ggukie tem fome! • capítulo único.

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• Boa leitura! Recomendo escutar All I Want do Kodaline enquanto ler.

O mocinho corria do lobinho, sua expressão era engraçada para uma criança igual ao pequeno Jimin. Sentado em uma almofadinha, que tinha seu formato em um coração, assistia calado aquela pequena tela preta e braca, um tanto, enjoativo, mas o pequeno Park não via pontos negativos nisso. Aliás, naquela época era diferente.

Estava no quarto de sua irmã, Seulgi, entrava as escondidas quando a menina não estava lá e seus pais começavam a falar alto demais. O pequeno não entendia toda aquela gritaria, olhava seus pais gritando e apontando um para o outro, mas não era focado nas palavras, pois uma criança de 6 anos não entende isso ao certo.

— Tudo isso és culpa tua! Jamais quis casar com você!

— Cala a tua boca, mas que merda! Tu és minha, pertence a mim, não tenho culpa se a tua família de merda te vendeu a mim!

O garotinho de fios loiros apenas olhava a porta, em silêncio, não queria apanhar de seu pai e muito menos escutar os gritos de sua mãe. Tomou um pequeno susto quando escutou a porta abrir e fechar em uma força absurda. Seulgi, chorava, ela estava furiosa ao olhar para o pequeno garoto sentado no chão.

— Ande, pirralho! Saia de meu quarto, seu idiota! — Pegou pelo braço do mais novo, puxando-o para fora.

— Pare, vai derrubar o bob! — Falou, segurando fortemente o pequeno boneco de pelúcia.

Agora, chutado para fora do quarto. Virou e deu a língua para a porta já fechada, Seulgi era uma chata para ele.

— Oras, bob. Machucou-se? Ah, que bom! Vamos, nana deve estar com fome. — Olhava para o boneco, com uma costura de má qualidade e, até mesmo, estava velho demais para uma criança brincar, mas estas implicações não deixavam que o pequeno Park deixasse de amar a pelúcia.

Sentou o boneco no chão, logo começando a dobrar a parte debaixo de seu macacão jeans. Sua camisa listrada de manga comprida era sua favorita, tinha uma mancha no final da manga, mas o pequeno apenas dobrou até ficar em seu cotovelo.

— Vamos, Bob! Deixe-me pegar meu chapéu. — Correu em direção a porta, olhando ao lado. Seu chapéu havia sumido, ficou emburrado, mas sabia que havia perdido ou deixado em algum lugar. — Papai! Mamãe! Sulgie!Irei brincar, volto antes do jantar, chimi ama vocês.

No quarto do casal ainda se escutava os gritos e no de Seulgi apenas escutava-se uma música agitada, Jimin apenas deu seu pequeno grito de aviso, que nem sequer foi escutado por uma alma viva se não fosse ele.

Os sapatinhos vermelhos, agora eram marrons de tanta lama que tinha. Sempre frequentava aquele caminho, sabia onde ia, tanto que cantarolava o caminho todo.

— Estás vendo aquela Cruz, Bob? Oh, nana, está perto! — Soltou uma risadinha baixa, Nana era legal com o loiro, gostava dele. Perto, viu um rato morto a poucos minutos, talvez. Colocou no bolso grande de seu macacão e correu para encontrar seu amigo.

O pequeno e destemido Park entrou em um cemitério abandonado. Era tão inocente, que nem via medo ou maldade em um lugar como aquele, passava oras brincando pelas pedras e caixões violados, pois, normalmente, pessoas de má corações roubaram os pobres corpos falecidos de lá.

Havia uma casinha, onde antigamente tinha um corpo mas agora, um pequeno ser ficava escondido durante o dia.

— Estamos perto, Bob! Não tenha medo, Nana me salvou uma vez, também salvará você se precisar.

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⏰ Última atualização: Jun 08, 2020 ⏰

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