Depois das Sete (HIATUS)

chapter four

|LIZZIE MORGAN|

— As pipocas estão uma delícia — ouço os murmúrios de Dylan que, aparentemente, estava saindo da cozinha e caminhando para sala.

Rapidamente desligo a tela do celular deixando-o no lugar aonde estava. Assim que Dylan chega à sala, senta-se ao meu lado com um sorriso genuíno no rosto, oferecendo-me pipoca.

Relutante, com um sorriso amarelo no rosto pego um bolo de pipoca e começo a comer. Por um momento, começo a cogitar hipóteses sobre que encomenda era aquela que na mensagem estava falando.

Prefiro ficar calada. Não vou comentar que li a mensagem que chegou em seu celular. Portanto, finjo que estou concentrada no filme, mesmo estando na tentação de indagá-lo sobre essa tal encomenda.

— Amor, está tudo bem? — ele parece genuinamente preocupado. — Você está tão calada...

— Não, está tudo certo, relaxa.

— Tudo bem. — ele fica pensativo. — Amor, não sei se isso vai te animar, mas amanhã eu estou pensando em fazer uma visita para minha mãe na casa de apoio, e eu gostaria muito que você me acompanhasse. — propõe.

Dou um sorriso.

— Claro, Dy, eu vou amar ir com você visitar a sua mãe. Eu estou morrendo de saudades da Sra. Foster. — tento parecer animada.

— Acredite, ela também sente muitas saudades suas. Quando fui visitá-la, ficou me pedindo constantemente por sua presença. — comenta, sorridente.

Agora eu percebo que alguma coisa mudou em nós. Se o convite de Dylan fosse feito há dois anos atrás, eu estaria completamente animada. Mas agora, com tudo que anda acontecendo comigo, é como se a minha vida fosse uma montanha-russa que só vai pra cima. Está tudo uma bagunça. E, consequentemente, os meus sentimentos por Dylan estão incluídos nisso.

— Amor? Está me ouvindo? — cutuca, me despertando dos meus devaneios. — O Filme já acabou, então, eu já vou indo.

Aceno com a cabeça.

— Você me perdoa por hoje? — pergunta, parecendo genuinamente preocupado com a minha opinião sobre o acontecimento anterior.

— Não, relaxa, Dy. Está tudo bem. Está desculpado, tá bom? — tento tranquilizá-lo.

Aparentemente deu certo. Dylan soltou um suspiro de alívio, mostrando estar mais calmo.

Assim, meu namorado me dá um selinho, e, é claro, diz que me ama. Em questão de segundos ele caminha até a porta, me lançando um beijo no ar.

Logo que ele se vai, vago em direção ao meu quarto, exausta, mas ainda pensativa naquela tão misteriosa mensagem que chegara no telefone de Dylan. Por um momento me pergunto quem era, de onde era, e por que ele havia dito para se encontrarem no famoso "lugar de sempre".

Sinto uma pontada de preocupação se enche em meu peito. Um pensamento corre em minha mente, gerando uma pergunta que não quer calar: Dylan estaria se metendo com coisas ilícitas?