POV Narrador
O Luto deve ser algo que todos temos em comum, mas parece diferente em todos. Não é só pela morte que temos que sofrer. É pela vida. Pelas perdas. Pelas mudanças. E quando imaginamos porque algumas vezes é tão ruim, porque dói tanto... temos que nos lembrar que pode mudar instantaneamente.
Quando dói tanto que não se pode respirar, é assim que você sobrevive. Lembrando-se que um dia, de alguma forma, impossivelmente, não se sentirá mais assim. Não vai doer tanto. O luto vem em seu próprio tempo para todos. À sua própria maneira. O melhor que podemos fazer, o melhor que qualquer um pode fazer, é tentar ser honesto.
A parte ruim, a pior parte do luto, é que não se pode controlá-lo. O melhor que podemos fazer é tentar nos permitir senti-lo, quando ele vem. E deixar pra lá quando podemos. A pior parte é que no momento em que você acha que superou, começa tudo de novo. E sempre, toda vez, ele tira o seu fôlego
A teoria nos ensina a viver o luto e até superá-lo, mas na prática tudo fica complicado e saudoso, sofremos, não há opções menos dolorosas, menos traumáticas, menos doídas, nos aprisionamos ao ente querido.
As perdas são inevitáveis, é o destino certo de todo mundo, a ausência faz sofrer, fica um sentimento de vazio, uma sensação de perigo, os motivos não convencem e começamos a viver de lembranças boas, de apego ao passado, de dolorosas saudades.
A morte é passagem, a morte é isso, a morte é aquilo, a morte está longe de ser conceituada, a ausência de vida, o amor que se foi, a esperança de cura que acabou. Nós utilizamos a paciência, repousamos com choro e soluços, paralisamos a vontade de viver, a vida fica sem graça, o luto é obrigatório, mas ninguém nos ensinou, tivemos que aprender na marra, deixamos de pertencer a vida do outro que se foi, ganhamos um anjo, uma estrela, um guia
O caixão desceu, areias foram jogadas em cima, flores, aplausos, homenagens, cartas junto a desabafos, e com isso a trágica despedida.
Todos presente no velório estavam extremamente devastados. Ninguém esperava por esse momento, até porque não se tem como ficar a espera de um velório. A espera de um trágico dia.
Não havia sorriso algum, não havia felicidade, não havia brilho nos olhos, não havia sentimento bom nesse momento. Tudo se resumia em uma única palavra: Dor.
Lauren que estava com a pequena Sophie em seu colo, logo se aproximou de Camila que se encontrava aos prantos ao lado de sua amiga.
- Ela estava com os bracinhos em sua direção, achei que seria melhor trazê-la aqui, antes que ela comesasse a chorar. - Lauren falou baixo ao lado de Camila, e a mesma apenas pegou a afilhada em seu colo.
- Obrigada! - Camila agradeceu e Lauren apenas negou com a cabeça em um sinal que estava tudo bem.
- Se você precisar de algo, é só me chamar - Lauren falou calma, e Camila apenas assentiu sorrindo fraco para a mulher. - Eu vou ajudar os pais da Ally, qualquer coisa você já sabe onde estou. - Lauren avisou e Camila apenas assentiu.
Toda a família de Ally juntamente com a família de Troy, estavam completamente abalados com o trágico acidente que havia tirado suas vidas. E Lauren como grande amiga das duas famílias, logo tratou de os consolar, mesmo não tendo muito jeito para isso, ela apenas tentava sendo forte.
- Ela está sendo muito forte, você não acha? - Dinah perguntou para Camila em tirar os olhos de Lauren, que agora, estava conversando com a mãe de Troy. - Ela acabou de perder um grande amigo, quase um irmão, e ainda permanece forte, ajudando todos ao redor.
- Ela está sendo forte por nós. - Camila comentou com a voz embargada enquanto encarava a fotógrafa a sua frente. - Eu conheço a Lauren, eu sei que isso está doendo nela tanto quanto está doendo em mim, mas ela não vai deixar isso transparecer aqui.
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Juntas Pelo Acaso
FanfictionCamila Cabello e Lauren Jauregui saem em um encontro arranjado pelos seus melhores amigos Troy Ogletree e Ally Brooke, mas acaba sendo um desastre. A única coisa que elas têm em comum é a paixão pela afilhada Sophie. Só que em um acidente fatal deix...