1 - Seu melhor amigo

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— Jongin-ah, fica. — Kyungsoo pediu pulando nas costas do melhor amigo.

— Vou fazer o que aqui, Soo? Seus pais nem em casa estão, eles não iam gostar nada de saber que eu dormi aqui.

— Você sabe muito bem o que podemos fazer. — sussurrou no ouvido do moreno, deixando ele completamente arrepiado, no momento que Kyungsoo desceu das costas do Kim, este virou em direção ao pequeno, tomando os lábios macios em um beijo lento e cheio de carinho.

Os passos eram trôpegos em direção a cama, Kyungsoo deitou tendo Jongin entre suas pernas, em um beijo que evoluiu aos poucos, ficando mais quente e obrigando os dois a tirarem suas roupas aos poucos e por fim àquele desejo que estava cada vez mais presente entre os dois.

•••

KYUNGSOO POV

Eu estava em frente ao que deveria ser a casa de Jongin, segurando em uma mão o novo endereço dele, que ele havia me passando por mensagem assim que disse que uma bomba nuclear destruiu a minha casa, e na outra os testes de farmácia com dois risquinhos rosa.

O engraçado nisso tudo é que: Jongin me passou o endereço de sua nova casa, mas assim que desci do Uber, eu estava em frente a um terreno pequeno, num lugar deserto com um trailer estacionado bem no meio.

 Isso não pode ser real.  pensei para mim mesmo.

Bati na porta do trailer algumas vezes e logo um Jongin todo feliz e sem camisa veio atender a porta.

— Soo, o que acha da minha nova casa? Maravilhosa, não?! — falou todo orgulhoso de si.

— Isso não é uma casa Jongin, isso é... Uma joça. você não pode viver assim. — falei desesperado.

— Como é que é? Olha aqui, Kyungsoo, eu sei que somo amigos há anos, mas isso não te dá o direito de vir até a minha casa falar essas coisas. — falou irritado.

— E se você tivesse um filho agora? Onde ficaria o berço? Onde seu namorado dormiria?

— A questão é que eu não tenho, sou muito novo pra isso. Não pretendo pensar nisso tão cedo. — falou convicto.

— Acho bom pensar, Jongin. — lhe entreguei os testes — Isso prova que você tem sim um filho para se preocupar.

Jongin ficou tantos minutos olhando para os quatro testes de farmácia que eu achei que aquele tempo nunca ia passar.

Eu me sentia cansado, nervoso, estressado, com medo. Minhas mãos suavam e minhas pernas tremiam, eu estava um desastre e Jongin não ajudava em nada apenas olhando para aqueles malditos testes sem falar nada.

— Isso não pode ser verdade, Soo. A gente usou camisinha, eu lembro muito bem, você colocou em mim.

— Eu posso ter colocado errado, eu era virgem, Jongin. — revirei os olhos e sentei em um banquinho que tinha ali — Eu preciso que me apoie, que me ajude. — suspirei.

— Eu não sei se posso, eu não estou preparado pra isso.

— EU TAMBÉM NÃO ESTOU, MAS ESTOU ESPERANDO UM FILHO SEU, PORRA. — gritei, sentindo as lágrimas pesadas escorrerem por minhas bochechas.

— Eu preciso pensar, me dá pelo menos um tempo para pensar, Kyungsoo. Eu não estou com cabeça agora. — dito isso ele abriu a porta do trailer, claramente me mandando embora.

•••

Pensei que Jongin demoraria apenas algumas horas para me ligar. Pensei que ele fosse entender meus medos, que ele fosse estar ao meu lado como em muitas vezes.

Mas só achei. Fiquei dias, semanas e quase meses esperando qualquer coisa que viesse de si. Um oi já me faria muito feliz, mas nada veio, até meu terceiro mês de gestação.

Jongin me mandou uma mensagem dizendo que eu devia o encontrar atrás do pátio da escola o mais rápido possível, e eu fui.

— Kyungsoo, eu sempre fui seu amigo, e acho que isso não deveria mudar nesse momento, eu tenho que estar do seu lado nos momentos mais difíceis, eu tenho que te amparar, essa é minha obrigação, assim como para com esse bebê. E eu pensei muito, eu vou estar do seu lado, vou te ajudar a criar o bebê, mas apenas como amigo. Seu melhor amigo.

My love is on fireOnde histórias criam vida. Descubra agora