06|você sabe?

2.5K 422 190
                                    

Cortar a cabeça fora e observar o corpo cair o levava ao prazer supremo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Cortar a cabeça fora e observar o corpo cair o levava ao prazer supremo. Sexo, sangue, moda, garotos e garotas profanos. Ele te vê no fundo queimando, e isso não é uma metáfora.

Jungkook era diabólico. Gostava de ver sangue escorrer por pessoas que mereciam. Gostava de assistir o sofrimento alheio. Prazer e a dor soam a mesma coisa para ele. Ora, não leve-o a mal, não havia outro rumo senão este, devido às condições que fora criado, e onde está o problema? Ele apenas gostava de resolver suas pendências de formas... diferentes.

Mas neste momento, a única pessoa que ele queria sentir se chamava Park Jimin e estava no quarto ao lado. Ele ansiou por isso. Jimin o deu o que esperou por anos: sua liberdade. Porém, o avermelhado nunca imaginou que desejaria tanto uma pessoa. Mimado durante anos, Jimin tornou-se, de repente, seu desafio mais quente; e o demônio adorava o tal. Cansado, preso dentro daquele quarto, sua única diversão foram as visitas de alguns amigos. Está certo que teve a presença de alguns amigos e diversões infernais (se é que me entende.), mas nada comparava-se ao prazer que era enganar aquela família de otários, os enganando com a maior facilidade do mundo. Eram burros, sequer se davam conta que aquele não era seu filhotinho amado, assassinado da pior forma possível, e sim um ser do submundo, sem qualquer piedade ou inocência que uma criança deveria ter. Entretanto, como tudo tem seu fim, um dia aqueles que se diziam ser seus pais, deram-se conta que seu filhinho, com toda certeza, não teria qualquer tipo de contato com Lúcifer.

Jungkook lembra de rir muito neste dia. Ah, qual é! Quem em sã consciência monta um pentagrama acreditando que atrairia espíritos bons? Contando com o passado daquele casal, a última coisa que aconteceria, era o filho querido e inocente voltar. Mas bem, ele voltou, e talvez tenha perdido a inocência e santidade pelo caminho. Jungkook cresceu dentro daquele cômodo espaçoso, era o diabo, não é como se precisasse comer ou algo assim. Gostava de visitar diariamente o inferno, ah, sua diversão morava em alguns incubos e sucubos que vagavam por lá.

Mas tudo isso se tornou uma mera lembrança depois que ele chegou. Quando a van velha estacionou exatamente de frente a janela de seu quarto, seu foco foi o garoto loiro e escondido atrás do branquelo. Não mentia, nunca havia visto tamanha beleza, nem mesmo no inferno. Jungkook não gostava de comparar, beleza sempre foi algo relativo para si, mas Jimin parecia olhar para os seus conceitos e rir.

Sabia que o loiro era curioso, apenas de observar os olhos enxeridos passarem por toda casa sua esperança apagada por muito tempo se acendeu. Inconscientemente, Jimin poderia o tirar daquela prisão em dois palitos.

Mas sua imaginação fértil não o deu descanso naquele dia. Se lembra de analisar e desejar aquele corpo como nunca. As pernas pequenas, as coxas grossas faziam suas mãos coçarem. Não queria comentar sobre a bunda, o baixo ventre coçava toda vez que tinha o prazer de admirá-la. A cintura delgada parecia planejada para suas mãos apertarem até cansar.

Mas era óbvio que isso não aconteceria. Pelo menos, não agora.

Enquanto observava a penumbra da noite sentado no último degrau da escada, se sentia em puro tédio. O relógio marcava três da manhã e tudo que ouvia eram os roncos de alguns de alguns moradores da casa. Era irritante sua situação, pois se encontrava livre, mas o que raios significa liberdade quando se mora no meio de tanto mato? Talvez pudesse dar comidas aos porcos, ou então dançar com as galinhas. Cogitou a ideia de invocar seu amigo mais próximo, mas Tae lhe enforcaria com as próprias mãos esguias se atrapalhasse sua valiosa leitura.

DEMON †Onde histórias criam vida. Descubra agora