguir algum sustento, até tentaram convencer a pobre velhinha a ir morar com elas, mas ela não abria mão do seu ninho de amor - la viveu e morreu com seu amado marido.

Um fadico dia - fadico porque tinha tudo para ser perfeito - a mãe daquela linda menina chama Alice ( não, não é aquela alice que foi sequestrada por um mágico e passou horrores em sua vida), pediu para ela levar uma cesta de mantimentos para sua vovozinha:

- Alice, leve essa cesta com pães, ovos e remédios para a sua avó.

A mãe chamava-se joana, estava no auge de sua juventude, vinte e oito anos. Porém, aparentava uns quarenta, rugas, olheiras e cabelos maltratados.

- Sim mamãe - respondeu aquela linda menininha.

Linda sim. Bem cuidada. A mãe lhe dava do bom e do melhor, fazia tudo que estava ao seu alcance. Tirava de sua boca e corpo para alice crescer forte e bela.

- Mas, por favor Alice, não perda tempo brincando com as outras crianças e, jamais, vá pela floresta.

Alice fazia aquele percuso uma vez por semana. Sai logo após o almoço e voltava antes do por do sol.

Entretanto, ela sabia que pela floresta era muito mais rápido, pois já o havia feito com sua mãe.

- Não se preocupe mamãe - reponde ela com aqueles lindos olhos brilhantes.

Antes de sair alice vai até sua comoda, veste-se, coloca sua botina e pega sua capa branca - isso mesmo branca, alva como a neve (tintura era coisa de ricos) - dar três pequenos saltos para encaixar bem as botas em seus pés e, no momento seguinte, vai a sua aventura semanal.

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