II - O menino de madeira

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Amigo leitor. Já foste avisado. Mas, se passou pelo primeiro capítulo e ainda quer mais, deves ter um coração forte, uma mente regulada e um estômago de ferro.

Essa é uma historia verdadeiramente triste, embora medonha. Onde um ser que nasceu puro tornou-se sujo devido à uma sociedade imunda.

Mais não se engane, não confunda tristeza com empatia.

Vamos começar, sem todo o blá, blá, blá de era uma vez.

Há muito, muito tempo atrás nasceu um pequeno e inocente bebê. Nesse belo dia, a pequena aldeia italiana, cujo o nome nem me lembro mais, ouviu um choro forte durante a madrugada.

Ali, naquela linda residência, morava Joseph. Um artista, amado e adorado por seu dom.

Senhor J. Como era conhecido, era o melhor carpinteiro daquela pequena cidade. Um entalhador magnífico. Em todas as casa da região, havia algo feito por ele.

No dia em que seu filho veio ao mundo, vários vizinhos e admiradores estavam à sua porta, mesmo que o galo nem tivesse cantado ainda.

- Uenn! Uenn! - berrava uma criança.

- Parteira como esta meu filho? - uma jovem e bela dama pergunta em meio a suor e lagrimas a uma senhora idosa.

- É um garoto, mais...- aquela obstetriz não conseguia descrever o que estava vendo.

- O que há de errado com meu filho?

- É melhor chamar seu marido. A parteira diz enquanto sai em direção à porta com a criança no colo.

Naquela época era comum que os maridos esperassem fora do quarto onde estava sendo realizado o parto.

- Senhor J. por favor entre aqui depressa. - ela gritava enquanto segurava a criança enrolada em alguns panos.

Joseph percebeu no olhar dela que algo estava errado.

"Será que aconteceu algo com minha Josefina?"

Era o pensamento que aterrorizava sua mente.

- O que houve dona Edna? - pergunta com a face amedrontada.

Ao entrar no quarto ele ver a senhora que ajudou seu filho vim a luz do mundo amedrontada. Sua face mostrava uma mistura de medo e pena.

Ela estende os braços, retira o lençol e o mostra seu filho.

- O que? Como? - o carpinteiro resmungava.

- Por favor alguém me deixe ver meu filho. - Josefina implorou com seus olhos verdes marejados.

Joseph pegou seu filho nos braços, olhou nos olhos do pequeno infante e sorrio.

"Não se preocupe meu pequeno, cuidarei bem de você."

Com isso em mente entregou a criança à mãe.

Josefina aceito em seu colo quente e aconchegante aquele bebê. Seus longos cabelos loiros cobriam parcialmente seu rosto e seus seios que estavam a amostra.

Com um sorriso no rosto ela o amamentou. Como se nada ali estivesse estranho ou diferente.

- senhor J. já vou, poderíamos conversar um pouco lá fora. - a parteira falava enquanto se retirava do quarto.

- Amor, já volto. Vou pagar os serviços da senhora Edna. - o marido amoroso fala enquanto beija a testa de sua amada.

Fora do quarto os dois iniciam uma conversa.

- Senhor Joseph, esteja ciente de que crianças que nascem nessa situação dificilmente alcançam um ano de vida. E , para ser sincera, eu nunca ouvi falar de uma em estado tão grave assim.

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