ATENÇÃO: ESSA HISTÓRIA É JIKOOK❗
Após a terrível morte de seu filho, um empresário e sua esposa decidem abrigar, por caridade, uma freira e dezenas de crianças desamparadas de um orfanato. Ainda que traumatizado, o empresário não esperava que Jimin...
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— Não vou vou contar a ele, Lúcifer. Desista!
— Como poderia? Ele merece saber, Jungkook, queira você ou não.
Jeon puxou o ar com sanha. Taehyung o enchera com aquele assunto o dia inteiro de Deus – perceba a ironia.
— Minha resposta é não, Lúcifer.
— Não me chame de Lúcifer! — ralhou o rei, batendo seu mastro na madeira podre da escada.
Jungkook balançou os ombros, mostrando a criança mimada que às vezes interpretava. Sentados naquela escada obsoleta, observavam com cuidados os dois amigos quase inseparáveis a alguns metros de distância, galhofando na sala com outros adolescentes que os demônios desconheciam.
Invisíveis a olhos humanos, era óbvio.
— Seus alunos se comportam bem, professor? — debochou o mais novo, mesmo que internamente cativado pela ideia do amigo.
Kim deu-lhe um olhar lânguido.
— Era um ótimo plano, até eu pôr em prática. Esqueci que essa joça é católica.
O outro riu pela escolha de palavras alheia. Tae conseguia ter o mesmo vocabulário de um senhor de oitenta anos.
— Tenho que passar os conhecimentos Dele. — meneou a cabeça ao citar Pai. Jungkook ao menos precisou de um tempo para entender de quem o príncipe falava.
Kim nunca conseguiu falar sobre àquele fatídico dia em que caiu do céu para o inferno. Nem mesmo para Jungkook. Eram assuntos que, mesmo sendo o soberano de todo mau, ainda assombrava o próprio diabo.
— E seu aluno favorito? — jogou, ansiando tirar a faceta entediada do mais velho.
Incrivelmente, funcionou. Kim adorava falar sobre um certo moreninho.
— Eu aprendi que ele adora responder as perguntas mais difíceis. Que a mania de prender o lápis entre os lábios é a maneira que ele encontrou de pensar direito. Seus pés tremem quando ansioso, e isso piora quando um garoto alto passa perto de si. — os olhos grudaram serraram-se. — Ele dorme, algumas vezes. Jimin me explicou que ele tem algumas noites difíceis, mas nunca entrou em detalhes.
Jun riu alto após a explicação do tinhoso. Ele nunca admitiria em voz alta, mas estava se envolvendo naquele garoto como nunca fez.
— Eu queria saber sobre Jimin, sabe? Como você sabe sobre Min Yoongi. — comentou, lançando os olhos naturalmente vermelhos para o loiro.
Lúcifer se encostou no apoio da escada.
— Pois, vá até ele. — instruiu.
Ele não hesitou. Se colocou ereto sobre o chão de madeira, escutando a mesma ranger enquanto andava até o outro. Fazendo-se visível apenas para Park, tocou-lhe o ombro.
